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Abramovich alvo de sanções no Reino Unido. Venda do Chelsea fica suspensa

O Reino Unido estima que as sanções abranjam cerca de 15 mil milhões de libras.

Getty Images
10 de Março de 2022 às 09:27
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O Governo do Reino Unido anunciou novas sanções a sete indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin. Na lista está o empresário que tem também nacionalidade portuguesa Roman Abramovich. Os ativos detidos pelo dono do Chelsea vão ser congelados, o que irá impedir a venda do clube. O empresário fica igualmente proibido de viajar.

O Reino Unido calcula que as sanções abranjam 15 mil milhões de libras esterlinas em ativos. Tal como Abramovich, também Oleg Deripaska (que detém uma participação no En+ Group), Igor Sechin, CEO da Rosneft ou Andrey Kostin, chairman do VTB bank, estão na lista de oligarcas russos que sofrerão novas restrições no seguimento da invasão da Rússia à Ucrânia.

O multimilionário -- que detém parte do capital das gigantes da mineração de aço Evraz e de níquel e paládio Norilsk Nickel -- é dono do Chelsea, que anunciou há uma semana pretender vender. No entanto, estas sanções deixam a operação em suspenso. O clube londrino fica igualmente impedido de vender mais bilhetes até ao fim da temporada ou artigos de "merchandising".


"As sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos", afirmou o primeiro-ministro, Boris Johnson.

Já a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, disse que "as sanções de hoje mostram mais uma vez que oligarcas e cleptocratas não têm lugar na nossa economia ou na nossa sociedade". "Com laços estreitos com Putin, são cúmplices da agressão à Ucrânia", acresceu.

Roman Abramovich tem nacionalidade portuguesa depois de ter recorrido à Lei da Nacionalidade, invocando as suas ascendências sefarditas. As origens foram comprovadas pela Comissão de Certificação do Sefardismo da comunidade judaica portuguesa, da qual tem sido parceiro nos últimos anos. O processo iniciou-se em 2019 e ficou concluído em 2020. 


(Notícia atualizada às 09:40)
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