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"É o momento das oposições falarem". Governo fala de "degradação política"

O ministro da Presidência volta a pressionar o Chega, mas sobretudo o PS, no que diz respeito à crise política e eventual queda do Governo com a rejeição da moção de confiança. António Leitão Amaro diz que está em causa mais do que uma comissão parlamentar de inquérito.

07 de Março de 2025 às 16:27
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O ministro da Presidência sinaliza que mesmo que o PS retire a proposta de criação de uma comissão parlamentar de inquérito, a moção de confiança vai avançar como previsto, afirmando que o que está em causa é muito mais do que isso ou o esclarecimento de perguntas concretas. A questão, diz, é de "degradação das condições de governabilidade e de um clima de suspeição."

Questinado na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros desta sexta-feira, 7 de março, sobre a possibilidade de o Governo retirar a moção de confiança, António Leitão Amaro afirmou que "o que está em causa é muito mais do que se há uma comissão parlamentar de inquérito ou não e um esclarecimento ou perguntas concretas de esclarecimento de alguma coisa", afirmando que se trata de clarificar uma situação que classificou de contínua "degradação das condições de governabilidade".

Neste aspecto, Leitão Amaro apontou o dedo ao Partido Socialista. "Nas últimas semanas nós temos notado de forma evidente uma postura, sobretudo do Partido Socialista, a querer degradar as condições de governabilidade".

As questões surgem depois de o ministro Ajunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida ter admitido, em entrevista ao Observador que, caso o PS retire o pedido para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a empresa familiar do primeiro-ministro, o Governo poderá retirar a moção de confiança.

"São eles [PS e Chega] que vão decidir se há eleições ou não", frisou o ministro da Presidência. "Eu acho que os portugueses sabem uma coisa, presumimos nós, e querem o mesmo que Governo: vale a pena ter um governo em funções e com condições para transformar", sinalizando que não era vontade do Executivo ter agora eleições. 

"E este é o momento das oposições falarem. O Governo já disse, só precisamos que garantam, de forma clara, não equívoca (...) as condições de governabilidade", reafirmando que o Executivo usou a moção de confiança, o "instrumento" que tinha à disposição.

(Notícia atualizada com mais informação)

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