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Para combater inflação elevada, Turquia pondera suspender aumento de impostos

Em setembro, a taxa de inflação no país desacelerou para menos de 50%, mas, apesar de estar em trajetória descendente, a evolução dos preços continua a preocupar as autoridades turcas.

27 de Outubro de 2024 às 09:30
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A inflação na Turquia começou, finalmente, a dar tréguas aos consumidores em junho deste ano, quando caiu pela primeira vez em oito meses. Os últimos dados, relativos a setembro, mostram uma aceleração de preços homóloga de 49,38%, quando em maio – no pico de 2024 – cifrou-se nos 75,45%.

No entanto, a taxa continua extremamente elevada e as autoridades turcas estão mesmo a ponderar suspender um aumento de impostos no início do próximo ano, de forma a conter ainda mais a inflação, de acordo com o que fontes conhecedoras do assunto disseram à Bloomberg.

Vários decisores políticos do país têm destacado o impacto do aumento de impostos, por exemplo, sobre os combustíveis em termos de evolução da inflação mensal. O Ministério do Tesouro e das Finanças ainda não tomou uma decisão final sobre este assunto, mas suspender um aumento de impostos sobre determinados bens poderia mesmo apoiar os esforços do banco central da Turquia para atingir os seus objetivos a curto prazo.

A autoridade monetária do país quer ver a inflação abrandar para entre os 38% e os 42% e decidiu manter em outubro a sua taxa de juro de referência nos 50% - um valor que se regista desde março de 2024. O banco central começou a subir agressivamente os juros em junho do ano passado, quando a taxa de referência passou de 8,50% para 15%. 

No início de outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou ao governo turco "uma maior e mais antecipada consolidação orçamental para apoiar os esforços de desinflação" do banco central do país – um fator que os investidores têm esperado já há algum tempo por parte do Ministério das Finanças turco. Para 2025, o executivo liderado por Recep Tayyip Erdogan prevê um défice orçamental de 3,1% do PIB.

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