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Líderes internacionais reúnem-se em Londres para debater próximos passos na Ucrânia

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pediu uma "cimeira imediata entre os Estados Unidos, a Europa e os seus aliados.

Reuters
02 de Março de 2025 às 09:42
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Chefes de Estado e de Governo internacionais vão reunir-se este domingo, 2 de março, em Londres, para procurar uma saída para a crise diplomática resultante da desavença entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump. 

Para além do Reino Unido, estarão representados a Ucrânia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, também vai participar, bem como o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa. 

O encontro em Lancaster House, um palácio do século XIX cenário de vários eventos internacionais, está programado para a parte da tarde, seguido de uma conferência de imprensa. 

Segundo o comunicado do Governo, a cimeira vai abordar o "reforço da posição atual da Ucrânia, incluindo o apoio militar corrente e o aumento da pressão económica sobre a Rússia" e a "necessidade de um acordo sólido e duradouro que assegure uma paz permanente na Ucrânia e garanta que a Ucrânia seja capaz de dissuadir e defender-se contra futuros ataques russos".

Os dirigentes também deverão discutir "próximas etapas do planeamento de fortes garantias de segurança".

A cimeira foi marcada há vários dias para fazer um balanço das visitas do Presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, à Casa Branca na semana passada e discutir um plano comum para a segurança europeia e a guerra na Ucrânia. 

Mas ninguém esperava a troca de palavras azeda entre Zelensky e Trump na sexta-feira que acabou com o chefe de Estado ucraniano a sair dos Estados Unidos sem assinar o acordo sobre minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas previsto.

O desentendimento deixou em suspenso as negociações com Moscovo para um cessar fogo e intensificou a pressão sobre os líderes europeus, que já estavam constrangidos a aumentar o apoio militar à Ucrânia para tentar convencer Trump a oferecer garantias de segurança dos EUA a uma eventual força de manutenção de paz. 

A maioria dos líderes europeus manifestou solidariedade com Zelensky, incluindo Starmer, que também terá falado com Trump na sexta-feira por telefone. 

Mas escutaram-se igualmente vozes dissonantes, como a do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que criticou a estratégia da "paz pela força" da UE , e a do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que desafiou Bruxelas a abrir negociações com a Rússia. 

No sábado, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pediu uma "cimeira imediata entre os Estados Unidos, a Europa e os seus aliados para tentar falar francamente sobre a forma como tencionamos enfrentar os grandes desafios da atualidade, a começar pela Ucrânia". 

Meloni pretende levar esta proposta à cimeira de Londres, onde será recebida de manhã pelo homólogo britânico para um encontro bilateral onde vão abordar outros temas, nomeadamente a imigração ilegal. 

O encontro de hoje antecede um Conselho Europeu especial na quinta-feira em Bruxelas convocado para discutir o apoio à Ucrânia e a defesa europeia, para o qual também foi convidado o Presidente ucraniano.

 

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