‘Nexus: O Futuro das Cidades’ é o terceiro livro de Miguel de Sousa Major, lançado este fim de semana, onde o gestor defende que a vida urbana "não depende apenas de inovação e tecnologia, mas da nossa capacidade de preservar a humanidade no centro das decisões."

A apresentação decorreu na NOVA SBE, em Carcavelos, Cascais, e contou com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. Durante o evento, o autor resumiu a sua tese numa única frase: "O verdadeiro desafio dos próximos anos não será tecnológico, mas antropológico."

Na obra, o gestor, de 54 anos e natural de Cascais, sustenta que "será necessário um esforço coordenado para mudar mentalidades, derrubar silos institucionais e fomentar uma visão partilhada de urbanismo sustentável." Ou seja, Miguel Major desafia a ideia de que as chamadas Smart Cities representam, por si só, o futuro ideal das nossas cidades.

Perante o modelo futurista onde sensores, big data e inteligência artificial controlam cada aspeto da vida urbana – do trânsito à distribuição de energia –, o autor contrapõe o conceito de Cidades Nexus. Estas não rejeitam a tecnologia, bem pelo contrário, mas propõem uma abordagem mais equilibrada e holística, onde os cidadãos deixam de ser meros utilizadores de serviços digitais para se tornarem co-criadores de soluções urbanas.

Em suma, Nexus: O Futuro das Cidades defende que não basta termos cidades inteligentes – precisamos de cidades humanas, sustentáveis e preparadas para o futuro.

O livro é editado pela vivalavida.pt e todas as receitas revertem a favor da Associação VilaComVida (Café Joyeux), uma iniciativa que promove a inclusão profissional de pessoas com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento.

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