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Ferro Rodrigues não gostou de ver as imagens da retirada da placa do grupo parlamentar do CDS

Presidente da Assembleia da República "lamentou o sucedido" e mostrou-se "surpreendido" com as imagens nos jornais e televisões que mostraram o momento em que foi retirada a placa do gabinete do CDS no Parlamento.

Mário Cruz
21 de Fevereiro de 2022 às 18:51
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O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, não gostou de ver as imagens que mostravam a retirada da placa do grupo parlamentar do CDS-PP depois dos resultados das eleições legislativas do passado dia 30 de janeiro e que retiraram representação parlamentar do partido fundador da democracia.

De acordo com a súmula da conferência de líderes, que decorreu em 18 de fevereiro e divulgada esta segunda-feira, Ferro Rodrigues "lamentou o sucedido e referiu que também tinha sido surpreendido com as imagens que tinham passado na televisão a esse respeito", depois de o líder da bancada parlamentar centrista ter referido a questão.

Telmo Correia disse tratar-se de um "episódio mediático desnecessário e absolutamente dispensável" e que a "comunicação social teria sido avisada antecipadamente".

No passado dia 10 de fevereiro e na sequência dos resultados das eleições legislativas antecipadas, os serviços do Parlamento retiraram a placa que indicava o gabinete do presidente do grupo parlamentar do CDS-PP que perdeu a representação ao fim de 47 anos na Assembleia da República.

A sala, que pertencia aos democratas-cristãos há décadas, vai agora ser entregue ao Chega que ascendeu a terceira força política com a eleição de 12 deputados.


Fiscalização com menos reuniões

Na reunião da conferência de líderes, Ferro Rodrigues considerou que a Assembleia da República deve continuar a fiscalizar o Governo, mas com reuniões da Comissão Permanente "em número reduzido", norteando-se pelo "bom senso político" até à instalação dos novos deputados.

O presidente da Assembleia da República lembrou que "pese embora a AR se encontrar dissolvida, mantém poderes constitucionais e regimentais, desde logo de fiscalização do Governo através da sua Comissão Permanente".

"Considerou, no entanto, que, em resultado da repetição do ato eleitoral nas assembleias de voto do círculo da Europa determinada pelo Tribunal Constitucional – e mesmo tendo presente que não haverá possibilidade de alterar a relação de forças políticas que resultou das eleições legislativas de 30 de janeiro –, o que deve nortear o funcionamento da AR é o bom senso político", lê-se na súmula.

Ferro Rodrigues acrescentou que o parlamento "tem de prestar contas ao país, concentrando a sua atividade na função mais nobre que lhe assiste neste momento, que é a do acompanhamento da atividade do Governo, mas, necessariamente, com um número reduzido de reuniões da Comissão Permanente".

Com Lusa

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