"Mais vale prevenir do que remediar" – diz o ditado popular e a experiência. E apesar de Portugal ser, muitas vezes, apontado como estando atrasado na prevenção em áreas como saúde, corrupção, cibersegurança, entre outras, a verdade é que existem boas práticas entre as empresas portuguesas que devem ser salientadas. Foi a pensar nisso que a Ageas Seguros, marca do Grupo Ageas Portugal, lançou a quinta edição do Prémio Inovação em Prevenção com o objetivo de "premiar o que de melhor se faz em matéria de inovação para a prevenção e sinistralidade nas empresas do nosso país".
Segundo José Gomes, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, "o principal objetivo [deste Prémio] é a sensibilização para as questões ligadas com o risco" e isso – afirma – "trata-se através de Prevenção, identificando esses riscos, minimizando os seus impactos e garantindo que as empresas têm sustentabilidade no seu negócio para o futuro". Por outro lado, esta quinta edição pretende "destacar as empresas que melhores práticas têm neste tipo de tema e partilhar essas práticas com todas as outras empresas do mercado nacional". José Gomes assegura que "há muita coisa boa que está a ser feita em Portugal". Por isso, defende que "é preciso ter orgulho naquilo que é o tecido empresarial português porque, de facto, têm práticas fantásticas e há que aprendermos todos em conjunto para sermos melhores e mais fortes".

Prémio para três categorias
O Prémio Inovação em Prevenção Ageas Seguros divide-se em três categorias: Pessoas, Património e Ambiente. Na categoria Pessoas, pretende-se distinguir "condições de segurança, saúde e bem-estar dos stakeholders (colaboradores, clientes, fornecedores e comunidade)". No que diz respeito aos colaboradores, podem candidatar-se projetos relacionados, por exemplo, com: ações que promovam a igualdade de género, diversidade e inclusão; estratégias para a atração e retenção de talentos; garantia da proteção dos dados pessoais (RGPD); organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho (interno/externo); promoção da formação contínua, entre muitos outros. No âmbito dos fornecedores e parceiros, podem ser premiadas iniciativas que têm como preocupação o nível de satisfação dos clientes, fornecedores ou parceiros; proteção dos dados ou riscos da cadeia de valor. Já no que diz respeito à comunidade, podem candidatar-se todos os projetos que a envolvam diretamente.
Na categoria Ambiente, a Ageas Seguros pretende distinguir "projetos que promovam a criação de políticas ambientais, alinhadas com indicadores de sustentabilidade que visem a diminuição do impacto ambiental e a gestão eficiente de recursos". Esta categoria divide-se em quatro áreas: ambiente, recursos, alterações climáticas e emissões de carbono e compras sustentáveis (procurement). Dentro destas áreas, podem candidatar-se projetos ou iniciativas empresariais que incidam sobre a prevenção e o controlo da poluição para redução das emissões para o ar, água e solo e a gestão de resíduos; promoção da eficiência energética e uso de energias renováveis; gestão eficiente do consumo de água; preservação da biodiversidade; promoção da economia circular dentro e fora da empresa; implementação de medidas para redução das emissões de CO2 e incorporação de critérios de aquisição ambientais na cadeia de valor.
Já na categoria Património, a Ageas Seguros pretende distinguir "projetos que potenciem a prevenção e a proteção de danos materiais e de segurança da informação (cibersegurança) das organizações, permitindo a continuidade do negócio e a gestão do risco". Esta categoria divide-se em três áreas: continuidade de negócio, cibersegurança e edifícios (património). Nestas três áreas, surgem temáticas como: definição e implementação de estratégias e planos de ação que permitam a identificação e a preservação da continuidade do negócio após a ocorrência de incidentes; medidas e políticas de proteção da empresa contra os principais cibercrimes; segurança da infraestrutura, equipamentos informáticos, recursos, entre outros; construção sustentável; gestão do risco (governação, organizacional, patrimonial, comunicação, imagem e reputação, compliance, compras, entre outros); planos de manutenção preventiva, preditiva e corretiva de sistemas e equipamentos; preparação para riscos naturais/alterações climáticas (inundações, incêndios florestais, tempestades) e segurança contra incêndios.

Requisitos para apresentar candidatura
São elegíveis ao Prémio Inovação em Prevenção Ageas Seguros empresas privadas ou com participação pública, desde que atuem em mercados concorrenciais ou evidenciem práticas de gestão orientadas para objetivos económico-financeiros, com número de empregados igual ou superior a dez colaboradores e volume de negócios superior ou igual a 5 milhões de euros e inferior a 50 milhões de euros. O vencedor da quinta edição recebe a distinção através de um selo do Prémio e um troféu; um serviço de consultoria da Ageas Seguros de Prevenção e Análise de Risco (PAR) e um diagnóstico Ageas Repara – serviço de prevenção de danos por água; espaço de comunicação e publicidade; e, ainda, a inscrição num curso do ISQ Academy nas áreas do Ambiente & Sustentabilidade.
Este Prémio é realizado em parceria com a Ordem dos Economistas, CIP, A Cor do Dinheiro, AHP, Compete 2030, COTEC Portugal, IAPMEI, CCIP, ISQ, ANI e com o apoio do NOW e do Negócios.

O júri encontrou-se na sede Ageas Seguros, em Lisboa, para dar início a mais uma edição do Prémio Inovação em Prevenção, que vai já na sua quinta edição. Da esquerda para a direita: Marta Vicente, Grupo Ageas Portugal; Sílvia Garcia, ANI; Henrique Figueiredo, COMPETE 2030; Camilo Lourenço, A Cor do Dinheiro; Nuno Pinto de Magalhães, Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa; Cristina Siza Viera, AHP; José Gomes, Grupo Ageas Portugal; António Mendonça, Ordem dos Economistas; Anabela Bento, ISQ; Paulo Silva, Grupo Ageas Portugal; Maria Manuel Farinha, ISQ; Paulo Duarte, Grupo Ageas Portugal; André Brito, IAPMEI; Maria Armanda Duarte, Grupo Ageas Portugal; Pedro Matias, ISQ.
"Convite" para inovar
Para António Mendonça, bastonário da Ordem dos Economistas, o Prémio tem o mérito de "estimular as empresas a inovar" na Prevenção, o que "tem também consequências em termos da própria inovação na qualidade em geral, no produto, na empresa, na gestão dos recursos humanos e na própria tecnologia". Como tal, na opinião do bastonário, esta iniciativa "pode gerar dinâmicas positivas na transformação qualitativa das empresas portuguesas, o que, neste momento, é muito importante", uma vez que existem "problemas estruturais de qualidade e adaptação à tecnologia" e "um prémio desta natureza tem um impacto muito importante na dinamização destas preocupações".
Já Pedro Matias refere que o ISQ decidiu associar-se porque "este é um Prémio da maior importância para dinamizar a inovação e a prevenção em Portugal". Na sua opinião, a atribuição desta distinção pela Ageas Seguros é, de facto, um incentivo, uma vez que "toda a gente gosta de ter reconhecimento e quando é público, feito através de entidades independentes e idóneas, como é o conjunto das entidades que constituem o júri do prémio da Ageas Seguros, isso é muito bom para as empresas, para os colaboradores e para os stakeholders".
Para Henrique Figueiredo, vogal da comissão diretiva do Compete 2030, esta iniciativa permite "demonstrar às empresas que o esforço na inovação e na prevenção dos seus ativos quer físicos, ambientais ou humanos são de facto investimentos que compensam e são boas práticas que devem ser replicadas", de forma a ser possível termos "empresas mais sólidas" e "um país mais competitivo". Também Nuno Pinto de Magalhães, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, considera que este Prémio representa uma "contaminação positiva" ao "desafiar as pequenas e médias empresas a pensar nas boas práticas de prevenção".
André Brito, do IAPMEI, espera que esta quinta edição do Prémio receba ainda mais candidaturas do que a anterior e que "sejam de qualquer ramo e de qualquer setor, uma vez que a matéria da prevenção e da segurança é geral". A expectativa de Cristina Siza Vieira, vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), é idêntica: "Big is beautiful, ou seja, nesta quinta edição, esperamos ter mais candidaturas, para chegar mais longe e ter mais impacto, de forma a puxar pelas boas práticas das empresas." No mesmo sentido, Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal, espera "encontrar empresas que, através de intervenções no seu modelo de negócio e na sua cadeia de abastecimento, estejam a conseguir reduzir riscos ambientais, desperdício e melhorar a sua resiliência a riscos externos."
Já Sílvia Garcia, administradora da Agência Nacional de Inovação (ANI), admite que a prevenção é, muitas vezes, "o parente pobre na área da inovação", por isso, este Prémio "é de extrema importância para a sociedade e para a competitividade das empresas". Camilo Lourenço, fundador de A Cor do Dinheiro, refere que "tanto indivíduos como empresas fazem seguros a pensar na indemnização e isso é um mindset errado". O jornalista e membro do júri lembra que "prevenir é fundamental" até porque "a indemnização muitas vezes não cobre todos os prejuízos que um sinistro traz tanto a nível pessoal como empresarial": "Um exemplo: numa fábrica com operários muito especializados, se um operário falta porque teve um acidente de trabalho, não o consigo substituir de um dia para o outro. Portanto, é muito mais importante pensarmos como é que vamos prevenir um sinistro. Além disso, a prevenção tem outra vantagem que é baixar os prémios de seguro."
As candidaturas ao Prémio Inovação em Prevenção podem ser enviadas, através do site da Ageas Seguros, até ao dia 9 de março.
Q&A com os vencedores da edição anterior
Anywind – Energias Renováveis, vencedor na categoria "Pessoas" da 4ª Edição do Prémio
Na quarta edição do Prémio Inovação em Prevenção da Ageas Seguros, a Anywind – Energias Renováveis venceu na categoria "Pessoas" com o Programa Safety Credit Card.
Este programa atribui pontuações aos colaboradores "com base na sua participação ativa na segurança", que são depois convertidos em donativos para instituições de solidariedade". De acordo com a empresa, esta iniciativa contribui para a "redução da sinistralidade", além de "fortalecer o compromisso das equipas para reportar". Para a Anywind, receber este Prémio foi "a validação de uma cultura de prevenção ativa" e motiva a empresa "a continuar a aperfeiçoar práticas".

Da esquerda para a direita: José de Almeida, member of Board, e Lénia Dias, head of Quality, Safety & Environment Department, da ANYWIND
Conte-nos sobre o projeto vencedor e o que representa para a sua empresa?
O projeto com o qual fomos vencedores da edição passada do Prémio Inovação em Prevenção foi o nosso Programa Safety Credit Card (SCC) é uma iniciativa inovadora da ANYWIND que visa incentivar a comunicação e o reporte de situações inseguras no ambiente de trabalho. Atribuímos pontuações aos colaboradores com base na sua participação ativa na segurança, e esses pontos são posteriormente convertidos em donativos para instituições de solidariedade. O projeto reflete o nosso compromisso com a segurança e a responsabilidade social, ajudando a criar um ambiente de trabalho mais seguro e consciente.
Qual foi a motivação principal para desenvolver este projeto?
A motivação principal foi envolver ativamente as nossas equipas na cultura de segurança, incentivando o reporte de riscos e a melhoria contínua das condições de trabalho. Sendo a nossa atividade de alto risco, a segurança é um valor essencial. Queríamos criar uma abordagem inovadora que "contaminasse" positivamente os Colaboradores, aumentando a participação e tornando a prevenção uma parte natural do dia a dia.
Que impacto é que o projeto teve na sua empresa e no setor em que atua?
Desde a implementação, o SCC tem contribuído para a redução da sinistralidade e permitido atuar rapidamente na identificação e mitigação de riscos. Além disso, reforçou a consciencialização dos colaboradores e incentivou um maior envolvimento na segurança. No setor das energias renováveis, um ambiente de trabalho seguro é essencial, e o programa ajuda-nos a manter o padrão de boas práticas.
Como é que este projeto contribuiu para melhorar a prevenção no âmbito da categoria em que venceu?
Ao colocar os Colaboradores no centro da prevenção, conseguimos criar uma cultura de segurança participativa. O reporte imediato de situações de risco permitiu uma melhor avaliação das condições de trabalho e a implementação de medidas corretivas eficazes. Além disso, a componente social do programa fortalece o compromisso e a motivação das equipas para reportar e agir proactivamente.
O que significou para a empresa receber este Prémio?
Este Prémio representa um importante reconhecimento externo do esforço contínuo da ANYWIND para garantir a segurança e bem-estar dos seus Colaboradores. É a validação de uma cultura de prevenção ativa e inovação, onde cada Colaborador desempenha um papel fundamental na mitigação de riscos e na construção de um ambiente de trabalho mais seguro. Além de reforçar o nosso compromisso com a segurança, a responsabilidade social e a excelência operacional, este prémio motiva-nos a continuar a evoluir, a aperfeiçoar as nossas práticas e a inspirar outras empresas a adotar abordagens inovadoras na gestão da segurança.
O Prémio trouxe visibilidade ou reconhecimento adicional à empresa ou ao projeto?
Sem dúvida. Embora os nossos Clientes sejam estrangeiros e não conhecessem inicialmente a iniciativa, receberam a notícia com entusiasmo e felicitaram-nos pelo reconhecimento. O Prémio reforçou a nossa credibilidade no nosso setor, demonstrando que investimos em práticas inovadoras e eficazes para a segurança dos nossos Colaboradores. Além disso, permitiu-nos dar maior visibilidade ao nosso compromisso com a prevenção, destacando a ANYWIND como uma referência em boas práticas de segurança e inspirando a adoção de abordagens semelhantes.
Houve alguma mudança na forma como Clientes, parceiros ou colaboradores percebem ou se relacionam com a empresa após a conquista do Prémio?
Sim, sem dúvida. Internamente, o prémio reforçou o orgulho e o envolvimento das equipas, motivando ainda mais os Colaboradores a participar ativamente na segurança e a adotar uma postura proativa no reporte de situações de risco. Externamente, embora os nossos Clientes sejam estrangeiros e não conhecessem previamente a iniciativa, receberam a notícia com entusiasmo, reconhecendo o nosso compromisso com a segurança e a inovação. O Prémio consolidou a imagem da Anywind como uma referência em boas práticas de prevenção, fortalecendo a confiança dos parceiros e demonstrando que a segurança é um valor central em todas as nossas operações.
Que conselhos dariam a outras empresas que desejam desenvolver iniciativas de prevenção inovadoras?
O mais importante é envolver as equipas no processo. A segurança não deve ser apenas um conjunto de regras impostas, mas sim algo que faz parte da cultura da empresa. Incentivar o reporte, valorizar a participação e apostar na inovação são fatores-chave para criar um ambiente de trabalho mais seguro e sustentável.
Para quem está a ponderar participar nesta nova edição do Prémio, que mensagem gostariam de deixar?
A participação é uma excelente oportunidade para dar visibilidade a projetos inovadores, aprender com outras empresas e reforçar o compromisso com a prevenção. Mais do que um reconhecimento, é uma forma de contribuir para a evolução das boas práticas de segurança no tecido empresarial.
Na sua opinião, que papel é que estes Prémios desempenham na promoção de práticas empresariais sustentáveis, inovadoras e preventivas?
São fundamentais para incentivar as empresas a investirem na prevenção e inovação. Ao destacar projetos de sucesso, os prémios ajudam a disseminar boas práticas e a criar um efeito positivo em toda a comunidade empresarial, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e responsável.
Gostariam de acrescentar algo sobre a experiência de participar ou sobre a importância de iniciativas como esta no panorama empresarial nacional?
A experiência foi extremamente enriquecedora. Além do reconhecimento, permitiu-nos conhecer outras iniciativas inspiradoras, trocar experiências e reforçar a nossa própria estratégia de prevenção. Iniciativas como esta são essenciais para elevar os padrões de segurança e incentivar a inovação no setor empresarial.
Vantage Towers, vencedor na categoria "Património" da 4ª Edição do Prémio
Na categoria "Património", o Prémio foi atribuído à Vantage Towers pelo projeto Smartlocks - "um sistema de fechaduras inteligentes, que permite uma gestão centralizada, mais eficiente e segura dos acessos" às instalações que gerem. Segundo a empresa de infraestruturas de telecomunicações, esta solução trouxe uma "segurança adicional" e uma "gestão das operações mais eficiente". O Prémio teve um "valor muito impactante para a empresa e para os colaboradores" e "beneficiou" a marca.

Da esqueda para a direita: Joaquim Oliveira, O&M manager, Paolo Favaro, managing director, Ana Teixeira, head of Infrastructure; e, Cátia Fernandes, Health & Safety specialist, da Vantage Towers
Conte-nos sobre o projeto vencedor e o que representa para a sua empresa?
O projeto dos Smartlocks é um sistema de fechaduras inteligentes que permite uma gestão centralizada, mais eficiente e sobretudo mais segura dos acessos aos nossos sites, e representa uma pedra miliar na agenda de digitalização que a Vantage Towers está a implementar. Com a implementação dos Smartlocks, a empresa passou a ter um maior controlo do acesso às nossas instalações e a solução vai ser integrada na plataforma central de gestão das operações da Vantage Towers. Podemos dizer que esta solução muda profundamente a forma como estamos a interagir com os inúmeros parceiros que temos no terreno e, sendo que a empresa está constantemente a investir em soluções deste género, podemos dizer que este projeto foi o pontapé de saída para uma nova era da digitalização.
Qual foi a motivação principal para desenvolver este projeto?
A Vantage Towers ambiciona ser a TowerCo de escolha no mercado português e quer diferenciar-se pelo seu foco na entrega operacional e na abordagem digital. Para caminharmos neste sentido, devemos colocar os nossos melhores esforços no desenvolvimento de soluções que nos permitam gerir volumes de atividades muito grandes com a máxima eficácia. No contexto da gestão de acesso, estamos a falar de volumes mensais que rondam cerca de 10 mil pedidos de acessos e, portanto, é necessário capacitar a equipa com uma solução adequada para os volumes de trabalho. Em simultâneo, estávamos conscientes de que era necessário aumentar o nível de monitorização do acesso, sempre com a intenção de melhorar a segurança das instalações e o controlo dos nossos parceiros que, para todo os efeitos, são os representantes da Vantage Towers no terreno.
Que impacto é que o projeto teve na sua empresa e no setor em que atua?
Em termos de gestão das operações, o impacto tem sido enorme e por várias razões. Em primeiro lugar, por termos conseguido definir perfis por todos os técnicos com base nas licenças que cada um deles tem. Isto faz com que, por exemplo, quem não tem habilitação para escalar as torres não tem acesso à porta que permite subir ao topo. Segundo, por termos uma ferramenta que canaliza todos os pedidos de acesso que recebemos, o que, por vez, simplifica o processo de autorização e até permite validar os pedidos próprios com as intervenções planeadas: se não houver um match positivo, o pedido precisa de justificações adicionais. Terceiro, por termos uma vista em real time de todos as tentativas de acessos nas nossas instalações, o que permite detetar situações inesperadas e identificar comportamentos não conformes por parte dos parceiros. Em suma, a adoção desta tecnologia atribui uma maior responsabilização dos nossos parceiros para que atuem de forma correta no terreno e que, ao mesmo tempo, nos dá uma maior visibilidade das operações no terreno.
Como é que este projeto contribuiu para melhorar a prevenção no âmbito da categoria em que venceu?
A Vantage Towers ganhou o Prémio na categoria do Património, sendo que o parque de ativos de telecomunicações que gerimos são efetivamente infraestruturas críticas para a sociedade e para todo o País. Como tal, é imprescindível garantir que o acesso esteja devidamente monitorizado 24/7 e que apenas pessoal autorizado e devidamente certificado possa intervir nas instalações. Nesse sentido, esta monitorização garante também uma segurança adicional aos proprietários e condóminos das propriedades onde as nossas infraestruturas estão implementadas. A solução dos Smartlocks permite ir ao encontro destas necessidades e conduz a uma gestão das operações de forma mais eficiente.
O que significou para a empresa receber este Prémio?
Este prémio representa o reconhecimento publico do caminho que temos feito desde 2020, ou seja, desde o ano da criação da Vantage Towers. Um caminho que passou pela criação das operações de uma TowerCo e que tem vindo a apostar em melhorias contínuas para tornar a empresa no parceiro de escolha para todos os MNOs e OTMOs que se encontram no País. Por isso, o Prémio tem um valor muito impactante para a empresa e para os nossos colaboradores, que ficaram extremamente orgulhosos por esta conquista. Este prémio representou um marco para nós, e fizemos questão de o colocar em destaque na nossa timeline dos objetivos alcançados da empresa, que se encontra logo na entrada do nosso escritório!
O Prémio trouxe visibilidade ou reconhecimento adicional à empresa ou ao projeto?
Com certeza. O Prémio fez com que, no mercado, a empresa Vantage Towers se destacasse e que se falasse sobre o percurso de crescimento que temos vindo a percorrer. A marca, sem dúvida alguma, beneficiou deste reconhecimento prestigioso. Por outro lado, os Smartlocks têm-se tornado numa espécie de benchmark no âmbito das soluções de acesso inteligentes.
Houve alguma mudança na forma como clientes, parceiros ou colaboradores percebem ou se relacionam com a empresa após a conquista do Prémio?
Os nossos clientes e parceiros já conheciam a solução, uma vez que o processo de implementação tinha iniciado antes de concorrermos para o Prémio. Todavia, acho que o reconhecimento alcançado pelo Prémio por parte de uma organização externa legitimou mais a nossa aposta na solução. Internamente, todos os colaboradores, inclusive aqueles que têm funções mais corporate e que não estiveram envolvidos com a implementação da solução, ficaram entusiasmados e orgulhosos pelo Prémio. Sei que a maioria deles estava a assistir online à cerimónia de entrega e conseguiram celebrar em simultâneo na sede. O Prémio foi vivido como um sucesso coletivo, o que para mim, enquanto Managing Director, é fantástico e diz muito sobre o espírito de equipa na Vantage Towers.
Que conselhos dariam a outras empresas que desejam desenvolver iniciativas de prevenção inovadoras?
Antes de mais, acho que é necessário relembrar que o Prémio em si não é (e nunca deve ser) o objetivo. Isso é meramente o reconhecimento por ter desenvolvido com muita paixão e dedicação um projeto de melhoria no próprio âmbito de negócio. Portanto, o conselho principal é: foquem-se no vosso dia a dia (ninguém o conhece melhor do que vocês!) e pensem como é que o poderiam tornar melhor, mais seguro, e qual seria o impacto na sociedade na qual todos nós atuamos.
Para quem está a ponderar participar nesta nova edição do Prémio, que mensagem gostariam de deixar?
Ponderar? Porquê?! É só participar, é um no brainer! Brincadeiras à parte, a Vantage Towers já participou duas vezes e queremos candidatar-nos pela terceira vez. A organização deste concurso é excelente, o apoio ao longo do processo todo foi impecável e o processo de avaliação é rigoroso. Além disso, o prémio vem com a oportunidade de estabelecer uma boa rede de contactos que, por sua vez, ajuda no crescimento do negócio. Participem!
Na sua opinião, que papel é que estes Prémios desempenham na promoção de práticas empresariais sustentáveis, inovadoras e preventivas?
Posso dizer que desempenham um papel fundamental. Pela simples razão que permitem a uma multitude de empresas de se destacar pelas próprias ideias inovadoras e de mostrar boas práticas que merecem reconhecimento. Às vezes outros prémios aos quais estamos habituados constam sempre das mesmas grandes empresas que, sem dúvida, merecem reconhecimento, mas que não dão espaço para a inovação de outras empresas. Todavia, a história ensina-nos que os melhores representantes do tecido empresarial português são as pequenas e médias empresas que, neste prémio, encontram a plataforma ideal para aumentar a sua visibilidade e mostrar o que de bom fazem.
Gostariam de acrescentar algo sobre a experiência de participar ou sobre a importância de iniciativas como esta no panorama empresarial nacional?
Nada a acrescentar, acho que já disse muitas coisas! Aliás, efetivamente tenho algo para dizer. Queria agradecer a todas as equipas que trabalham na iniciativa pelos esforços contínuos em garantir uma organização excelente e dar-lhes os parabéns por ter conseguido tornar este prémio numa referência do setor e do mercado português. Continuem neste caminho!
Alcatel, vencedor na categoria "Ambiente" da 4ª Edição do Prémio
A Acatel foi distinguida na categoria "Ambiente" pelo projeto Micro-Nebula: uma técnica de tingimento têxtil que reduz "significativamente o consumo de água, energia e produtos químicos ao longo do processo produtivo". Segundo a empresa, com esta técnica foi possível diminuir "custos e consumos", assim como "a pegada ecológica e a emissão de efluentes". Receber o Prémio foi uma forma de "ver reconhecido o compromisso com os requisitos ESG da empresa" e fez com que a Acatel fosse procurada por "vários parceiros" de negócio.

Rita Vale, Gestor Seamless da Alcatel com José Gomes à sua esquerda e Gustavo Barreto à sua direita, membros da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal
Conte-nos sobre o projeto vencedor e o que representa para a sua empresa?
O projeto premiado foi o Micro-Nebula, uma inovadora técnica de tingimento têxtil que se destaca pela sua capacidade de reduzir significativamente o consumo de água, energia e produtos químicos ao longo do processo produtivo. Trata-se de uma metodologia que aspiramos ver amplamente adotada na indústria, tendo em vista seu potencial para contribuir de maneira eficaz para a mitigação da pegada de carbono associada ao setor têxtil.
Qual foi a motivação principal para desenvolver este projeto?
Cumprir com o compromisso de sustentabilidade da empresa.
Que impacto é que o projeto teve na sua empresa e no setor em que atua?
Enorme contribuição para a diminuição de custos e consumos.
Como é que este projeto contribuiu para melhorar a prevenção no âmbito da categoria em que venceu?
O projeto permitiu a utilização de uma técnica que diminui a pegada ecológica e a redução de emissão de emissão de efluentes.
O que significou para a empresa receber este Prémio?
Foi uma grande satisfação ver reconhecido o compromisso com os requisitos ESG da empresa.
O Prémio trouxe visibilidade ou reconhecimento adicional à empresa ou ao projeto?
Claro que sim. Tivemos o contacto de vários parceiros que nos parabeneziram porque tiveram conhecimento e outros que nos procuraram por causa da conquista do Prémio.
Houve alguma mudança na forma como clientes, parceiros ou colaboradores percebem ou se relacionam com a empresa após a conquista do prémio?
Sim, houve um maior reconhecimento do compromisso da empresa com a sustentabilidade.
Que conselhos dariam a outras empresas que desejam desenvolver iniciativas de prevenção inovadoras?
Terem sempre o foco no amanhã, no futuro das novas gerações.
Para quem está a ponderar participar nesta nova edição do prémio, que mensagem gostariam de deixar?
É uma experiência gratificante ver o trabalho reconhecido.
Na sua opinião, que papel é que estes Prémios desempenham na promoção de práticas empresariais sustentáveis, inovadoras e preventivas?
Na medida em que o Prémio tem como principal promotor uma seguradora, que no seu dia-a-dia faz análises e gestão de risco, tem adicionalmente um reconhecimento especial porque significa que estamos a ter boas práticas que contribuem para um futuro mais sustentável e com menos risco.
Gostariam de acrescentar algo sobre a experiência de participar ou sobre a importância de iniciativas como esta no panorama empresarial nacional?
Além do reconhecimento, é muito satisfatório o contacto com outras realidades de outras empresas.