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China diz que grandes potências devem evitar uma nova Guerra Fria

As declarações do primeiro-ministro chinês foram feitas, esta quarta-feira, no arranque de uma reunião dos líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), China, Japão e Coreia do Sul.

Tyrone Siu / Reuters
06 de Setembro de 2023 às 09:35
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O primeiro-ministro chinês disse hoje a parceiros asiáticos que as grandes potências devem opor-se a confrontos e evitar "uma nova Guerra Fria", e defendeu o fortalecimento de laços regionais mais amplos.

"Divergências e disputas podem surgir entre países devido a perceções erradas, interesses divergentes ou interferências externas", afirmou Li Qiang no arranque de uma reunião dos líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), China, Japão e Coreia do Sul.

"Para manter as diferenças sob controle, o essencial agora é opor-se à escolha de lados, opor-se ao confronto em bloco e opor-se a uma nova Guerra Fria", considerou.

A reunião ASEAN + Três é uma das cimeiras que decorrem hoje em Jacarta entre os líderes dos 10 Estados membros da organização regional, mais Timor-Leste com o estatuto de observador, e vários parceiros deste bloco.

Hoje está igualmente prevista a Cimeira do Leste Asiático, que reunirá líderes de 18 países, entre eles os Estados Unidos, representados pela vice-presidente, Kamala Harris, e a Rússia, que é representada pelo seu chefe da diplomacia Sergei Lavrov.

Os encontros ocorrem numa altura de debates internos na ASEAN sobre o seu posicionamento relativamente às tensões entre países como a China e os Estados Unidos, num diálogo onde o Japão e a Coreia do Sul defendem maior centralidade para a organização.

Na terça-feira, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse aos jornalistas que Harris deverá aproveitar o encontro para "reafirmar o compromisso duradouro dos Estados Unidos com o Indo-Pacífico em geral".

Estão em Jacarta líderes de 22 países, incluindo Timor-Leste, que tem o estatuto de observador na ASEAN e que deverá assumir o lugar de 11º. Estado-membro em 2025.
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