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Francisco José Viegas sai do Governo no final do mês (act)

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, vai abandonar o Governo no final do mês, por motivos de saúde, confirmou hoje à agência Lusa o seu adjunto para a comunicação, João Villalobos.

24 de Outubro de 2012 às 21:30
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"Por razões de saúde, o secretário de Estado da Cultura sai do Governo no final de Outubro", disse o adjunto à agência Lusa.

Francisco José Viegas esteve internado no início da semana passada, no Hospital da Boavista, no Porto, para observação durante 48 horas, depois de um "episódio de hipertensão", ocorrido na apresentação do projecto Balcão+Cultura, iniciativa da SEC e do IAPMEI, com a Fundação de Serralves, a 15 de Outubro.

O gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, contactado pela Lusa, sobre a saída do secretário de Estado e o seu eventual sucessor, disse "não ter comentários" a fazer.

Esta é a segunda saída do Governo de coligação PSD/CDS-PP, depois da substituição de Henrique Gomes, secretário de Estado da Energia, a 12 de Março deste ano, por Artur Trindade.

Em Agosto, Francisco José Viegas foi entrevistado pelo jornal francês Le Monde, como "escritor e não secretário de Estado da Cultura", tendo então confessado que cometera o "erro de aceitar um cargo político", do qual não queria falar: "Mas não vamos falar disso pois não?", acrescentava, ao vespertino francês.

Na entrevista, intitulada "Le Portugal ne rêve plus" ("Portugal deixou de sonhar"), o autor de "Morte no estádio" falava de "uma sociedade que perdeu os seus sonhos".

"Os portugueses têm medo do futuro, de falar", dizia Francisco José Viegas ao jornalista Yann Plougastel, sublinhando que tal acontecia depois de 300 anos de Inquisição e de meio século da ditadura do Estado Novo de Oliveira Salazar. "Hoje, com a crise, continua [o medo]. É terrível", garantia.

Hoje foi conhecida uma carta de agradecimento da comissão de trabalhadores do Teatro Nacional D. Maria II (CT-TNDM) ao secretário de Estado da Cultura, pela "reposição do respeito pela história deste teatro".

O texto, ao qual a agência Lusa teve acesso, dizia que, "apesar das preocupações e da discordância dos trabalhadores deste teatro nacional para com a política de esvaziamento da Cultura em Portugal", a CT-TNDM agradecia "a reposição do respeito pelos trabalhadores deste teatro nacional".



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