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Inflação da Zona Euro recua novamente em Agosto

A taxa de inflação permanece no nível mais baixo desde Outubro de 2009. O recuo do índice dos preços no consumidor foi causado principalmente pela descida no preço da energia. No espaço de um ano, a taxa de inflação nos países da moeda única, recuou de 1,3% para 0,3%.

Reuters
André Cabrita-Mendes andremendes@negocios.pt 29 de Agosto de 2014 às 10:24

A inflação da Zona Euro voltou a recuar durante o mês de Agosto. O índice de preços no consumidor caiu para os 0,3% a partir dos 0,4% registados em Julho, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat esta sexta-feira, 29 de Agosto.

 

No espaço de um ano, a taxa de inflação nos países da moeda única, recuou de 1,3% para 0,3%.

 

Analisando por itens, a taxa de inflação anual mais elevada foi nos serviços (1,2% face a 1,3% em Julho), seguida dos bens energéticos não industriais (0,3% face a 0%).

 

Nos restantes items registaram-se taxas negativas, como na alimentação, tabaco e alcool (-0,3% estável face a Julho) e a energia (-2% face a -1% em Julho).


A taxa de inflação situava-se nos 0,7% em Abril. Depois recuou para os 0,5% em Maio, tendo-se mantido estável em Junho. Mas em Julho voltou a recuar para os 0,4%, assim como em Agosto com a descida para os 0,3%.

 

Portugal registou, durante o mês de Julho, a segunda inflação anual mais baixa da moeda única, com uma taxa de -0,7%. Na Zona Euro, a Grécia foi único país a registar uma taxa mais baixa.

 

A baixa taxa de inflação na Zona Euro tem sido apontada como uma fprte razão para o Banco Central Europeu (BCE) expandir a sua política monetária.

 

Na reunião mensal dos governadores em Agosto, o presidente Mario Draghi garantiu que não existem razões para temer a deflação - queda generalizada dos preços na Zona Euro.

 

"As estimativas para a inflação na Zona Euro no médio a longo prazo continuam a estar firmemente ancoradas no nosso objectivo de manter a inflação abaixo, mas próxima de, 2%", disse Mario Draghi no início de Agosto.


O presidente do BCE assegurou que à medida que as medidas do banco central começam a surtir efeito, "a inflação vai regressar a níveis próximos de 2%", garantiu.

 

Em relação à queda dos preços nos países periféricos - como Portugal -, Mario Draghi afastou a hipótese de estes países estarem a entrar em deflação pois não se trata de um fenómeno de longo prazo.

 

O ministro das Finanças alemão já veio dizer que não acredita que o BCE tenha as armas necessárias para combater a deflação.

 

"Não acredito que a política monetária do BCE tenha os instrumentos para combater a deflação, para ser sincero. A política monetária só consegue ganhar tempo", disse Wolfgang Schäuble em entrevista à Bloomberg.

 

O ministro defendeu que a Zona Euro precisa "urgentemente de investimentos" e de "voltar a ganhar a confiança dos investidores, mercados e consumidores".

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