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Governo não comenta escolha de Costa para o Conselho Europeu. Posição "é conhecida"

O ex-primeiro-ministro conseguiu consenso entre os negociadores das principais famílias europeias para liderar o Conselho Europeu. Primeiro-ministro vai pronunciar-se no final desta semana na cimeira dos chefes de Estado e de Governo de quinta e sexta-feira.

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O Governo não quis pronunciar-se sobre a escolha de António Costa para liderar o Conselho Europeu, conhecida esta terça-feira, lembrando que a posição do Executivo já "é conhecida".

"A posição do primeiro-ministro e do Governo sobre o processo de indicação e designação de cargos de topo da União Europeia é conhecida", respondeu o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa desta terça-feira, no final do Conselho de Ministros. "Aguardamos a posição e a deliberação do Conselho Europeu e em que o senhor primeiro-ministro estará presente e no contexto do qual se pronunciará de novo", frisou o governante.

Na semana passada, depois de um Conselho informal em Bruxelas, o primeiro-ministro defendeu que o nome de António Costa para o Conselho Europeu "reúne todas as condições para ser aceite", garantindo o apoio "inequívoco" de Portugal.

"Posso dizê-lo também, no decurso daquilo que já tinha sido uma afirmação que eu tinha feito junto dos meus colegas do Partido Popular Europeu [PPE], que se trata de uma candidatura que reúne todas as condições para ser aceite e consubstanciada com uma decisão final", disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa no final de uma reunião informal do Conselho Europeu do passado dia 18.

A escolha do ex-primeiro-ministro foi conhecida esta terça-feira, depois do consenso alargado entre as principais famílias políticas europeias - o PPE, os Socialistas e os Liberais.


Além do antigo primeiro-ministro português, Ursula von der Leyen irá cumprir novo mandato como presidente da Comissão Europeia e a primeira-ministra estónia, Kaja Kallas, será a nova representante externa dos 27.

A decisão foi tomada pelos seis líderes do bloco que negoceiam os principais cargos. Entre eles, está o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron. 

Os três nomes apontados serão apresentados aos chefes de Estado e de governo na próximo reunião de líderes em Bruxelas, marcada para esta quinta-feira, 27 de junho. 

Mas, há já quem venha contestar a negociação. Segundo fontes contactadas pelo jornal digital Politico, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, não gostou de ter ficado excluída da tomada de decisão, já que nas últimas eleições europeias o seu grupo político se afirmou como terceira força no Parlamento Europeu. 

Meloni, de extrema-direita, não fez parte do grupo de decisores dos cargos devido a uma condição imposta pelos liberais e grupos partidários de centro-esquerda do bloco europeu, que se recusaram a apoiar Ursula Von der Leyen caso esta fechasse acordo com a líder italiana. Ainda assim, Itália deverá receber uma pasta de grande importância na próxima Comissão Europeia.
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