Notícia
Investimento direto estrangeiro em Portugal baixa ligeiramente em 2018
O investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal baixou ligeiramente em 2018 face a 2017 num contexto em que o IDE registou uma queda significativa a nível mundial.
Comparando a posição do investimento direto estrangeiro (IDE) no final de 2018 com a do final de 2017, conclui-se que Portugal registou uma queda de 1,2 mil milhões de euros neste indicador. Ou seja, entre entradas e saídas de IDE no país, o saldo foi negativo. Os dados foram divulgados esta quarta-feira, 20 de fevereiro, pelo Banco de Portugal.
No final de 2017, a posição de IDE de Portugal estava nos 119,8 mil milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica do banco central. Um ano depois, a posição de IDE baixou para 118,6 mil milhões de euros. Esta é a primeira queda registada neste indicador desde 2011, ano em que o pedido de ajuda financeira à troika prejudicou a imagem externa do país, o que assustou os investidores.
No entanto, estes dados devem ser lidos com cautela. A queda foi de 1% face a 2017, estando longe da redução de 7% registada em 2011. Além disso, estas variações são resultado não só dos fluxos do IDE, mas também das variações de preço. Ou seja, a valorização ou a desvalorização das divisas pode ter tido influência na posição do IDE.
A evolução do IDE em Portugal não deve ser desligada daquilo que aconteceu no exterior uma vez que o ano de 2018 foi particularmente negativo para o IDE em todo o mundo. Segundo os dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), o IDE mundial caiu 35% na primeira metade do ano passado em comparação com o final de 2017, baixando para mínimos de 2013.
Em grande parte, este foi o resultado da reforma fiscal implementada nos Estados Unidos uma vez que as empresas decidiram aproveitar o alívio fiscal para repatriar os lucros de filiais estrangeiras para a sede norte-americana.
Acresce que o IDE é um indicador que tanto é lento a ser atraído para o país como demora a sair caso a situação piore, sendo difícil perceber as variações de curto-prazo. A tendência de longo-prazo é de subida, tendo existido poucas exceções relevantes (do ponto de vista do montante) nas últimas décadas.
Um investimento direto estrangeiro é contabilizado quando o investidor direto detém pelo menos 10% dos direitos de voto da empresa final, segundo a definição do Banco de Portugal.
Dívida externa baixa em 2018
Os números do Banco de Portugal mostram ainda que a posição de investimento internacional (PII) - que traduz a dívida externa do país - fixou-se em -203,2 mil milhões de euros em 2018. Este indicador mede a diferença entre os ativos e os passivos do país face ao resto do mundo.
Em percentagem do PIB, a dívida externa passou de -104,9% em 2017 para -101,3% em 2018, menos 3,6 pontos percentuais. Tal quer dizer que no ano passado a riqueza produzida no país (pelo Estado, empresas e famílias) não chegaria para pagar toda a dívida acumulada no exterior durante as últimas décadas.
Em termos líquidos - ou seja, excluindo os instrumentos de capital, o ouro em barra e os derivados financeiros -, a dívida externa passou de -91,7% para -89,5%. Esta queda é explicada pelo aumento do PIB que mais do que compensou o aumento nominal da dívida, nota o banco central.
No final de 2017, a posição de IDE de Portugal estava nos 119,8 mil milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica do banco central. Um ano depois, a posição de IDE baixou para 118,6 mil milhões de euros. Esta é a primeira queda registada neste indicador desde 2011, ano em que o pedido de ajuda financeira à troika prejudicou a imagem externa do país, o que assustou os investidores.
A evolução do IDE em Portugal não deve ser desligada daquilo que aconteceu no exterior uma vez que o ano de 2018 foi particularmente negativo para o IDE em todo o mundo. Segundo os dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), o IDE mundial caiu 35% na primeira metade do ano passado em comparação com o final de 2017, baixando para mínimos de 2013.
Em grande parte, este foi o resultado da reforma fiscal implementada nos Estados Unidos uma vez que as empresas decidiram aproveitar o alívio fiscal para repatriar os lucros de filiais estrangeiras para a sede norte-americana.
Acresce que o IDE é um indicador que tanto é lento a ser atraído para o país como demora a sair caso a situação piore, sendo difícil perceber as variações de curto-prazo. A tendência de longo-prazo é de subida, tendo existido poucas exceções relevantes (do ponto de vista do montante) nas últimas décadas.
Um investimento direto estrangeiro é contabilizado quando o investidor direto detém pelo menos 10% dos direitos de voto da empresa final, segundo a definição do Banco de Portugal.
Dívida externa baixa em 2018
Os números do Banco de Portugal mostram ainda que a posição de investimento internacional (PII) - que traduz a dívida externa do país - fixou-se em -203,2 mil milhões de euros em 2018. Este indicador mede a diferença entre os ativos e os passivos do país face ao resto do mundo.
Em percentagem do PIB, a dívida externa passou de -104,9% em 2017 para -101,3% em 2018, menos 3,6 pontos percentuais. Tal quer dizer que no ano passado a riqueza produzida no país (pelo Estado, empresas e famílias) não chegaria para pagar toda a dívida acumulada no exterior durante as últimas décadas.
Em termos líquidos - ou seja, excluindo os instrumentos de capital, o ouro em barra e os derivados financeiros -, a dívida externa passou de -91,7% para -89,5%. Esta queda é explicada pelo aumento do PIB que mais do que compensou o aumento nominal da dívida, nota o banco central.