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Marcelo não atendeu telefone a Montenegro. Presidente não deixa cair governo sem decisão da AR

Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda não falou publicamente sobre o risco de crise política, só recebeu um telefonema do primeiro-ministro meia hora depois da comunicação ao país, e não atendeu, diz o Observador. Marcelo não derruba o Governo sem decisão do Parlamento.

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Pedro Catarino
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O primeiro-ministro só telefonou ao Presidente da República no sábado depois da comunicação que fez ao país e Marcelo Rebelo de Sousa não atendeu o telefone.

A notícia é avançada pelo Observador, que também diz que o Presidente não derruba o Governo, a menos que o Parlamento aprove uma moção de censura ou chumbe uma moção de confiança.

Diz o jornal que o primeiro-ministro só telefonou ao Presidente da República meia hora depois da comunicação que fez ao país no sábado à noite e que Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha assistido a tudo pela televisão, não atendeu o telefone porque segundo o Observador "estava com outros afazeres".

Depois da comunicação do primeiro-ministro, que admitiu apresentar uma moção de confiança, o PCP anunciou a apresentação de uma moção de censura (que o PS disse que não acompanharia) e o ministro das Finanças afirmou de imediato que, nesse cenário não haverá moção de confiança (que o PS chumbaria).

Apesar da falta de comunicação, o Observador diz que o Presidente não guarda rancor e que considera que sem decisão do Parlamento Montenegro deverá continuar a governar pelo menos até ao final do seu mandato.

O Presidente da República ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

A comunicação do primeiro-ministro foi anunciada depois de o Expresso ter revelado que a empresa familiar de Montenegro recebe uma avença de 4.500 euros da Solverde, entre outras. Este ano, o Governo terá de decidir sobre a eventual prorrogação de contratos de concessão dos casinos de Espinho e Algarve.

Apesar de Miranda Sarmento ter afirmado que o Executivo não apresentará moção de confiança, fontes do Governo disseram depois ao Público e ao Observador que o cenário de crise política não está afastado. 

 

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