Notícia
Meio século de defesa do ambiente
A grande contribuição do livro "A Primavera Silenciosa", de Rachel Carson, publicado em 1962, foi a consciencialização das pessoas de que a natureza é vulnerável à intervenção humana. Até aí, poucos se preocupavam com a sua conservação e a maior parte nem...
28 de Abril de 2010 às 10:48
A consciencialização da humanidade para a necessidade de preservar o planeta tem quase 50 anos
A grande contribuição do livro "A Primavera Silenciosa", de Rachel Carson, publicado em 1962, foi a consciencialização das pessoas de que a natureza é vulnerável à intervenção humana. Até aí, poucos se preocupavam com a sua conservação e a maior parte nem se importava se as espécies se extinguiam.
Mas o alerta de Rachel Carson era demasiado assustador e não podia ser ignorado. A contaminação de alimentos, o risco de deformações genéticas e da ocorrência de cancros e da eliminação de espécies, abalou a humanidade, e chamou a atenção para os problemas da poluição e degradação do ambiente. Pela primeira vez, foi aceite a necessidade de regulamentar a produção industrial e proteger o meio ambiente.
Chuvas ácidas
Na década seguinte despertou a consciência da humanidade para os problemas causados pelas chuvas ácidas nos ecossistemas.
O fenómeno tinha sido descrito, pela primeira vez, pelo químico e climatologista britânico Robert Angus Smith, após a sua ocorrência sobre a cidade de Manchester, no início da Revolução Industrial. Resultantes de gases lançados na atmosfera por vulcões e alguns processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos, as chuvas ácidas multiplicaram-se devido aos efeitos produzidos pela indústria petrolífera, centrais termoeléctricas e veículos de transporte.
Com o avanço industrial, os problemas causados pela sua ocorrência foram-se tornando cada vez mais sérios. Na década de setenta começaram as iniciativas para as controlar, com a implementação de tecnologias para reduzir as emissões. Nessa altura, o conceito de protecção ambiental tinha como pressuposto que a redução de emissões garantia a protecção da natureza. Mas os acontecimentos dos anos oitenta motivaram as pessoas a olhar para o ambiente com maior atenção e numa perspectiva global.
O desastre de Bhopal, na Índia, a explosão do reactor da central de Chernobyl, na Ucrânia, e o derrame de petróleo do Exxon Valdez, ao largo do Alasca, deixaram um rastro nocivo que ainda hoje se faz sentir (veja texto ao lado)
Evolução positiva
A assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, para controlar as emissões de CFCs que destroem a camada de ozono, foi um passo para a globalização do esforço para proteger o ambiente. Nasceu o conceito de desenvolvimento sustentável e a defesa de uma regulação ambiental para encorajar a inovação e promover a eficiência das empresas deu os primeiros passos. As cimeiras de Quioto, Bali, Poznan e Copenhaga, viraram os holofotes para os problemas da Terra.
O que é a sustentabilidade?
Uma das melhores definições de sustentabilidade é a que está incluída no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Nele, o desenvolvimento sustentável é definido como o desenvolvimento "que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras suprirem as suas". Praticar sustentabilidade é, assim, pensar, planear e agir com os pés no presente e os olhos no futuro.
A grande contribuição do livro "A Primavera Silenciosa", de Rachel Carson, publicado em 1962, foi a consciencialização das pessoas de que a natureza é vulnerável à intervenção humana. Até aí, poucos se preocupavam com a sua conservação e a maior parte nem se importava se as espécies se extinguiam.
Chuvas ácidas
Na década seguinte despertou a consciência da humanidade para os problemas causados pelas chuvas ácidas nos ecossistemas.
O fenómeno tinha sido descrito, pela primeira vez, pelo químico e climatologista britânico Robert Angus Smith, após a sua ocorrência sobre a cidade de Manchester, no início da Revolução Industrial. Resultantes de gases lançados na atmosfera por vulcões e alguns processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos, as chuvas ácidas multiplicaram-se devido aos efeitos produzidos pela indústria petrolífera, centrais termoeléctricas e veículos de transporte.
Com o avanço industrial, os problemas causados pela sua ocorrência foram-se tornando cada vez mais sérios. Na década de setenta começaram as iniciativas para as controlar, com a implementação de tecnologias para reduzir as emissões. Nessa altura, o conceito de protecção ambiental tinha como pressuposto que a redução de emissões garantia a protecção da natureza. Mas os acontecimentos dos anos oitenta motivaram as pessoas a olhar para o ambiente com maior atenção e numa perspectiva global.
O desastre de Bhopal, na Índia, a explosão do reactor da central de Chernobyl, na Ucrânia, e o derrame de petróleo do Exxon Valdez, ao largo do Alasca, deixaram um rastro nocivo que ainda hoje se faz sentir (veja texto ao lado)
Evolução positiva
A assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, para controlar as emissões de CFCs que destroem a camada de ozono, foi um passo para a globalização do esforço para proteger o ambiente. Nasceu o conceito de desenvolvimento sustentável e a defesa de uma regulação ambiental para encorajar a inovação e promover a eficiência das empresas deu os primeiros passos. As cimeiras de Quioto, Bali, Poznan e Copenhaga, viraram os holofotes para os problemas da Terra.
O que é a sustentabilidade?
Uma das melhores definições de sustentabilidade é a que está incluída no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Nele, o desenvolvimento sustentável é definido como o desenvolvimento "que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras suprirem as suas". Praticar sustentabilidade é, assim, pensar, planear e agir com os pés no presente e os olhos no futuro.