Assista ao concerto pela Orquestra Sinfónica do Festival de Música de Mafra "Filipe de Sousa", com direção da Maestrina Rita Castro Blanco, e pelo pianista Adriano Jordão, com apresentação de Catarina Furtado, que é transmitido no dia 8 de março, às 21 horas, na página de Facebook da Câmara Municipal de Mafra. No Dia Internacional da Mulher, prestamos tributo à Princesa Dona Maria Bárbara de Bragança, fazendo um sentido elogio a todas as mulheres.
Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Mafra, no âmbito do "Mural 18" – Programação Cultural em Rede da Área Metropolitana de Lisboa, com o apoio da Escola das Armas, do Palácio Nacional de Mafra e do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), do qual Catarina Furtado é Embaixadora da Boa Vontade.
O concerto tem como cenário o Real Edifício de Mafra, cuja construção resulta do cumprimento de uma promessa feita pelo Rei D. João V, casado com a arquiduquesa da Áustria, Maria Ana Josefa, de fundar um convento na vila de Mafra, para garantir a descendência régia, o que veio a acontecer a 4 de dezembro de 1711, com o nascimento da Infanta Dona Maria Bárbara.
Tendo recebido uma educação esmerada, a princesa Maria Bárbara falava várias línguas, sendo fluente em francês, alemão e italiano e, mais tarde, por via do casamento, em castelhano. Detentora de uma apreciável cultura geral, era uma amante das Belas-Artes, elegendo a música como a sua preferida, sendo uma excelsa cultora, não apenas como executante, mas como compositora, tendo sido aluna de cravo do insigne Domenico Scarlatti. Tendo casado com futuro rei Fernando VI de Espanha, tornou-se rainha consorte desde 1746 até à sua morte em 1758, desempenhando um relevante papel na corte espanhola, destacando-se como mecenas as Artes e como mediadora do rei de Portugal e o seu marido, entre 1746 e 1750, aquando na negociação do Tratado de Madrid, que estabeleceu as fronteiras entre as colónias portuguesas e espanholas na América do Sul.
Do programa deste espetáculo fazem parte o concerto para piano n.º 20, K.466 em ré m, de W. A. Mozart, assim como "Sinestesias" de Ana Seara e "Concordanza" de Sofia Gubaidulina.