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Empresários pouco confiantes no arranque do ano. Famílias estão mais otimistas
A confiança das empresas diminuiu de forma ligeira no primeiro mês do ano, interrompendo o bom momento iniciado em setembro. Famílias estão um pouco mais otimistas, depois de o indicador de confiança ter caído em dezembro.
Os sinais do início do ano são mistos. Se por um lado, as famílias estão um pouco mais otimistas, as empresas nem por isso.
De acordo com os dados do inquérito de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), "o indicador de confiança dos consumidores aumentou moderadamente em janeiro, após ter diminuído no mês anterior."
Para esta melhoria, explica o INE "contribuíram as perspetivas sobre a evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar." Os resultados mostram ainda que os consumidores esperam um alívio dos preços nos próximos meses, depois de terem atingido no final do ano passado "o máximo desde dezembro de 2022."
Já os empresários arrancam o ano com sinais de pessimismo. "O indicador de clima económico diminuiu tenuemente em janeiro, contrariando o aumento registado no mês anterior e interrompendo o movimento ascendente observado desde setembro", refere a autoridade estatística nacional.
Por setores, o indicador de confiança "diminuiu ligeiramente no comércio e serviços e de forma moderada na indústria, tendo aumentado na construção e obras públicas", reforçando sinais de outros indicadores para este último setor, como as vendas de cimento que têm vindo a aumentar nos últimos meses.
Já sobre a evolução dos preços, os empresários esperam um aumento nos próximos meses. "No caso da construção, este saldo aumentou de forma significativa nos últimos três meses, atingindo o máximo desde abril de 2023", sublinha o INE.
A atividade económica teve uma forte aceleração no final do ano passado com um crescimento em cadeia de 1,5%, para um crescimento no conjunto do ano de 1,9%, acima da estimativa do Governo.