Notícia
Horta e Costa recebeu Marcos Valério na qualidade de grande empresário
Miguel Horta e Costa fala ao Jornal de Negócios obre o escândalo «mensalão», onde o nome da Portugal Telecom foi envolvido. Marcos Valério, conhecido com o «homem da mala», foi um dos pontos de contacto.
Miguel Horta e Costa fala ao Jornal de Negócios obre o escândalo «mensalão», onde o nome da Portugal Telecom foi envolvido. Marcos Valério foi um dos pontos de contacto.
Quando Marcos Valério esteve cá veio acompanhado por algum membro do PT (Partido Trabalhista)?
Não.
Quando ele foi recebido na Portugal Telecom ia sozinho?
Ia sozinho.
E em que qualidade, consultor, intermediário da Telemig, qual era o papel dele?
Empresário brasileiro.
Ele é accionista da Telemig?
Não. É um empresário brasileiro que tem uma grande empresa de publicidade em Minas Gerais e que uma das suas principais contas é a Telemig e que soube que nós estávamos interessados na Telemig, operação que nunca aconteceu. Um dos estados que nos faltava no mapa era Minas Gerais, e andámos a estudar qual era a melhor alternativa para cobrir esse estado, se era comprar a Telemig, se era conseguir uma licença de "roaming" digital em Minas Gerais, porque só temos "roaming" analógico. Nessa altura, quando esses contactos tiveram lugar e ele, naturalmente porque na altura era relativamente público que nós estávamos interessados, contactou-nos, apresentou-se e é um empresário que na altura tinha algum peso, relações e eu recebi-o como recebo dezenas de empresários.
A relação dele com a Telemig era de prestação de serviços?
Exactamente. Tinha a conta de publicidade da Telemig.
As reuniões aconteceram só cá em Portugal?
Exactamente.
E sem Telefónica?
E sem Telefónica. Ele contactou-nos, eu recebi-o, ele depois manifestou interesse em conhecer o ministro do sector, eu tenho uma boa relação com o ministro Mexia e ele esteve 10 minutos com o ministro Mexia, numa visita de cortesia.
(leia a entrevista na integra na edição de segunda-feira do Jornal de Negócios)