Além da subida dos preços e da falta de oferta, a lentidão nos processos burocráticos e a quantidade excessiva de recursos alocados à construção acabam por se refletir no aumento do preço final dos imóveis.
As medidas de apoio à habitação não são suficientes. No mercado atual, apostar na formação contínua e na carreira dos consultores imobiliários é um requisito fundamental para agilizar a conclusão dos negócios e para garantir o direito à habitação de todos os portugueses.
"Saudamos o novo pacote de medidas de apoio à habitação, e principalmente, o facto de o tema da habitação ser hoje o centro da discussão dos portugueses e do Governo, no sentido de criar condições mais ajustadas e mecanismos que a tornem mais acessível para todos. Mas acreditamos que podem ser reforçadas com soluções mais ágeis, eficientes e que se adaptem melhor àquela que é a realidade do país", diz Patrícia Santos, CEO da mediadora imobiliária portuguesa Zome.
Assente na experiência de profissionais com décadas de prática e iniciativa, a Zome nasceu, em 2019, da fusão de duas empresas de referência do setor imobiliário, com presença no mercado há mais de 20 anos.
Como o mediador imobiliário pode ajudar
"A habitação é um direito fundamental e será um fator-chave para a recuperação económica. É com esta convicção que todos os dias damos o nosso melhor e continuaremos a apostar na formação dos nossos consultores, para que também eles possam ser atores de mudança na vida dos portugueses", partilha Patrícia Santos.
Para a empresária, o profissionalismo, o know-how e a experiência dos colaboradores pode ser o fator X que "faz" ou dificulta a compra e venda de imóveis.
Com mais de 44 hubs em Portugal e Espanha e em constante expansão, a Zome aposta no reforço nas áreas de formação e na tecnologia, impulsionando a componente de e-learning e o desenvolvimento das carreiras dos seus consultores. Estes pontos fazem parte dos principais objetivos estratégicos da marca, que promete conhecimento, acompanhamento e dedicação.
A tecnologia pode ajudar a ultrapassar a crise?
Perante a crise no setor da habitação, Patrícia Santos refere a necessidade urgente de agilizar os processos de licenciamento para a reabilitação de imóveis e novas construções.
"Aqui, a tecnologia poderá ser uma aliada de peso na agilização dos processos burocráticos e de licenciamento de casas. Por exemplo, a partir de tecnologias como o blockchain, que ajudarão a criar um ecossistema, de todas as entidades envolvidas no processo de licenciamento, tornando o processo mais transparente, seguro e, acima de tudo, mais eficiente, reduzindo o tempo e os custos associados", explica a CEO.
A Zome é especialista em usar as últimas tecnologias para prestar um serviço premium aos seus clientes. A equipa de consultores da imobiliária deu um passo à frente dos concorrentes e mediou em maio de 2022, a primeira escritura pública de permuta de um apartamento em criptoativos a nível nacional e europeu, em parceria com a Antas da Cunha ECIJA e parceiros do Crypto Valey.
Duas semanas depois, a mediadora 100% portuguesa lançou o Cryptohouses, o primeiro portal de listagem de imóveis, mais de três mil, totalmente em criptomoeda.
Já no começo deste ano, a imobiliária entrou no metaverso. Através da Experience Zone, pode realizar visitas virtuais às casas que mais lhe despertam interesse, sem precisar de sair da loja. Esta inovação otimiza e simplifica a experiência complexa de compra e venda de imóveis.
• 1.744 colaboradores
• 44 hubs em Portugal e Espanha
• Volume de negócios de mil milhões de euros em 2022
• Faturação de 27,5 milhões de euros em 2022
A "bolha" vai rebentar? A razão real para os preços elevados
Nos últimos cinco anos, a média anual de novas casas concluídas foi de cerca de 16 mil, e o Governo pretende aumentar o parque público em mais 180 mil fogos para atender às necessidades de habitação. Isso mostra um desequilíbrio entre as necessidades e a oferta de casas em Portugal. Como resultado, a pressão sobre os preços imobiliários nas áreas com maior procura deve continuar a existir no curto e médio prazo.
"Esse é o motivo real da subida de preços em Portugal. A verdade é que os preços são ditados pela lei básica do mercado: quando a oferta é inferior à procura, os preços sobem. E esse é o caso do mercado imobiliário português", afirma Patrícia Santos.
Arrendamento forçado
No que diz respeito à decisão de o Estado propor o arrendamento coercivo de imóveis devolutos de privados e subarrendá-los, a CEO da Zome acredita que seria mais eficiente e menos custoso para o país e contribuintes, a criação de um programa que assegurasse a proteção dos inquilinos e desse garantias de que as pessoas não perderiam as suas casas devido a problemas financeiros, como a perda do emprego.
"Os principais visados seriam famílias com rendimentos mais baixos ou jovens em início de vida, que pudessem usufruir de apoio ao pagamento das rendas, em que seria estabelecido um valor máximo a atribuir de acordo com o escalão de rendimentos. Temos bons exemplos de programas de apoio ao arrendamento na Europa, e que nos podem inspirar, como o Housing Benefit, no Reino Unido, ou o Aide personnalisée au logement, em França", pondera a empresária.
Quer comprar ou vender? Escolha o parceiro certo
Patrícia Santos olha com expectativa para os próximos meses e pensa, sobretudo, que estas medidas devem envolver contributos dos vários players que atuam nos diversos segmentos do mercado imobiliário, entre eles, a mediação. "É difícil começar a construir uma casa pelo telhado, sem uma base sólida e consistente", diz.
"Muitos dos problemas da habitação em Portugal parecem ser assim mais estruturais do que exógenos, sendo igualmente importante ter em conta que uma grande medida de combate à especulação é conseguida com o suporte da mediação imobiliária de elevado rigor", conclui a CEO.
Se quer comprar ou vender um imóvel, faça-o com a ajuda dos consultores especializados da Zome.