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Jardim está "farto de jogar às escondidas" e pede "ética" aos políticos de Lisboa

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje "estar farto de jogar às escondidas" e pediu "ética" aos políticos de Lisboa no sentido de dizerem "olhos nos olhos" o que querem da Madeira.

25 de Maio de 2012 às 21:46
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Alberto João Jardim reagiu assim a uma notícia publicada na edição online do semanário alemão Der Spiegel e transcrito pelo Público de que "a Alemanha prepara plano com seis pontos para estimular o crescimento económico na Europa que prevê, entre outros aspectos, a instauração de zonas francas".

"Eu não estou à espera da senhora Merkel para saber que é essa a solução", comentou, à margem do "III Encontro de Vinhos de Mesa da Madeira" que decorreu em Porto Moniz.

"O que me espanta - continuou - é que os seguidores da senhora Merkel em Lisboa andem a "engonhar" (empatar) (que é o termo madeirense próprio para isto) com a Zona Franca da Madeira que é absolutamente necessária para Portugal e que seja preciso ser a senhora chanceler a dizer estas coisas".

Alberto João Jardim diz não saber se "há uma guerra contra a Madeira e se isso faz parte de uma estratégia". "Eu não sei o que é que se passa, para os políticos terem ética acho que devem dizer uns aos outros, olhos nos olhos, o que é que se passa porque estou farto de andar a brincar às escondidas", declarou.

Antes, na intervenção de entrega de prémios aos vinhos vencedores, o presidente do Governo Regional apelou ao consumo de produtos produzidos na Madeira e chamou a atenção que os madeirenses têm de contar consigo próprios porque os 36 anos de autonomia desmentiu "essa ideia da solidariedade nacional".

"Foi uma fantasia que se disse quando interessava ao Estado mas que foi esquecida sempre que interessa à Madeira", ressalvou, tendo inclusivamente apontado o caso do Programa de Ajustamento Económico Financeiro. "Foi, aliás, de iniciativa do Estado central o critério de as nossas dívidas não serem consideradas dívida portuguesa, depois não têm que se queixar", terminou.

Os vinhos de mesa de produção regional cresceram 52% em valor e em produção em 2011 comparativamente a 2010.

Em prova estiveram 24 vinhos tendo os primeiros prémios sido distribuídos na categoria de brancos ao "Terras do Avô Grande Escolha 2011"; na categoria de rosés ao "Barbusano 2010", na categoria de tintos ao "Beijo 2010" e nos Madeira vasta bola ao "Barbeito Boal 10 anos".

O presidente do governo Regional seguiu depois, do norte, de Porto Moniz, para sudeste, para a freguesia da Camacha, em Santa Cruz, a fim de participar no 75.º aniversário da Casa do Povo.

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