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Musk reúne com congressistas para discutir cortes no orçamento federal dos EUA

Na sequência da sua vitória nas eleições presidenciais de 05 de novembro, Donald Trump recompensou o dono das empresas SpaceX, X e Tesla pelo seu apoio durante a campanha, nomeando-o para chefiar um recém-criado órgão responsável pelo corte de gastos federais.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, vê fortuna subir 96,6 mil milhões de dólares em seis meses.
Gonzalo Fuentes/Reuters
05 de Dezembro de 2024 às 18:09
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O empresário Elon Musk, nomeado pelo Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, para chefiar uma comissão para a "eficiência governamental", reúne-se esta quinta-feira com congressistas em Washington para discutir as suas propostas de cortes orçamentais.

Na sequência da sua vitória nas eleições presidenciais de 05 de novembro, Donald Trump recompensou o dono das empresas SpaceX, X e Tesla pelo seu apoio durante a campanha, nomeando-o para chefiar um recém-criado órgão responsável pelo corte de gastos federais.

"No dia 05 de novembro, os eleitores deram a Donald Trump um mandato claro para uma mudança radical, e têm direito a isso", escreveram Musk e o empresário Vivek Ramaswamy (que também ficará a gerir esta agência), num artigo do jornal Wall Street Journal, em meados de novembro.

Hoje, Musk e Ramaswamy deslocaram-se a Washington com o objetivo declarado de convencer o Congresso dos méritos desta comissão.

Em cima da mesa destas reuniões estão temas como a eliminação de regulamentos e poupanças nos gastos da máquina do Estado.

No artigo do Wall Street Journal, os dois empresários explicaram como o futuro Governo quer reduzir o pessoal e as despesas da função pública, mesmo que isso signifique contornar decisões do Congresso, que detém o poder orçamental.

"Fazemos as coisas de forma diferente. Somos empresários, não políticos", escreveram Musk e Ramaswamy.

Durante a campanha, Elon Musk garantiu que poderia reduzir as despesas públicas federais em cerca de dois mil milhões de euros, uma queda de 30% em relação ao total do ano orçamental de 2024.

O homem mais rico do mundo prometeu reduzir significativamente o peso da burocracia, que considera ser uma "ameaça existencial" para os Estados Unidos.

Musk admite "reduções maciças de pessoal na burocracia federal", garantindo que os funcionários públicos despedidos serão "apoiados na sua transição para o setor privado" ou beneficiarão de condições "decentes" de saída.

Elon Musk sugere ainda o regresso ao princípio do teletrabalho, o que "levaria a uma bem-vinda onda de saídas voluntárias", ou a deslocalização das agências federais para fora de Washington, o que as tornaria menos atrativas.

Os primeiros alvos destes cortes, de acordo com Elon Musk, poderão muito bem ser os subsídios à radiodifusão pública ou a organizações denominadas "progressistas".

Mas a comissão não deve atacar inicialmente programas de ajuda como a segurança social ou o seguro de saúde para os mais pobres e idosos, admitiu Ramaswamy na quarta-feira, durante uma entrevista.

Uma redução do orçamento da defesa, que atingiu mais de 800 mil milhões de dólares (cerca de 750 mil milhões de euros) em 2023, também não deve estar em cima da mesa de discussão, dado o apoio de democratas e republicanos a esta importante rubrica de despesas.
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