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Proteção do Oceano: o compromisso do Pingo Doce

Nos últimos anos, as peixarias dos supermercados Pingo Doce mudaram a oferta. Há espécies que deixaram de ser vendidas, aumentou a oferta de aquacultura e o pescado embalado certificado. No evento One Sustainable Ocean, complementar à Conferência dos Oceanos, foi possível conhecer a visão e as estratégias para aqui chegar.

21 de Julho de 2022 às 10:47
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A Conferência dos Oceanos virou todas as atenções para o mar, para os desafios de o preservar, assim como aos seus recursos, e para as soluções e projetos que já estão a mostrar como é possível contornar as piores expectativas. No maior evento paralelo à conferência, a iniciativa One Sustainable Ocean, o Grupo Jerónimo Martins, no qual se integra o Pingo Doce, partilhou alguns projetos de impacto e explicou a aposta na aquacultura, onde tem anunciado vários investimentos.


Pedro Encarnação, diretor de aquacultura da Jerónimo Martins Agro-Alimentar, admitiu a ambição de vir a conseguir responder a 50% das necessidades nacionais com produção própria, a partir da costa portuguesa e de Marrocos. Hoje, mais de 90% do pescado de aquacultura consumido em Portugal ainda é importado de países mediterrânicos, como a Grécia, por falta de escala da produção nacional e questões de preço. A longa viagem representa uma pegada ambiental elevada, que o Grupo quer reduzir, ao mesmo tempo que aumenta a frescura, com um produto que consegue levar à mesa do consumidor em 24 horas.




"O nosso foco está em criar cadeias de valor curtas, com uma baixa pegada ambiental e garantia da frescura do produto", explicou o responsável numa das conferências do evento que acolheu 70 conferências e workshops, 12 exposições, 10 sessões de cinema, mostra de instalações artísticas e sessões de showcooking de cozinha sustentável.


60% das reservas selvagens de peixe estão em níveis máximos de exploração e 30% em sobre-exploração

A produção local do Grupo Jerónimo Martins é feita no mar, mantendo os peixes no seu ambiente natural, ao largo de Sines, da Madeira, de Marrocos e em breve no Algarve, onde está a arrancar um projeto de raiz, que será também um laboratório vivo para aperfeiçoar e inovar técnicas e processos de monitorização e controlo de qualidade.


A tecnologia e a ciência têm ajudado a encontrar novas respostas para as principais reticências dos consumidores com a aquacultura, que já suprime metade das necessidades mundiais de pescado e continuará a ter um papel fundamental a este nível, como também destacou Pedro Encarnação.


O Grupo Jerónimo Martins tem feito a sua parte, em colaboração com diferentes parceiros da área científica, que acompanham todos os projetos e desenvolvem inovações de melhoria. O investimento recentemente anunciado pelo Grupo na Noruega tem, precisamente, como primeira meta, o acesso à tecnologia inovadora que vai ser usada para produzir salmão, em condições próximas do seu ambiente natural, num processo altamente eficiente na gestão de resíduos e consumo de energia. Quando estiver a funcionar, daqui vão sair 19 mil toneladas de salmão por ano.



Fazer chegar a sustentabilidade a toda a cadeia de valor


Em simultâneo, o Grupo trabalha com os fornecedores de pescado para disseminar pesca e processos sustentáveis, em toda a cadeia de valor. "Este é um caminho que tem de ser feito com a cadeia de valor. Os fornecedores também têm de estar preparados para fazer a certificação dos processos e isso depende dos recursos que têm", admitiu, noutra apresentação do evento patrocinado pela marca, Ana Catarina Rovisco, Head of ESG Relations do Grupo Jerónimo Martins.


Com presença nos principais índices ESG a nível mundial, a retalhista reconhece a importância do papel desempenhado na mudança de práticas das empresas que têm à sua volta, muitas delas locais e de pequena ou média dimensão, sendo que, como também explicou Ana Rovisco, há um trabalho de parceria facilitado pelo facto de o Grupo já ter procedimentos de segurança alimentar, sustentabilidade ou licenciamento ambiental bem oleados.


O conhecimento das equipas internas ligadas a estas áreas, com pessoas que trabalham todos os processos em cada setor, também tem sido fundamental para consolidar uma base de conhecimento que acelera projetos internos e tem facilidade em ajudar a identificar prioridades de ação, junto dos fornecedores. Na área do pescado, em particular, nas insígnias do Grupo Jerónimo Martins já foram certificados 41 produtos embalados.


Portugal é o maior consumidor europeu de pescado e o 3º maior a nível mundial. Cada português come 56 kg de peixe por ano


Numa outra vertente, a marca tem apertado o controlo às variedades comercializadas nas suas peixarias. Começou por criar uma espécie de Bilhete de Identidade das espécies mais vendidas, para compreender de onde vêm, como vivem ou a intensidade do consumo, para perceber o impacto da pesca nos ecossistemas e na própria espécie. A partir de 2016, estendeu esse trabalho às 200 variedades de peixes e mariscos que comercializa, revendo anualmente a documentação científica disponível para afinar estratégias. Não comercializa espécies classificadas como "criticamente em perigo". Modera campanhas e privilegia a aquacultura, vs. selvagem, de espécies classificadas no nível "vulnerável".


Fontes de água filtrada da Eco Water chegam a 300 lojas Pingo Doce este ano

As parcerias têm sido outro caminho para fazer chegar ao consumidor opções mais sustentáveis, como aquela que existe com a Eco Water. A empresa portuguesa criou uma solução para combater a utilização de plástico descartável, associado ao consumo de água. Desenvolveu fontes que filtram água e as garrafas reutilizáveis para a transportar.


A parceria com o Pingo Doce já permitiu instalar estas fontes em mais de 190 lojas – até final do ano serão cerca de 300 –, que também comercializam as garrafas, que o cliente pode encher sempre que for às compras, por um valor quase simbólico.



Para mudar hábitos é preciso "dar ao consumidor opções simples e práticas, que permitam mudar comportamentos no dia a dia", defendeu André Paiva, cofundador do projeto. Os resultados estão à vista: 90% das garrafas vendidas já voltaram ao supermercado para reenchimento.