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Responsáveis europeus elogiam prestação da economia portuguesa

Pierre Moscovici da Comissão Europeia e Klaus Regling do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) reconheceram os avanços feitos por Portugal.

Miguel Baltazar
22 de Janeiro de 2018 às 21:00
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Responsáveis da Comissão Europeia e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) elogiaram a prestação da economia portuguesa no dia em que Mário Centeno se estreou na liderança do Eurogrupo.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, começou por constatar a "melhoria da situação económica e financeira" de Portugal na segunda metade de 2017.

"O crescimento acelerou e vimos uma redução sustentada da taxa de desemprego que está agora abaixo da da taxa da Zona Euro, que tambémm é uma forma de medir o progresso feito", começou por dizer o responsável da Comissão Europeia esta segunda-feira, 22 de Janeiro, na conferência de imprensa após a reunião do Eurogrupo.

"Também foi feito mais progresso no sector financeiro. A recuperação económica que está a impactar positivamente o sector bancário português. Na frente fiscal, receitas mais elevadas e despesas mais baixas estão a contribuir para a continuação da redução do défice", continuou Pierre Moscovici.

"Portugal continua a fazer bons progressos, e isso são boas notícias, em ultrapassar o legado da crise", declarou.

Mas o comissário europeu sublinhou que o Governo português ainda tem trabalho para fazer para melhorar a situação económica e financeira de Portugal. "Isso não significa que tudo está terminado ou sob controlo. Portugal continua a enfrentar desafios incluindo o elevado rácio de crédito mal parado", começou por enumerar.

Pierre Moscovici defendeu que o Governo de António Costa tem de "prosseguir com a consolidação fiscal e estrutural de forma a assegurar uma redução sustentada do rácio da dívida pública que ainda é bastante elevado".

Por seu turno, o director do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, afirmou que é "muito positivo como Portugal conseguiu melhor o seu acesso aos mercados", destacando a redução dos juros da dívida, assim como a melhoria do rating da República por parte da agência de notação financeira Fitch. 

Klaus Regling destacou que "Portugal tem a pagar quase 500 milhões de euros ao EFSF nos proximos 12 meses". E concluiu: "Na nossa avaliação, isso não vai ser um problema".

Sobre o pagamento antecipado de 800 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que foi anunciado por Portugal durante a reunião do Eurogrupo, Klaus Regling congratulou Lisboa. "Saudamos isso porque melhora a sustentabilidade da divida de Portugal".
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