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Francisco José Viegas diz não ter feito uma crítica ao Governo mas à máquina do Estado

Francisco José Viegas diz que mantém “uma relação de solidariedade” com os antigos colegas de Governo e recusa ter feito uma crítica ao Governo. Mas sim à máquina do Estado, de acordo com um entrevista dada á TSF.

22 de Fevereiro de 2013 às 08:33
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Francisco José Viegas escreveu, no seu blogue, na semana passada, uma forte crítica ao Executivo, dizendo que se fosse interpelado por algum fiscal que lhe exigisse a factura à saída de uma loja iria pedir-lhe “para ir tomar no cu”. Em causa está a possibilidade do Fisco multar os contribuintes que não exigissem facturas.

 

O ex-secretário de Estado da Cultura escreveu então: “Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar 'fiscalizar-me' à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência.”

 

Em entrevista à TSF, Francisco José Viegas diz ter ficado “surpreendido porque não esperava esta reacção.” Recorde-se que a “mensagem” deixada pelo ex-governante tornou-se viral, registando reacção de vários tipos: os que subscreveram e os que criticaram.

 

“Se o mundo, os Governos e os parlamentos e a vida pública não for feita de homens livres, estaremos todos a condenarmos ao silêncio”, sublinhou numa entrevista que ainda será emitida esta sexta-feira.

 

Francisco José Viegas salienta que “não se trata de uma crítica a este Governo em particular”, mas sim à máquina do Estado, considerando um “absurdo” a possibilidade das pessoas serem notificadas por esta questão.

 

“Obviamente que há uma cadeia de solidariedade que é necessário manter”, afirmou referindo-se aos seus ex-colegas de Governo. “Sinto na mesma uma relação de solidariedade”, ainda que, admita, “a linguagem possa não ser institucional”.

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