Notícia
BAI admite vender mais ações "quando for oportuno"
O BAI registou uma subida de 40% dos lucros no primeiro semestre e espera alcançar até 90 mil milhões de kwanzas de resultados líquidos (212 milhões de euros) no final do ano em linha com as previsões do banco.
07 de Outubro de 2022 às 23:36
O presidente executivo do Banco Angolano de Investimento (BAI), Luís Lélis admitiu esta sexta-feira voltar a colocar ações no mercado, no decurso dos próximos 12 meses, "quando o momento for oportuno".
"Temos uma deliberação da assembleia geral que nos autoriza, nos próximos doze meses a colocar ações no mercado. Vamos continuar a acompanhar e quando for oportuno o conselho de administração decidir e nós comunicaremos ao mercado", indicou.
Luis Lélis falava à margem da apresentação dos resultados do banco no primeiro semestre de 2022, numa conferência de imprensa em que abordou pela primeira vez a Oferta Pública de Venda (OPV) de ações realizada em junho e que tornou o BAI na primeira empresa cotada na bolsa angolana (BODIVA).
O responsável sublinhou que este tem sido também um processo "de aprendizagem" para os acionistas e investidores do banco, indicando que ainda não há uma decisão definitiva sobre esta matéria.
"Quando o momento for oportuno iremos comunicar ao mercado", reforçou, admitindo que a decisão aconteça nos próximos doze meses: "ainda continuamos a estudar".
O BAI registou uma subida de 40% dos lucros no primeiro semestre e espera alcançar até 90 mil milhões de kwanzas de resultados líquidos (212 milhões de euros) no final do ano em linha com as previsões do banco.
O banco registou igualmente nos primeiros seis meses de 2022 uma redução de 9% do crédito líquido a clientes para 323 mil milhões de kwanzas (755 milhões de euros).
Segundo o BAI, esta descida está relacionada com a redução da carteira de crédito em moeda nacional em 25% devido, maioritariamente, ao abate de créditorelativo ao setor de promoção imobiliária após esgotadas as ações de recuperação por via do seu reembolso e redução da carteira de crédito em moeda estrangeira em 27%.
Sobre a revogação de licenças bancárias (a mais recente, a do banco Prestígio, ligado a Tchizé dos Santos), Luís Lélis escusou-se a comentar casos em concreto, mas salientou que enquanto operador do sistema bancário angolano, o BAI revê-se no conjunto de regulamentações que têm saído nos últimos anos e considera que estas ajudarão na perceção da banca angolana como sólida credível junto dos parceiros internacionais.
"Nós estamos a trabalhar para garantir total e plena conformidade das nossas operações", frisou.
Foram também as exigências crescentes do regulador que levaram o BAI a desinvestir do BAI-Microfinanças, que estava para ser vendido ao empresário angolano Antonio Mosquito, desistindo de manter duas licenças bancárias.
"Estávamos em negociação para a venda, mas por decisão estratégica e devido ao conjunto exigente de regulamentação, tornava-se complexo gerir duas licenças", afirmou o mesmo responsável, explicando que os acionistas decidiram consolidar e liquidar a operação, mas não deixam de realizar o objeto social do microcrédito.
Entretanto, a carteira de clientes do BMF está a ser transferida para o BAI Direto e até ao final do ano, o processo de negociação de rescisões com os cerca de 200 colaboradores do BMF estará concluído "com mínimo de ruído e de ondas", espera o responsável do BAI.
"Temos uma deliberação da assembleia geral que nos autoriza, nos próximos doze meses a colocar ações no mercado. Vamos continuar a acompanhar e quando for oportuno o conselho de administração decidir e nós comunicaremos ao mercado", indicou.
O responsável sublinhou que este tem sido também um processo "de aprendizagem" para os acionistas e investidores do banco, indicando que ainda não há uma decisão definitiva sobre esta matéria.
"Quando o momento for oportuno iremos comunicar ao mercado", reforçou, admitindo que a decisão aconteça nos próximos doze meses: "ainda continuamos a estudar".
O BAI registou uma subida de 40% dos lucros no primeiro semestre e espera alcançar até 90 mil milhões de kwanzas de resultados líquidos (212 milhões de euros) no final do ano em linha com as previsões do banco.
O banco registou igualmente nos primeiros seis meses de 2022 uma redução de 9% do crédito líquido a clientes para 323 mil milhões de kwanzas (755 milhões de euros).
Segundo o BAI, esta descida está relacionada com a redução da carteira de crédito em moeda nacional em 25% devido, maioritariamente, ao abate de créditorelativo ao setor de promoção imobiliária após esgotadas as ações de recuperação por via do seu reembolso e redução da carteira de crédito em moeda estrangeira em 27%.
Sobre a revogação de licenças bancárias (a mais recente, a do banco Prestígio, ligado a Tchizé dos Santos), Luís Lélis escusou-se a comentar casos em concreto, mas salientou que enquanto operador do sistema bancário angolano, o BAI revê-se no conjunto de regulamentações que têm saído nos últimos anos e considera que estas ajudarão na perceção da banca angolana como sólida credível junto dos parceiros internacionais.
"Nós estamos a trabalhar para garantir total e plena conformidade das nossas operações", frisou.
Foram também as exigências crescentes do regulador que levaram o BAI a desinvestir do BAI-Microfinanças, que estava para ser vendido ao empresário angolano Antonio Mosquito, desistindo de manter duas licenças bancárias.
"Estávamos em negociação para a venda, mas por decisão estratégica e devido ao conjunto exigente de regulamentação, tornava-se complexo gerir duas licenças", afirmou o mesmo responsável, explicando que os acionistas decidiram consolidar e liquidar a operação, mas não deixam de realizar o objeto social do microcrédito.
Entretanto, a carteira de clientes do BMF está a ser transferida para o BAI Direto e até ao final do ano, o processo de negociação de rescisões com os cerca de 200 colaboradores do BMF estará concluído "com mínimo de ruído e de ondas", espera o responsável do BAI.