Notícia
Luva de Braga angaria 333 mil euros para detetar cancro da mama
A startup Glooma desenvolveu uma luva sensorial ligada a uma aplicação móvel, que permite o rastreio doméstico e portátil do tecido mamário, utilizando algoritmos para complementar o autoexame e detetar precocemente alterações potencialmente preocupantes.
Em Portugal, são detetados cerca de sete mil novos casos de cancro da mama por ano, dos quais perto de 10% são metastáticos, e cerca de 1.800 mulheres morrem com esta doença, segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Foi de um desses diagnósticos que surgiu a ideia para a Glooma, uma startup de Braga está na vanguarda do desenvolvimento tecnológico com a SenseGlove, uma luva sensorial ligada a uma aplicação móvel.
Este inovador dispositivo de saúde permite o rastreio doméstico e portátil do tecido mamário, utilizando algoritmos de "machine learning" para complementar o autoexame mamário e detetar precocemente alterações potencialmente preocupantes.
Esta sexta-feira, 29 de dezembro, o Banco Português de Fomento (BPF), entidade gestora do Fundo para a Inovação Social (FIS), anunciou que, em conjunto com a Capítulo Válido e a Acagesta, contratualizaram um investimento total de 333 mil euros na Glooma, startup especializada em "Med Tech".
"Nesta ronda de investimento, o BPF potencia o crescimento da Glooma através de um investimento de 233 mil euros do FIS Capital, complementado por 100 mil euros de investimento da Capítulo Válido e da Acagesta, via aumento de capital e realização de prestações suplementares", detalha o banco estatal.
O financiamento, através do FIS, um fundo de investimento público criado sob a iniciativa Portugal Inovação Social, "marca o fecho bem-sucedido da fase de investimento ‘pre-seed’ da Glooma", sublinha o BPF, adiantando que a startup já iniciou a pré-venda do produto através do seu site, onde os consumidores podem fazer pré-reserva.
"Agora, a Glooma prepara-se para dar um salto ambicioso na sua estratégia de crescimento, com o objetivo de tornar a tecnologia da SenseGlove preparada para o mercado e de estabelecer as fundações para a expansão das operações comerciais para mercados externos como os Estados Unidos", revela o BPF.
"A estratégia do FIS de coinvestir em startups de impacto permite alavancar negócios que serão uma mais-valia para a economia portuguesa", sendo que para a Glooma "este investimento é extremamente importante para dar escala ao nosso produto, permitindo que o mesmo chegue a mais mulheres", afirma Frederico Stock, cofundador da Glooma.
Com a contratação deste investimento, o FIS Capital soma 14 operações de coinvestimento contratualizadas, num montante total de investimento público e privado de cerca de 19,3 milhões de euros, dos quais 10,1 milhões de euros investidos pelo FIS.
"Com o seu compromisso em fomentar uma economia mais inclusiva e sustentável, o FIS alinha-se com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, atuando em áreas com elevado potencial de inovação social", enfatiza o FIS.
O período de candidaturas ao FIS Capital encerra a 31 de dezembro.