Notícia
Grécia à beira de reestruturar de novo a dívida
Previsões macroeconómicas foram revistas em baixa mais uma vez. PIB cai 7% em 2012.
A Grécia deverá precisar de uma nova reestruturação de dívida, avançava ontem, ao final do dia, a Reuters, citando três fontes da União Europeia. Segundo estes responsáveis, apesar de só ontem a troika ter chegado a Atenas para fazer a avaliação das contas públicas do país, "as conclusões parecem já claras", ou seja, a Grécia não será capaz de cumprir as suas obrigações caso não beneficie de um novo perdão de dívida.
A Grécia já foi alvo de dois resgates, sendo que o último incluiu um perdão de 70% da dívida detida por privados. A principal diferença nesta nova reestruruação seria a participação dos credores oficiais: não só os países europeus que emprestaram mas também o próprio BCE.
Segundo as mesmas fontes, a análise de sustentabilidade da dívida helénica é "terrível". A razão está no péssimo desempenho da economia grega. Ontem, o primeiro-ministro Antonis Samaras anunciou que a nova previsão "oficiosa" do Governo, que ainda não está incluída em nenhum documento, é de uma quebra do Produto "superior a 7%", tornando ainda mais funda uma recessão que na anterior previsão rondava os 5%. Antonis Samaras espera que a economia comece a recuperar apenas em 2014.
Queda de 20% do PIB
Esta foi apenas mais uma de uma longa série de revisões em baixa das perspectivas económicas, que dão força à ideia de que a Grécia está presa numa espiral recessiva. Se se confirmar o novo valor, a Grécia chega ao final de 2012 com um PIB real cerca de 20% mais pequeno do que o seu nível máximo, atingido em 2008 (ver gráfico).
Os números não só cumprem os "requisitos mínimos" para que se possa falar numa depressão económica, como lembram tempos remotos da história económica. Quebras do PIB desta dimensão só se registaram em períodos distantes, como a Grande Depressão americana, ou em momentos de disrupção política, como o colapso da URSS e o fim do planeamento centralizado.
A Grécia já foi alvo de dois resgates, sendo que o último incluiu um perdão de 70% da dívida detida por privados. A principal diferença nesta nova reestruruação seria a participação dos credores oficiais: não só os países europeus que emprestaram mas também o próprio BCE.
Queda de 20% do PIB
Esta foi apenas mais uma de uma longa série de revisões em baixa das perspectivas económicas, que dão força à ideia de que a Grécia está presa numa espiral recessiva. Se se confirmar o novo valor, a Grécia chega ao final de 2012 com um PIB real cerca de 20% mais pequeno do que o seu nível máximo, atingido em 2008 (ver gráfico).
Os números não só cumprem os "requisitos mínimos" para que se possa falar numa depressão económica, como lembram tempos remotos da história económica. Quebras do PIB desta dimensão só se registaram em períodos distantes, como a Grande Depressão americana, ou em momentos de disrupção política, como o colapso da URSS e o fim do planeamento centralizado.