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Líderes do sector energético debatem soluções para produção descentralizada

Em abril, Lisboa recebe o Be Next Europe’s Decentralized Energy Innovation Forum que junta especialistas europeus para refletir sobre o potencial transformador destas soluções na produção, no consumo e na partilha de energia. O evento, agendado para dia 9, é organizado pelo Grupo Greenvolt.

22 de Março de 2024 às 11:26

Não há como negar: a Europa está a percorrer um caminho de descarbonização da sua economia e, para isso, precisará de aumentar a produção de energia a partir de fontes renováveis. O objetivo da União Europeia (UE) é reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e alcançar a neutralidade carbónica no velho continente até 2050.

Para lá chegar, a produção de energia descentralizada afigura-se como instrumento essencial, mas há desafios que importa ultrapassar. É sobre caminhos para a sustentabilidade energética que líderes europeus do sector vão debater no Be Next Europe’s Decentralized Energy Innovation Forum, que acontece a 9 de abril na Fundação Champalimaud, em Lisboa, organizado pelo Grupo Greenvolt.

A instabilidade do contexto geopolítico atual é um dos maiores desafios enfrentados pelos 27 Estados-membros, que, em especial depois do início do conflito na Ucrânia, olham para a produção descentralizada de energia como uma ferramenta para o crescimento das renováveis. Aliás, em resposta à invasão da Ucrânia, a Comissão Europeia lançou o programa REPowerEU para diminuir a dependência dos combustíveis fósseis russos, garantir a segurança energética europeia e acelerar os investimentos na produção verde.


Neste campo, Portugal está bem posicionado para se afirmar no contexto europeu como um dos principais produtores de energia verde que pode vir a ser usada não apenas para descarbonizar a economia, mas também para atrair investimentos no sector da indústria em território nacional. No total, o REPowerEU tem cerca de 300 mil milhões de euros para apoiar o esforço nesta transição.


A inovação surge, assim, como resposta principal aos desafios do sector energético. É através dos avanços no conhecimento que será possível encontrar soluções para o armazenamento de energia descentralizada ou para desenhar modelos de financiamento para este modelo de produção colaborativa (que pode envolver empresas e consumidores particulares).

Do turismo ao retalho, passando pela logística e pela saúde, os líderes europeus que se vão reunir no fórum Be Next vão debruçar-se sobre estratégias que permitam manter o crescimento económico e aliá-lo à descarbonização destas atividades.


Mas o que torna, afinal, a energia descentralizada num importante aliado da transição energética? A resposta reside na sua flexibilidade e adaptabilidade, aliada a benefícios ambientais e financeiros.

Neste tipo de solução, a produção de energia renovável é feita no local ou nas proximidades onde é consumida, podendo ainda o excedente, caso exista, ser partilhado com a comunidade envolvente, tanto a nível empresarial como residencial.


A escala dos projetos torna a solução flexível, particularmente para empresas, que podem utilizar as suas próprias instalações para produzir energia solar e, assim, cumprir metas de descarbonização ao mesmo tempo que reduzem a dependência da rede elétrica e a sua fatura de eletricidade.


Esta capacidade de aproveitar espaços humanizados, já construídos, é um dos fatores diferenciadores desta solução em comparação a projetos de energia renovável de grande escala. Para além de ser uma forma de rentabilizar e capitalizar o edificado existente, privado e público, a produção de energia descentralizada não impacta nem interfere negativamente com a biodiversidade.


Outro dos fatores que tornam a energia descentralizada interessante é a sua adaptabilidade, uma vez que a instalação de painéis solares ajusta-se a diversas superfícies, sejam elas coberturas, fachadas, parqueamentos, podendo ainda alimentar sistemas de carregadores elétricos, o que faz dela um potencial grande aliado da mobilidade elétrica. O armazenamento da energia, por via de baterias, permite fazer uma gestão mais eficiente da produção e do consumo, evitando o desperdício
 

Cuidar da saúde com energia 100% verde

Não é por acaso que o Be Next tem encontro marcado na Fundação Champalimaud – um bom exemplo do poder da produção descentralizada. Além de se destacar pela inovação de ponta ao serviço dos doentes, a instituição quer agora tornar-se na primeira no mundo, na área da saúde, a consumir apenas energia 100% verde.

O objetivo é atingir a neutralidade carbónica e, para isso, a fundação vai criar uma comunidade de energia renovável por via dos 1.580 painéis solares instalados na cobertura do seu centro clínico.


O Be Next Europe’s Decentralized Energy Innovation Forum, vai realizar-se na Fundação Champalimaud, a 9 de abril, com organização do Grupo Greenvolt. As inscrições já estão abertas em https://benext.greenvolt.com e são limitadas à disponibilidade do espaço.