O grupo Outeirinho começou a produzir água numa pequena fábrica, no norte de Portugal, e hoje tem quatro espalhadas pelo país e uma em Espanha. Tem Cristiano Ronaldo como sócio numa das marcas, prevê faturar 150 milhões de euros em 2026 e quer "dar o exemplo". Já a Aurea Phygital é uma tecnológica que começou no negócio relacionado com o tráfego automóvel, que chegou a Portugal recentemente e quer "escalar" o negócio para outros setores e países europeus. São empresas com origens e dimensões completamente diferentes, que fazem parte do terceiro grupo de empresas que aderiram ao World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE, com o apoio do BBVA e da Associação das Empresas Familiares como parceiros locais.
Grupo Outeirinho prevê "crescimento acentuado" nas vendas para o mercado espanhol
Começaram a produzir água numa área de 1.200 metros quadrados, em 1999, e hoje têm cerca de 63 mil metros quadrados distribuídos por quatro fábricas em Portugal e outra em Espanha. O grupo Outeirinho comercializa várias marcas de água, entre as quais duas premium: a Healsi e a Ursu9, que é detida em 50% por Cristiano Ronaldo.
Segundo Francisco Ferreira, administrador do grupo Outeirinho, a empresa detém 43% da quota de mercado da água e pretende entrar no mercado dos refrigerantes, em Portugal.

Francisco Ferreira
CEO do grupo Outeirinho
Quanto ao mercado espanhol, prevê que tenha "um crescimento acentuado" nas vendas. De acordo com as previsões do administrador, a faturação do grupo deverá ter um crescimento de 15 a 20%, em 2026/2027, para os 150 milhões de euros. Segundo Francisco Ferreira, decidiram participar no World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE para "dar o exemplo": "Queremos dar a conhecer o que nós fomos, o que somos e, inclusivamente, o que projetamos para o futuro."
O grupo Outeirinho foi criado em 1992. Ao longo de mais de 30 anos, quais foram os principais marcos e desafios na história da empresa?
A empresa foi criada em 1992. E eu comprei a Outeirinho pela sua atividade de engarrafamento de águas, em 1999. Sou médico, fui presidente de câmara durante 11 anos, e quando terminei esse meu percurso, em 2008 ou 2009, vim para esta fábrica, em Fafe, para uma função de gestão. Quando cheguei, comecei a pensar como é que podia viabilizar a empresa. Olhando para as contas, comecei a ver que o custo do transporte representava 22% das vendas. A solução para resolver este problema de transporte era criar uma outra unidade na parte sul do país. E foi o que fiz: um projeto de investimento na Chamusca, com o apoio da câmara, que disponibilizou os terrenos – financiados por mim –, com uma nascente já legalizada. Em 2009, este projeto ficou pronto. Investimos 12 milhões de euros nesta empresa, que tem algumas características diferentes da Outeirinho de Fafe. Como íamos ter um maior volume de vendas – Lisboa e no sul do país –, além da água, aproveitei também para fazer uma linha de refrigerantes e comprar umas máquinas onde se fazem as pré-formas, que são uma espécie de tubos de ensaio que se aquecem, sopram-se e fazem-se as embalagens. Foi esta a grande inovação que implementei, com uma redução de custo substancial. Por isso, o somatório de ter acesso a matérias-primas mais baratas, acrescido do aumento do volume de vendas que a empresa teve no ano seguinte, o custo de transporte passou de um peso de 22% para 10% das vendas, o que significou o quê? Que resolvi o problema. Assim, já tinha preços competitivos para as grandes superfícies, porque conseguia, com a fábrica na Chamusca, cobrir a parte sul do país. Esta foi a grande decisão que fez com que nós começássemos a ter um volume de vendas muito maior e uma estrutura de custos em que os transportes já eram menos de metade. Também tínhamos uma mais-valia de 20% relativamente ao custo a que comprava as pré-formas, sendo eu a produzi-las.

Comercializam águas premium como a Healsi e a Ursu9. O que diferencia estas águas das outras existentes no mercado? Em contrapartida, a água de São Cristóvão é um produto mais comercial?
As águas Healsi e Ursu9 destacam-se no mercado pelas suas propriedades distintivas e raras, oferecendo mais do que a simples hidratação. Ambas são enriquecidas com características que podem contribuir para o bem-estar do consumidor. A Healsi é uma água mineral natural que contém 62 mg/l de sílica, tornando-se numa das águas mais ricas em sílica do mundo. A sua embalagem e a sua qualidade já foram reconhecidas com várias medalhas de ouro em eventos internacionais, refletindo o compromisso com a excelência. A sílica, ou dióxido de silício (SiO2), desempenha funções importantes para a saúde e bem-estar do corpo humano, incluindo:
• Saúde das articulações: a sílica é fundamental para a formação de colagénio, um componente crucial das cartilagens e tecidos conjuntivos;
• Saúde da pele: este mineral pode melhorar a elasticidade da pele e promover a sua saúde geral, uma vez que o colagénio, influenciado pela sílica, é essencial para a firmeza e para a hidratação da pele;
• Fortalecimento dos ossos: a sílica contribui para a mineralização óssea e manutenção da densidade óssea, sendo vital para a estrutura óssea.
• Saúde do cabelo e unhas: a sílica está frequentemente associada à promoção do crescimento saudável do cabelo e das unhas.
• Desintoxicação: a sílica ajuda a eliminar toxinas do corpo ao ligar-se a metais pesados e a outras impurezas, facilitando a sua excreção.
Por outro lado, a Ursu9 é uma água mineral natural alcalina, o que a torna especial, uma vez que a maioria das águas alcalinas disponíveis no mercado não possui essa característica natural. A água alcalina tem ganhado notoriedade por estar associada à manutenção do equilíbrio do pH corporal. O pH é uma medida que indica a acidez ou alcalinidade de uma substância, e o corpo humano opera de forma ideal num estado ligeiramente alcalino, com um pH em torno de 7,4. Uma dieta rica em alimentos ácidos, como carnes processadas, açúcares e laticínios, pode levar à acidificação do organismo, resultando numa série de problemas de saúde. O consumo de água alcalina pode ajudar a neutralizar essa acidez, promovendo um ambiente interno mais saudável e, possivelmente, reduzindo o risco de doenças associadas à acidificação excessiva. Além disso, estudos sugerem que a água alcalina pode ser absorvida mais rapidamente pelas células, resultando numa hidratação mais eficaz, especialmente durante atividades físicas. Em contraste, a água de São Cristovão, embora natural, possui características semelhantes à maioria das águas disponíveis em Portugal e, por isso, mais difícil de internacionalizar do que as anteriores.
Fale-nos um pouco mais sobre a vossa parceria com o Cristiano Ronaldo. Como surgiu esta ideia e o que motivou a concretização desta? O que esperam alcançar com um parceiro como o Cristiano Ronaldo?
O Cristiano Ronaldo é um embaixador da saúde. Tem 40 anos e na casa dele só entra água, sumos que sejam 100%… Não entra álcool, não entra mais nada. Privilegia muito a saúde e foi por isso que quis entrar na sociedade connosco, porque é um tipo de água que tem benefícios claros para a saúde. Na parte de gestão do negócio, a operacionalização nas empresas, de compras de matérias-primas, estamos cá nós, temos o know-how. O grupo Outeirinho tem quatro fábricas em Portugal, além destas duas em sociedade com o Cristiano Ronaldo. Temos a fábrica em Fafe. Temos outra em Resende, que era das águas São Cristóvão e que agora se chama Muralha de Água. Temos a fábrica de Chamusca, que é uma fábrica muito grande – faz refrigerantes, a Healsi, enche garrafões de 20 litros… E, além disso, em julho de 2023, comprámos uma fábrica em Castelo Branco, que é a Beira Vicente, cuja marca comercial é Fonte da Fraga. Os meus filhos também têm 50% da Monchique. Hoje, temos quatro empresas geridas diretamente por mim e pelos meus filhos. O Cristiano Ronaldo deixa-nos utilizar a sua imagem, o que é uma grande vantagem, porque as pessoas sabem que ele é muito rígido quanto ao que consome. E por isso é que um atleta com 40 anos tem o desempenho que tem no futebol – o que não é muito normal na posição dele, já que implica grande esforço físico. E é um atleta que tem dado cartas. Certamente o Cristiano Ronaldo quer alavancar a sociedade, que também é dele em 50%. Nós vendemos para Inglaterra, para a Alemanha, para a Arábia Saudita, com a marca Ursu9, que é a marca dele e também a nossa marca.
O grupo Outeirinho assume a aposta na sustentabilidade. Em que vertentes?
A nossa sustentabilidade tem a ver com diminuição de consumo de energia e menos emissões de carbono. Nós temos as fábricas todas modernizadas. Entre 2024 e 2025, contando com o investimento de perto de 22 milhões de euros em Bragança, investimos 60 milhões. Comprámos equipamentos que têm uma diminuição de 35% de energia. Ora, se as máquinas consomem menos, já estamos a ser mais sustentáveis. Temos também grande produção de [energia a partir de] painéis solares. E, depois, também temos a redução do peso das pré-formas ou peso das garrafas, porque diminuímos o peso do plástico.
Já vendem para vários países. Têm planos para continuar a expansão?
Em relação à presença internacional, temos o prazer de informar que já estamos a vender os nossos produtos em diversos países, incluindo Inglaterra, Alemanha e Arábia Saudita. Para o curto prazo, planeamos expandir a nossa presença para os Emirados Árabes Unidos, África do Sul, México, Brasil e Canadá, ainda este ano. Acreditamos firmemente na qualidade e na diferenciação dos nossos produtos, e estamos certos de que o mundo é o nosso limite.

Porque decidiram participar no programa World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE?
Nós estamos a participar porque queremos dar o nosso exemplo, de uma empresa que começou numa área com 1.200 m² e já deve ter 14 mil. Temos na Chamusca 36 mil m², temos outra fábrica com 6 mil e a outra vai com 7 mil m². Estamos a falar de um grupo com uma grande dimensão, que começou em 1999 numa pequena fábrica. Financeiramente, felizmente, estamos numa boa situação e temos rácios muito bons, com acesso a crédito. Mais importante para nós é dar a conhecer o que fomos, o que somos e, inclusivamente, o que projetamos para o futuro.
O WTC Lisboa International Academy by ELITE "é um excelente local para quem quer internacionalizar"
Dois brasileiros apaixonados por tecnologia uniram-se, foram à procura de nichos de mercado onde pudessem levar inovação e descobriram as "carências" do mercado de trânsito. Camilla Rubin Matos e Marcelo Cupertino criaram o Talonário Eletrónico: uma aplicação que transforma a multa de trânsito, em papel, num formulário dinâmico digitalizado. À medida que foram vendendo a diferentes clientes, perceberam que o negócio era "escalável" e que podiam "entrar com alguns dos produtos em outros nichos de mercado".

Camilla Rubin Matos
Co-CEO da Aurea Phygital
Hoje em dia, têm a plataforma Uranus, que se desdobra em múltiplos serviços, desde trânsito, fiscalização, workflow de processos ou a aplicação do cidadão, que permite, por exemplo, declarar que foi testemunha de um acidente. A Aurea Phygital, empresa criada por Camilla Rubin Matos e Marcelo Cupertino, já conta com oito anos de experiência no mercado brasileiro e chegaram a Portugal, mais precisamente à Madeira, no segundo semestre de 2024, "por causa dos incentivos fiscais" e do "apoio muito forte" da Madeira Investment. Segundo Camilla Rubin Matos, co-CEO da Aurea Phygital, a intenção é "expandir o negócio para outros países europeus, em especial Itália e Espanha". No que diz respeito à participação no World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE, assegura que a formação está a ser "excecional" e que "o networking com o Word Trade Center foi uma mais-valia incrível". "Para qualquer pessoa que esteja a chegar a Portugal ou que queira internacionalizar é um excelente local."
A Aurea Phygital tem mais de oito anos de experiência no mercado brasileiro. Como é que a empresa surgiu?
Venho da área de Direito, na qual exerci durante mais de 20 anos. O Marcelo Cupertino – o meu sócio e co-founder – já trabalhava na área de tecnologia. Unimo-nos pela mesma paixão. Pesquisámos nichos de mercados a que pudéssemos levar inovação tecnológica e, naquela altura, o mercado que tinha mais carências era o setor da mobilidade urbana no Brasil. Então, decidimos investir nisso e levar a tecnologia para esse mercado, que estava ainda muito no papel. Esse foi o nosso início.
Ao longo destes oito anos, quais é que têm sido os vossos principais desafios e pontos altos?
O nosso maior ponto alto é ter realmente atingido a nossa meta, que era levar inovação e tecnologia para esse nicho de mercado. Quando nos unimos e percebemos que queríamos trabalhar com tecnologia, fomos pesquisar esse nicho e começámos a investir numa aplicação que se chama Talonário Eletrónico, que é hoje o nosso Helios. Então, o que é essa aplicação? É uma aplicação que transforma a multa de trânsito, que era em papel, num formulário dinâmico que é todo digitalizado. Vendemos a uma prefeitura [semelhante a uma câmara municipal, em Portugal], e hoje já estamos em quatro Detrans [Departamentos Estaduais de Trânsito], que são os órgãos maiores de fiscalização no Brasil. São 20, nós já estamos em quatro. Os desafios que temos enfrentado têm sido sair desta fase de startup da empresa para a fase de crescimento inicial. Tivemos ideias, pusemos no papel e agora criámos a nossa plataforma, através da qual procuramos a escalabilidade do negócio. Esta fase tem sido muito desafiadora: é criar estruturas, refinar o nosso propósito, a nossa missão, a nossa visão, trazer um pouco de enfoque na aceleração do negócio, na escalabilidade, na eficiência… Tudo com base na aprendizagem que tivemos com os primeiros clientes, as primeiras vendas.
Em que consiste a plataforma Uranus?
A plataforma Uranus é uma plataforma que tem produtos interligados para o mesmo ecossistema que fala entre si, troca dados e cria interseções que melhoram a experiência do utilizador final. Percebemos que o nosso negócio se podia tornar escalável e podíamos entregar uma maior eficiência, mas a tecnologia que usávamos tinha sido feita para clientes específicos. Por isso, para atender outro cliente, o gasto de energia que tínhamos para poder começar era muito grande. Então, criámos essa plataforma em que, para qualquer nicho de mercado, as aplicações falam entre elas. Tem uma tecnologia em modalidade SAS, que é muito mais compliance com o que existe hoje no mercado. Quando vendíamos para outra prefeitura, era o mesmo sistema, o mesmo código, mas quando chegava a altura de implementar era muito mais difícil. Porquê? Porque eram servidores únicos para cada prefeitura. Hoje carregamos tudo na nuvem [cloud]. Nesta plataforma, conseguimos gerir dados, fazer interseção entre esses mesmos dados, entregar relatórios… fazer o trabalho com dados de uma forma muito mais escalável, ou seja, não gasto tanta energia para poder entrar no cliente, porque condenso tudo numa base.
Dentro da plataforma Uranus têm vários serviços, como Helius, Netuno, Saturno, Plutão, entre outros. Em que consistem? Pode dar alguns exemplos?
Todos os nossos serviços começaram com o intuito de dar resposta às necessidades relacionadas com a gestão de negócios inerentes ao tráfego automóvel. Ao longo dos anos, percebemos que poderíamos entrar com alguns dos produtos em outros nichos de mercado. Por exemplo, o nosso core business é a fiscalização. Então, percebemos que podíamos fazer a fiscalização para outros nichos. Por exemplo, uma empresa tem um sistema de fiscalização que precisa de prestar contas ao Governo em relação a equipamentos de segurança para os funcionários ou regras sanitárias. Para isso temos o Júpiter. Pegamos no nosso core business principal, o Helius, que é apenas para trânsito, e transformámos num Júpiter, que são formulários dinâmicos voltados para processos de fiscalização. Uma fábrica precisa de ter comprovativos digitalizáveis, porque ainda existem muitos processos a ser digitalizados, principalmente procedimentos internos dentro das empresas. Então, criámos essa aplicação para podermos vender também ao privado. Outro exemplo: obras. O município precisa que haja fiscalização das obras, então o fiscal pode levar a aplicação. O Netuno, que é a nossa aplicação do cidadão: o cidadão pode passar nalgum local, bater com o carro ou presenciar um acidente e pode relatar isso na aplicação. Temos também o Séries, que é uma solução de workflow de processos que se adapta a qualquer tipo de negócio. Vamos supor que preciso, enquanto empresa, de criar processos de compra de equipamentos, de suprimentos. Posso criar um workflow para o processo que quiser: de onde sai, se preciso de autorização… É tudo automatizado, o que melhora a gestão da empresa. Por exemplo, um advogado que queira ter o seu próprio workflow dentro do seu escritório diz de onde tem de sair o pedido do cliente e do cliente para onde vai, se vai para o estagiário, se vai para a área legal… Começámos com a fiscalização no setor público, mas agora estamos a levar o que fazemos melhor – fiscalização e processos – também para o setor privado.
Enquanto empresa, assumem como missão facilitar a vida das pessoas. De que forma?
Nós percebemos que o desafio não era só entregar o software, mas também promover a aprendizagem. Ou seja, dizemos "facilitar a vida das pessoas" porque não nos limitamos a entregar o software, também ensinamos o utilizador final para que haja a maior eficiência possível para si, para a sua empresa e para o seu negócio. Às vezes, podemos dar a uma pessoa a ferramenta mais simples mas, se não ensinamos a utilizar, essa ferramenta pode-se tornar a mais complexa do mundo. Sentimos muito isso na pele. Porquê? Logo no início em que estávamos a mudar o manual para digital, tivemos necessidade de ensinar pessoas que não tinham qualquer contacto com a tecnologia a utilizá-la. Essa aprendizagem ao longo de oito anos fez-nos perceber que era uma mais-valia no nosso negócio.
No segundo semestre de 2024, iniciaram o vosso processo de internacionalização para Portugal, em particular, para a Madeira. Que produtos ou serviços pretendem exportar para Portugal? Qual foi a motivação para escolherem a Madeira? A ideia é expandirem para outros países europeus?
Viemos para cá porque eu sempre fui uma apaixonada por Portugal e moro cá já há quatro anos. A língua é a mesma, sentimo-nos acolhidos, parte da família do meu marido é daqui, então para nós fez muito sentido. Estamos a trabalhar com os nossos softwares de fiscalização e com uma plataforma de gestão muito parecida com a Uranus. Fizemos uma plataforma de gestão de carregamentos elétricos… Pegámos no nosso core business em dados em gestão e transformámos em produtos que sabemos que vão ter adesão no mercado europeu. A Madeira foi sobretudo por causa dos incentivos fiscais que o Governo dá, tanto para as empresas quanto para os acionistas que decidem investir em Portugal. Temos um apoio muito forte – não só da Madeira Investment, que é o nosso sócio local, mas também do Governo regional que nos promove através de feiras, exposições, missões… Esse foi um fator preponderante para a nossa decisão. Também temos intenção de expandir o negócio para outros países europeus, em especial Itália e Espanha.
Como é que tomaram conhecimento do programa ELITE da Euronext e o que vos fez participar?
Tivemos conhecimento do programa através do nosso sócio Madeira Investment e foi tanto a formação como o networking ou os financiamentos alternativos que nos fez aderir ao programa. A formação foi excecional. Os professores da Universidade Nova são fantásticos. Conseguimos melhorar o nosso entendimento sobre o que queríamos para a internacionalização. O networking com o Word Trade Center também foi uma mais-valia incrível. São generosos na troca de informações. Acho que, para qualquer pessoa que esteja a chegar a Portugal ou que queira internacionalizar, é um excelente local. A procura de novas formas de financiamento também está no nosso radar para 2025. Existem alguns workshops voltados para esse tema, promovidos pela ELITE, e vamos participar.