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Vistos para procura de trabalho baixam 24% desde fim da manifestação de interesse

Confederações empresariais defendem agilização de processos.

05 de Setembro de 2024 às 10:24
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Desde o fim da manifestação de interesse que estava prevista na Lei de Estrangeiros para a regularização de imigrantes já a trabalhar em Portugal, há três meses, a média mensal de concessão de vistos para procura de trabalho baixou, indica nesta quinta-feira o Público.

Segundo o jornal, a média passou aos 1.266, comparando com uma média de 1.666 vistos de procura de trabalho no conjunto de 2023.

A mesma tendência ocorre nos vistos de trabalho, cuja média mensal cai de 1.080 no ano passado para 733 nestes últimos três meses. 

O jornal recorda que, com o fim de possibilidade de regularização por via da manifestação de interesse com o Plano de Ação para as Migrações do atual Governo, a principal modalidade para a entrada de imigrantes de países terceiros passou a ser feita por via dos consulados no exterior. Nalguns casos - Nepal e Bangladesh, dois dos países de origem de mais imigrantes nos últimos anos - não há consulado, sendo necessário recorrer a outros países, lembra também o Público.

Os números, junta também, não indicam se observa agora uma menor procura por imigrantes ou se haverá mais dificuldades de obtenção de visto junto dos consulados.

Há ainda a possibilidade de visto para procura de trabalho em Portugal, com possibilidade de permanência no país de até 120 dias (prorrogáveis por mais 60 dias) até à assinatura de contrato de trabalho.

Entre as confederações empresariais, há preocupação com a dificuldade de regularização de trabalhadores, mesmo entre aqueles que apoiaram o fim da manifestação de interesse, escreve o jornal. Álvaro Mendonça e Moura, da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), queixa-se ao Público de demoras "apesar das promessa do Governo de reforço dos meios nos postos conculares".

Rafael Campos Pereira, da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) e Armindo Monteiro, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), defendem também a necessidade de se agilizar vistos e regularizações.

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