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Marcelo anuncia eleições antecipadas para 18 de maio

O Presidente da República, que esta quinta-feira reuniu o Conselho de Estado, decidiu dissolver o parlamento e marcar as eleições legislativas antecipadas para 18 de maio. Marcelo pediu debate "elevado" e "esclarecedor".

José Sena Goulão/Lusa
13 de Março de 2025 às 20:10
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As eleições legislativas antecipadas, decorrentes da rejeição da moção de confiança que levou à queda do Governo, vão decorrer a 18 de maio, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República. 

Numa declaração ao país depois de ter estado, durante a tarde, reunido com o Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou formalmente que avança para a dissolução da Assembleia da República e marcação de eleições, sendo que já tinha anteriormente colocado como possibilidades para realização do ato eleitoral o dia 11 ou o dia 18 de maio. 

Esta quarta-feira, o Presidente da República ouviu os partidos com assento parlamentar e, de acordo com as declarações dos vários líderes, à saída das audiências em Belém, a maioria pedia eleições rápidas, inclinando-se mais para 11 de maio. 

Marcelo explicou agora que tanto os partidos como os membros do Conselho de Estado se pronunciaram de forma "unânime" no sentido da realização de eleições - num e noutro caso, "não o desejando", mas sem outra alternativa - e que 18 de maio foi "a data preferida".

E a declaração do Presidente ao País veio com apelos e alertas. MArcelo Rebelo de Sousa passou em revista os acontecimentos dos últimos dias, os argumentos do Governo e os da oposição e aquilo a que chamou o "choque de juízo ético e moral sobre uma pessoa e a sua confiabilidade, o primeiro-ministro", sendo que, "entre todas as posições o acordo não era possível" e "não havia meio caminho". 

Que caminho seguir agora até às eleições? "Começam agora a correr dois meses de debate eleitoral e "é inevitável que o tema da crise ocupe parte desse debate, em particular nas primeiras semanas", debate que "deve pesar bem" os riscos de "conduzir a becos de natureza pessoal e ética que não têm outro caminho que não o da realização de eleições", avisou o Presidente.

Do debate devem constar, sublinhou, as diferentes propostas, mas também a economia e o seu crescimento, o controlar da inflação, os salários, a habitação, o lugar dos menos jovens e também dos mais jovens, a segurança, a transparência e o combate à corrupção, enumerou. "Tudo num quadro de paz e de guerra e numa dificil condição internacional", lembrou.

"Tudo isto ocorre com um orçamento viabilizado pelos principais partidos, com estabilidade económica e crédito internacional, e com condições que o Presidente de República garante para que se não pare a execução do PRR, mesmo com um Governo de gestão e sem atropelo das regras eleitorais". Qual o objetivo? "Uma transição tão pacífica, se possível, como a vivida em 2024, só que agora em dois mesese e meio", apelou.

"Impõe-se que haja um debate eleitoral claro, frontal e esclarecedor, mas digno, elevado, tolerante, respeitador da diferença e do pluralismo, que fortaleça a democracia" e "não abra ainda mais a porta a experiências que se sabe como começam e se sabe como acabam".

Em suma, "um debate que dê força a quem nos vier a representar na Assembleia da República e quem nos vier a governar", apelou. 

 

(notícia atualizada com mais informação)

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