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Banco do Japão diz que são precisas mais medidas para evitar "segunda Grande Recessão"

Na reunião realizada em 27 de abril, o conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ) decidiu expandir o seu programa de estímulo monetário diante de uma situação económica que descreveu como de "crescente severidade".

A política de controlo da curva de rendibilidade levada a cabo pelo Banco do Japão (BoJ) depende de taxas de juro globais suaves e de “yields” baixas – e em 2018 isso não irá funcionar. À medida que a inflação for subindo, as rendibilidades também dispararão e o resultado será um grande mergulho do iene. Em última análise, o banco central nipónico terá de recorrer a medidas de flexibilização quantitativa, mas não sem antes a nota verde escalar face à divisa japonesa, com o dólar a chegar a valer 150 ienes antes de desvalorizar rapidamente para 100 ienes.
reuters
11 de Maio de 2020 às 07:33
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O Banco do Japão considera necessário adotar mais medidas económicas e melhor coordenadas para evitar uma "segunda Grande Recessão" devido ao impacto da pandemia da covid-19, segundo a ata do seu último encontro publicado hoje.

Na reunião realizada em 27 de abril, o conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ) decidiu expandir o seu programa de estímulo monetário diante de uma situação económica que descreveu como de "crescente severidade".

O BoJ anunciou no final da reunião que aumentaria a capacidade de comprar títulos estaduais e corporativos, entre outras medidas, e a possibilidade de tomar ações adicionais para revitalizar a terceira maior economia do mundo.

A ata publicada hoje reflete a enorme incerteza do banco central japonês em relação à evolução da economia nacional e global e indica que, em ambos os casos, "a situação aparentemente continuará séria por algum tempo".

Embora o BoJ espere que as medidas de estímulo adotadas no Japão e em escala global "comecem a dissipar o impacto da covid-19", etambém alerta para perspetivas de "extrema incerteza".

Nesse contexto, o conselho de política monetária do BoJ pede maior cooperação entre os bancos centrais e os governos das principais economias mundiais, de acordo com a ata publicada pela entidade.

"As autoridades políticas devem agir decisivamente para evitar uma segunda Grande Depressão", salientou o BoJ antes de enfatizar a necessidade de "maior cooperação" entre as medidas aplicadas pelos governos e autoridades monetárias.

O banco central japonês também destacou que sua prioridade na atual fase de contração da procura e da atividade industrial é "apoiar o financiamento das empresas para que estas possam manter os negócios e os funcionários", e apontou para a possibilidade de tomar medidas que ofereçam liquidez ao setor privado.

Para além das mais recentes decisões do BoJ, o Governo liderado por Shinzo Abe criou um pacote económico de emergência sem precedentes que inclui o prestação de ajuda direta a cidadãos e empresas.

As previsões publicadas pelo BoJ na sua última reunião mensal indicam que o Produto Interno Bruto do Japão vai contrair entre 3 e 5% em termos reais no atual ano fiscal, que começou a 01 de abril e termina no final de março de 2021.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.
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