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Embaixada do Equador pode expulsar Julian Assange
O fundador da WikiLeaks vive na embaixada do Equador desde 2012, por consequência do mandato de captura da Suécia pelas acusações de agressão sexual e violação.
Julian Assange, fundador da WikiLeaks, poderá ser expulso da embaixada do Equador em Londres nos próximos dias ou semanas. O Equador prepara-se para retirar a protecção a Assange e entrega-lo às autoridades britânicas, depois de 6 anos de pressão dos EUA e do Reino Unido.
O presidente equatoriano Lenín Moreno finalizará um acordo para entregar Assange, segundo o jornal online The Intercept. Moreno, eleito no ano passado, descreveu o fundador da WikiLeaks como um "pirata informático", uma "pedra no sapato" e um "problema herdado" pela sua administração.
Em adição, o presidente não gostou do apoio de Assange ao movimento separatista da Catalunha, daí ter-lhe tirado o acesso à Internet e restringir as visitas que podia receber.
O fundador da organização que publica informação secreta e documentos classificados fornecidos por fontes anónimas, vive na embaixada do Equador desde 2012. Nesse ano, fugiu da Suécia para evitar as acusações de agressão sexual e violação.
Em 2017, a procuradoria da Suécia retirou as acusações. Mesmo assim, Assange poderá ser preso por ter violado as condições de fiança. Os EUA também poderão pedir a sua extradição ao Reno Unido, por causa da divulgação de documentos oficiais.
Na revista Slate, fontes próximas de Assange dizem que os Estados Unidos ameaçam bloquear um empréstimo do FMI ao país, como forma de pressionar a expulsão do fundador da WikiLeaks da embaixada em Londres.