Notícia
Miranda do Douro utiliza ovelhas para limpar espaços verdes por falta de mão-de-obra
Nesta primeira fase, foram colocadas 30 ovelhas de raças churra galega mirandesa, uma raça autóctone, que terão por missão fazer a limpeza da vegetação, numa encosta com oliveiras com cerca de um hectare
16 de Maio de 2022 às 18:50
O município de Miranda do Douro começou hoje a utilizar ovelhas de raça autóctone do Planalto Mirandês, para fazer a limpeza da vegetação dos espaços verdes das áreas envolventes à cidade, devido à falta de mão-de-obra.
Nesta primeira fase, foram colocadas 30 ovelhas de raças churra galega mirandesa, uma raça autóctone, que terão por missão fazer a limpeza da vegetação, numa encosta com oliveiras com cerca de um hectare, situada junto à principal avenida de entrada naquela localidade do distrito de Bragança.
"Temos espaços verdes com necessidades de limpeza de vegetação, como é caso desta encosta à entrada da cidade, e deparamo-nos todos os dias com a falta de mão-de-obra para fazer este trabalho. Esta ideia de aliarmos as raças autóctones, neste caso ovelhas, surgiu de imediato e estes animais começaram hoje a fazer o seu trabalho de sapadores", explicou à Lusa a presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril.
De acordo com a autarca, outras espécies autóctones como o burro mirandês ou cabras, poderão fazer parte desta iniciativa que o município de Miranda do Douro considera como "pioneira", mas cada espécie só poderá ser utilizada onde a vegetação assim o permita, para não causar danos na flora local.
Neste primeiro espaço com cerca de um hectare, vedado para os animais não saírem para a via pública, foi colocado água e outras forragens próprios da alimentação destes pequenos ruminantes
"Nestas encostas estamos a utilizar as ovelhas porque aqui há oliveiras e as cabras não são apropriadas para esta função, porque são animais que comem praticamente todo o tipo de vegetação", exemplificou Helena Barril.
Outros espaços, como o Parque Urbano do rio Fresno, com cerca de seis hectares, uma área nobre da cidade transmontana, também, poderá ser alvo desta experiência e neste espaço será utilizado o burro mirandês, dadas as características da área a limpar e desmatar que é apropriada à dieta destes animais.
A autarca de Miranda do Douro disse ainda que esta iniciativa tem uma dupla função: a limpeza e fertilização das zonas verdes que circundam Miranda do Douro e ao mesmo tempo mostrar a quem visita a cidade, as suas raças autóctones, como as ovelhas de raça churra galega mirandesa ou o burro mirandês, importantes elementos do património genético deste território do Nordeste Transmontano.
Já Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação de Criadores de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa, é da opinião de que a utilização destes animais na limpeza das zonas verdes vai permitir um controlo sustentável da vegetação.
"Não estamos a utilizar biocombustíveis na mão de obra para executar estas operações de limpeza e, ao mesmo tempo, estamos a transformar o manto vegetal na melhor proteína que é na carne de cordeiro mirandês", vincou.
O número de animais de raças autóctones a utilizar em cada área poderá aumentar mediante a sua adaptação ao meio urbano.
Esta experiência resulta de uma parceria entre o município, junta de freguesia de Miranda do Douro e a Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa.
Nesta primeira fase, foram colocadas 30 ovelhas de raças churra galega mirandesa, uma raça autóctone, que terão por missão fazer a limpeza da vegetação, numa encosta com oliveiras com cerca de um hectare, situada junto à principal avenida de entrada naquela localidade do distrito de Bragança.
De acordo com a autarca, outras espécies autóctones como o burro mirandês ou cabras, poderão fazer parte desta iniciativa que o município de Miranda do Douro considera como "pioneira", mas cada espécie só poderá ser utilizada onde a vegetação assim o permita, para não causar danos na flora local.
Neste primeiro espaço com cerca de um hectare, vedado para os animais não saírem para a via pública, foi colocado água e outras forragens próprios da alimentação destes pequenos ruminantes
"Nestas encostas estamos a utilizar as ovelhas porque aqui há oliveiras e as cabras não são apropriadas para esta função, porque são animais que comem praticamente todo o tipo de vegetação", exemplificou Helena Barril.
Outros espaços, como o Parque Urbano do rio Fresno, com cerca de seis hectares, uma área nobre da cidade transmontana, também, poderá ser alvo desta experiência e neste espaço será utilizado o burro mirandês, dadas as características da área a limpar e desmatar que é apropriada à dieta destes animais.
A autarca de Miranda do Douro disse ainda que esta iniciativa tem uma dupla função: a limpeza e fertilização das zonas verdes que circundam Miranda do Douro e ao mesmo tempo mostrar a quem visita a cidade, as suas raças autóctones, como as ovelhas de raça churra galega mirandesa ou o burro mirandês, importantes elementos do património genético deste território do Nordeste Transmontano.
Já Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação de Criadores de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa, é da opinião de que a utilização destes animais na limpeza das zonas verdes vai permitir um controlo sustentável da vegetação.
"Não estamos a utilizar biocombustíveis na mão de obra para executar estas operações de limpeza e, ao mesmo tempo, estamos a transformar o manto vegetal na melhor proteína que é na carne de cordeiro mirandês", vincou.
O número de animais de raças autóctones a utilizar em cada área poderá aumentar mediante a sua adaptação ao meio urbano.
Esta experiência resulta de uma parceria entre o município, junta de freguesia de Miranda do Douro e a Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa.