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Conselheiro de Trump é detido e acusado de sete crimes

Roger Stone, antigo assessor de campanha de Trump, foi detido na Flórida no âmbito da investigação de Robert Mueller às ligações entre a campanha do presidente e o Kremlin.

EPA
25 de Janeiro de 2019 às 13:01
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Roger Stone, estrategista republicano e assessor do presidente Donald Trump, foi detido esta sexta-feira, em Fort Lauderdale, na Flórida, devido a suspeitas de que terá tido responsabilidade na coordenação entre a campanha presidencial de Trump e o Kremlin, antes das eleições de 2016.

Stone, de 66 anos, é suspeito de sete crimes, um de obstrução, cinco de declarações falsas e um de adulteração de testemunhos, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

O conselheiro do líder da Casa Branca foi indiciado pelo procurador especial Robert Mueller e deverá comparecer em tribunal ainda esta sexta-feira, 25 de janeiro.

Stone foi assessor de campanha de Trump até agosto de 2015, tendo permanecido, depois disso, como seu conselheiro informal.

A acusação concentra-se no papel desempenhado por Stone na divulgação de emails privados que foram roubados ao Comité Nacional do Partido Democrata, antes das eleições presidenciais de 2016.

Stone sugeriu por diversas vezes ter indicações de que o WikiLeaks iria publicar os emails privados e admitiu uma troca de mensagens no Twitter com uma conta de nome Guccifer 2.0, um hacker ligado ao governo russo.  

Uma acusação dos EUA a 12 hackers russos supostamente responsáveis pelo roubo de emails do Comité do Partido Democrata referia-se precisamente a um americano não identificado próximo da campanha de Trump que estava em contacto com os hackers. Logo após a acusação, Stone disse à CNN que "provavelmente" era ele aquela pessoa.

Antes de os emails serem tornados públicos, em outubro de 2016, Stone fez um discurso e publicou uma série de tweets que pareciam prenunciar a sua divulgação, e reconheceu que serviu de "intermediário" a Assange, o fundador do WikiLeaks.

Desde então, Stone passou a recusar qualquer ligação com o roubo dos emails, que os serviços de inteligência dos estados Unidos acreditam ter a mão dos russos.

Em maio, a CNBC avançou que Robert Mueller, o procurador especial que está a investigar a ingerência russa nas eleições, estava focado nas ligações entre Stone e o vice-presidente de campanha de Trump, Rick Gates, que se declarou culpado, em fevereiro, em dois processos relacionados com a investigação à ingerência da Rússia, estando agora a colaborar com Mueller.

Gates tem uma relação profissional de longa data com o presidente de campanha, Paul Manafort, que também está a colaborar com a investigação depois de se ter declarado culpado, em setembro do ano passado, de conspiração contra os Estados Unidos.

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