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Pandemia tirou 595 milhões de euros e 16 mil postos de trabalho ao desporto

Um estudo realizado pela PwC conclui que o desporto português sofreu em 2020 uma quebra de 12% em relação ao ano anterior. Faltam apoios específicos e os que há só agora estão a chegar, assinalam os autores do trabalho.

D.R.
19 de Julho de 2021 às 13:13
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O desporto no país registou no ano passado uma quebra de 12% face a 2019 devido à pandemia de covid-19, conclui um estudo realizado pela consultora PwC a pedido do Comité Olímpico de Portugal, Comité Paralímpico de Portugal e Confederação do Desporto de Portugal. Contas feitas, em termos de valor acrescentado bruto, a quebra estimada foi de 595 milhões de euros e o embate em termos de emprego conduziu a uma perda de 16 mil postos de trabalho, considerando os impactos totais (diretos, indiretos e induzidos). 


Há apoios públicos que têm chegado ao setor, mas de forma lenta, até devido às características que este apresenta, assinala o estudo. São, em regra, "entidades de natureza associativa, estrutura pouco profissionalizada e grande base de voluntários e trabalhadores independentes", pelo que se por um lado "muitas das medidas de apoio ao emprego e à economia, acabaram por não abranger grande parte do mundo do desporto, por outro "os principais apoios do Governo, de 65 milhões de euros, destinados especificamente ao setor, começaram a ser ativados em julho de 202", pelo que, na prática, ainda não cehagaram.


No entanto, sublinham os autores do trabalho, apresentado esta segunda-feira em Lisboa, "os apoios públicos em contexto de pandemia permitiram a sobrevivência de várias instituições no setor". Aí, o destaque vai para "as iniciativas de algumas autarquias que desenvolveram apoios adicionais específicos aos clubes e algumas federações que tiveram capacidade de apoiar clubes, coletividades desportivas e atletas, por exemplo, através de contribuições ao nível do material de proteção e testagem, fundamental para o recomeço da atividade".


Em 2019, de acordo com o estudo da PwC, o setor do desporto representava 2,3% do VAB e 2,8% nos postos de trabalho nacionais.


"Em Portugal, o setor não tem sido alvo de destaque a nível estratégico, mas antes incluído em áreas contíguas como a Saúde e o Turismo. São exemplos da inexistência de destaque autónomo a Agenda Estratégica Portugal 2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência, onde o desporto se apresenta residualmente em vertentes relacionadas com a componente de saúde, educação e inclusão social, e não com secção própria", refere o estudo. 

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