O Índice de Bem-Estar das famílias, que mede as condições materiais e a qualidade de vida das familias, aumentou em 2023, mas ainda está abaixo do valor registado no pré-pandemia.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 16 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e mostram que este indicador subiu dos 45,5 pontos em 2022 para 46 pontos em 2023. 

Apesar da melhoria, o Índice de Bem-Estar continua abaixo do valor registado em 2019. O Índice de Bem-Estar cresceu de forma ininterrupta desde 2012, mas com a pandemia de covid-19 em 2020 caiu 1,5 pontos. Apesar das melhorias dos últimos três anos ainda não recuperou totalmente.

Assim, em 2023, de acordo com os dados divulgados agora pelo INE, as famílias viram as suas condições de vida económicas e materiais (num todo) a subir - e, nessa vertente, ultrapassar mesmo os valores de 2019. 

Em causa estão as melhorias registadas no bem-estar económico, na vulnerabilidade económica e no emprego.

Mas na qualidade de vida (que analisa questões não materiais, como o acesso à saúde, qualidade da educação ou conciliação vida pessoal e profissional, por exemplo) o bem-estar das famílias voltou a piorar - o que vem acontecendo desde 2019 (embora de forma mais acentuada em 2020, ano da pandemia).

Foi na 'educação, conhecimento e competências' e na 'participação cívica e governação' que as famílias perderam qualidade de vida, de acordo com o INE.

Houve melhorias nos restantes indicadores: Saúde, Balanço vida-trabalho, Relações sociais e bem-estar subjetivo, Segurança pessoal e ambiente.

"Note-se, ainda, que a partir de 2012 os domínios do Ambiente e da Segurança pessoal são os que exibiram os valores mais elevados do índice da Qualidade de Vida, refletindo assim uma posição relevante de Portugal nestas áreas, em termos internacionais", destaca o INE.