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Trump e Putin vão iniciar conversações sobre guerra na Ucrânia

Numa conversa telefónica, os dois líderes comprometeram-se em trabalhar juntos para terminar o conflito e vão visitar mutuamente os respetivos países, escreveu Trump na sua rede social.         

Reuters
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Donald Trump e Vladimir Putin vão iniciar conversações com vista ao final da guerra na Ucrânia, confirmou o Presidente norte-americano depois de uma conversa telefónica com o seu homólogo russo.

Na sua rede social, Trump disse que houve convites mútuos para visitas de Estado de ambos os líderes aos respetivos países. "Queremos parar os milhões de mortes que estão a ocorrer na guerra Rússia/Ucrânia. O Presidente Putin e eu usamos o meu lema de campanha muito forte de ‘senso comum’. Ambos acreditamos muito fortemente nisso. Chegámos a acordo para trabalhar juntos, muito proximamente", escreveu Trump.

"Também acordámos que as nossas respetivas equipas comecem as negociações imediatamente", escreveu Trump, acrescentando na rede Truth Social que planeia telefonar a Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, ainda esta quarta-feira para o informar da conversa.

O Kremlin confirmou a conversa através do porta-voz russo, Dmitry Peskov, que disse que, além da Ucrânia, foram discutidos temas como o Médio Oriente, as relações bilaterais e uma troca de prisioneiros entre Washington e Moscovo, noticiou a agência TASS.

"O presidente russo convidou o Presidente dos EUA para visitar Moscovo e manifestou o seu interesse em receber responsáveis americanos na Rússia nestas áreas de interesse mútuo, incluindo, claro, o tópico do entendimento ucraniano", disse Peskov.

"Putin e Trump também concordaram em manter os contactos pessoais, incluindo o agendamento de uma reunião presencial", acrescenta o Kremlin.

A conversa telefónica desta quarta-feira é o primeiro diálogo a ser confirmado entre os dois líderes e ocorre pouco antes da Conferência de Segurança de Munique, onde os EUA deverão apresentar os planos de paz para a Ucrânia, que podem passar pelo "congelamento" do conflito e a permanência da Rússia nos territórios ocupados, de acordo com a Bloomberg.

Numa entrevista à Reuters, na sexta-feira, Zelensky tinha pedido para falar primeiro com Trump para que o diálogo entre o norte-americano e Putin não fosse "uma conversa sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", mostrando-se recetivo a um acordo com os EUA: apoio militar em troca dos minerais raros ucranianos.

Mais recentemente, Zelensky admitiu a troca de territórios com a Rússia, cedendo a região de Kursk, ocupada pelos ucranianos, por zonas invadidas pelos russos, algo que foi prontamente rejeitado pelo Kremlin.

Já o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, admitiu que o território ucraniano não deverá voltar às mesmas fronteiras que tinha antes da anexação da Crimeia, há cerca de 10 anos. "Temos de começar por reconhecer que regressar às fronteiras pré-2014 é um objetivo irrealista", disse o responsável perante os aliados na sede da NATO, em Bruxelas.             

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