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Lactogal lança agenda mobilizadora para a sustentabilidade

Agenda apresentada em evento assenta em três pilares: produção sustentável, gestão responsável e alimentação saudável. Empresa aposta na inovação, tecnologia e certificação para fazer avançar a sustentabilidade do setor.

20 de Junho de 2024 às 10:10
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A sustentabilidade é atualmente uma questão fundamental para a produção de leite em Portugal. Um tema mobilizador que reuniu produtores, industriais, responsáveis associativos, políticos e académicos numa conferência promovida pela Lactogal, e que teve lugar no Dia Mundial do Ambiente.

O motivo imediato foi a apresentação, pela Lactogal, de uma Agenda Mobilizadora para a Produção de Leite Sustentável em Portugal. Mas o objetivo final é mobilizar os produtores e avançar num caminho que garanta o futuro de um setor fundamental para a economia nacional. Esta é uma indústria que fixa pessoas no território e cuida da paisagem, mas que perdeu 75% dos produtores nos últimos 12 anos. Atualmente, Portugal tem 3.500 produtores de leite, que são responsáveis por 10% da produção agrícola, e que alimentam mais de 11 mil postos de trabalho.

A importância estratégica do setor foi sublinhada na intervenção de abertura da conferência, feita por José Capela, presidente do conselho de administração da Lactogal. Para o responsável máximo da empresa, "a produção leiteira é um dos pilares da agricultura nacional, fonte de receita para milhares de agricultores e empresas, sejam eles de pequenas explorações familiares ou de grandes explorações, associadas em cooperativas, ou atuando isoladamente", afirmou.

Neste contexto, assume José Capela, "a indústria de laticínios é a principal impulsionadora da geração de valor do setor leiteiro". Não só porque "disponibiliza aos consumidores uma diversificada oferta de produtos, baseados no leite, e essenciais a um adequado e completo equilíbrio nutricional", mas também porque "promove e investe na inovação e na investigação e desenvolvimento, e lidera a agenda de sustentabilidade económica e ambiental do setor", afirma este responsável.

Leite promove coesão territorial

Um setor que, segundo José Capela, promove a coesão territorial e a sustentabilidade rural, mantém atividades agrícolas em áreas remotas e representa um importante pilar do combate à desertificação das zonas rurais e do interior do país, contribuindo para a organização e limpeza dos solos e para a preservação das paisagens.  Sendo de referir "o contributo para a autossuficiência alimentar nacional e para as exportações". Como fez notar o presidente da Lactogal, que é a maior empresa agroalimentar portuguesa e o maior grupo lácteo ibérico: "A indústria em Portugal tem-se destacado na exportação e na internacionalização e é um setor alinhado com uma visão de um futuro sustentável", afirmou na sua intervenção.

 

Anunciada agenda com três pilares

Para concretizar este alinhamento e avançar na sustentabilidade, a Lactogal definiu, e apresentou pela primeira vez, uma agenda mobilizadora, incorporada na estratégia da empresa e alicerçada em princípios ESG (ambiente, social e governação). Uma agenda que, segundo José Capela, está assente em três pilares estratégicos.

Um primeiro pilar, explica, "focado na produção de leite e nos impactos a ela associados, que visa garantir que a produção de leite é realizada de uma forma sustentável, promovendo o bem-estar animal, a preservação da biodiversidade e ambicionando alcançar a neutralidade carbónica". O segundo pilar "abrange uma melhor gestão dos recursos como a água e a energia, a promoção da economia circular e a gestão da cadeia de fornecedores bem como a garantia de práticas laborais justas e seguras". Finalmente, mas não menos importante, um terceiro pilar dedicado "ao desenvolvimento de produtos saudáveis, focados na nutrição e saúde, garantindo uma alimentação com elevados padrões de qualidade, segura e acessível a todos", explicou José Capela.

Os nossos produtores e agricultores estão sujeitos a condições rigorosas, tantas vezes em situação desigual face a outros produtores mundiais JOÃO MOURA
secretário de Estado da Agricultura

Governo quer valorizar setor


João Moura, secretário de Estado da Agricultura, levou para a conferência uma mensagem de mudança política no sentido da valorização do setor leiteiro e da agricultura nacional, que considerou "um exemplo e um motivo de orgulho nacional". Notando que o setor "produz dentro de um bloco mundial onde se faz o melhor do mundo com as regras mais exigentes do mundo", o responsável político não deixou de observar que, sendo esse facto um motivo de satisfação, "sujeita os produtores e agricultores a condições rigorosas, tantas vezes em situação desigual face a outros produtores mundiais".

Para João Moura, o setor tem sido desvalorizado politicamente, e mesmo denegrido em termos sociais, e afirmou o empenho do Governo em reverter essa situação. Uma ação que vai ser promovida "em estreita cooperação com todos os outros ministérios e com o impulso do primeiro-ministro" no sentido não só de valorizar o setor, mas de facilitar a sua atividade. Neste contexto, o governante prometeu um novo olhar sobre a aplicação das regras e diretivas europeias, que por vezes não tem em consideração as especificidades da agricultura portuguesa.