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Alemanha vai nacionalizar unidade da Gazprom para garantir gás

A Alemanha vai nacionalizar temporariamente uma unidade da Gazprom PJSC no país em medida para salvaguardar a segurança da oferta de gás.

Reuters
Bloomberg 04 de Abril de 2022 às 16:51
A Gazprom Germania GmbH - proprietária da fornecedora de energia Wingas GmbH e de uma empresa de armazenamento de gás -
ficará sob a tutela do regulador de energia alemão até 30 de setembro, indicou aos jornalistas o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.

A medida ocorre após a gigante russa do gás ter saído da subsidiária alemã sem buscar a aprovação do governo, violando a lei alemã, disse o governante.

As subsidiárias da Gazprom na Europa estão sob pressão já que clientes e parceiros recusam-se a fazer negócios com elas,
aumentando a perspectiva de que algumas não sobreviverão.

A unidade Astora da Gazprom Germania opera a maior instalação de armazenamento de gás da Alemanha na cidade de Rehden, no norte do estado da Baixa Saxónia, considerado fundamental para a segurança energética da Alemanha.

"O governo federal está a fazer o que é necessário para garantir a segurança do abastecimento na Alemanha", disse Habeck
em comunicado na segunda-feira. "Isso também significa que não permitimos que as infraestruturas de energia na Alemanha sejam
sujeitas a decisões arbitrárias do Kremlin", frisou.

A Gazprom anunciou sexta-feira que já não é proprietária da subsidiária alemã, que também possui um braço comercial no
Reino Unido e unidades da Suíça a Singapura. A gigante russa do gás não divulgou a nova estrutura de capital, mas documentos
regulatórios mostraram que a transação envolveu a saída da Gazprom Export Business Services, proprietária da Gazprom
Germania. Por sua vez, uma empresa chamada Joint Stock Company Palmary tornou-se acionista da Gazprom Export Business Services.

Contudo, o proprietário da Palmary permanece envolta em mistério: a empresa foi registrada em outubro num endereço de Moscovo e, desde 30 de março, o seu diretor geral era Dmitry Tseplyaev, segundo a junta comercial russa.

Habeck disse que o acordo violou a lei alemã de comércio externo.
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