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Madeira: Protecção Civil suspeita de que maioria dos fogos "não teve origem natural"

A Madeira tem sido devastada desde terça-feira por uma série de incêndios que deflagraram em diferentes pontos da ilha, com cenários mais críticos nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Calheta, Porto Moniz e Ribeira Brava.

22 de Julho de 2012 às 01:53
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O presidente do Serviço Regional de Protecção Civil da Madeira, Luis Neri, disse hoje à noite ter "quase a certeza" de que a maior parte dos fogos que deflagraram na região nos últimos dias "não teve origem natural". "Efectivamente, tenho quase a certeza de que apenas uma percentagem reduzida dos incêndios tiveram origem natural", afirmou à Lusa o responsável.

Luís Neri informou que continua a merecer "preocupação" o fogo nas Achadas da Cruz (Porto Moniz), que "começou há dois dias", onde está a "actuar um dispositivo com grande capacidade", existindo reacendimentos na Fonte do Bispo (Calheta) e na Camacha (Santa Cruz).

Nas Achadas da Cruz estão meios das corporações de bombeiros voluntários de São Vicente e Porto Moniz, Santana, Ribeira Brava e Calheta, além de elementos da Força Especial de Bombeiros e de Grupos de Intervenção Permanente da GNR, num total de 80 homens e dez viaturas.

O responsável adiantou que o "vento com variação muito grande e o dia quente com humidade muito baixa acentuaram as dificuldades e a intervenção no terreno".

Quanto aos focos em Machico, segundo Luis Neri, "não oferecem grande preocupação", sendo que um, no Caniçal, "é considerado um pequeno incêndio, numa zona inacessível".

Em Santa Cruz, os bombeiros da corporação da localidade continuam em situação de vigilância, tendo ocorrido um "reacendimento na variante da Camacha e no estreito, no Caniço".

Luis Neri acrescentou que neste concelho da zona este da ilha se mantém a vigilância na Meia Serra, o mesmo acontecendo nas serras altas de Santo António, no concelho do Funchal.

O responsável reafirmou que hoje, "apesar de existirem ainda alguns focos, foi um dia mais calmo".

Luis Neri realçou o esforço dos que estão a combater estes incêndios, "numa semana de actividade contínua, sendo um dispositivo que tem conseguido dar resposta muitas vezes em concelhos distantes dos da sua área".

O responsável disse também que está a ser equacionada uma colaboração mais activa do Exército, "numa segunda fase, quando os incêndios estiverem controlados e extintos de forma definitiva, sobretudo nas operações de apoio à limpeza das zonas afectadas, quando estiverem reunidas as condições de segurança".

A Madeira tem sido devastada desde terça-feira por uma série de incêndios que deflagraram em diferentes pontos da ilha, com cenários mais críticos nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Calheta, Porto Moniz e Ribeira Brava.

Dezenas de casas, viaturas e palheiros total ou parcialmente afectados pelas chamas, centenas de pessoas retiradas de habitações e outros edifícios e uma vasta área florestal destruída são as principais consequências dos fogos.

Apesar das condições atmosféricas - temperaturas elevadas, vento forte e humidade baixa - serem propícias à propagação de incêndios, em alguns casos existem suspeitas de origem criminosa, tendo a Polícia Judiciária detido um suspeito em São Vicente e encontrado algumas tochas incendiárias.

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