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Trump avisa Putin para não "interferir" nas próximas eleições norte-americanas

O presidente norte-americano fez o aviso ao presidente russo, mas o momento envolveu risos, levando dúvidas sobre a seriedade da advertência.

Reuters
28 de Junho de 2019 às 07:55
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Durante um encontro no G20, em Osaka (Japão), o presidente norte-americano pediu esta sexta-feira, 28 de junho, ao presidente russo para não interferir nas próximas eleições norte-americanas que se realizam em novembro de 2020.

Este foi o primeiro encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin desde que foram divulgadas as conclusões da investigação judicial de Robert Mueller onde são descritos os esforços do Kremlin para manipular as eleições de 2016 em que Trump foi eleito. 

Questionado pelos repórteres sobre se iria avisar Putin sobre potenciais interferências nas próximas eleições, Donald Trump garantiu que o faria. "Não interfira na eleição, presidente", disse posteriormente Trump a Putin, apontando-lhe o dedo. E repetiu: "Não interfira na eleição". 

Em reação, primeiro Putin sorriu, olhando depois para a sua tradutora, segundo o relato da Bloomberg. Depois da tradutora lhe dizer o que Trump tinha dito, o presidente russo riu-se. Em reação, Trump abanou a cabeça e sorriu. Segundo a agência de notícias, a advertência não pareceu ter sido séria.

Antes de partir para o Japão, Trump tinha dito aos repórteres que aquilo que dizia a Putin "não lhes dizia respeito". 

Até agora, o presidente norte-americano tem repetidamente contrariado o consenso que existe entre a justiça norte-americana de que o Kremlin interferiu de forma propositada nas eleições de 2016 em que Donald Trump derrotou Hillary Clinton. 

Já o presidente russo tem negado que a Rússia tenha interferido nas eleições. Em julho do ano passado, Trump defendeu a mesma tese numa cimeira em Helsínquia (Finlândia) ao lado de Vladimir Putin. 

Uma tese que vai contra as conclusões do relatório de Mueller, nomeadamente a conclusão de que houve "multiplos e sistemáticos esforços" por parte dos russos para interferir nas eleições norte-americanas de 2016.  

Apesar disso, Robert Mueller não encontrou evidência de que Donald Trump ou a sua equipa tenha conspirado com a campanha russa de interferência, alegando dificuldades na investigação devido às interferências repetidas do Departamento da Justiça. 

As autoridades norte-americanas avisaram recentemente que a Rússia deverá tentar outra vez interferir na campanha das eleições de 2020 em que Trump recandidata-se.
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