"Depressa e bem, não há quem" é um provérbio bem português que parece adaptar-se como uma luva à tendência crescente de quem procura os mercados para investir.
Nos Estados Unidos, um terço já prefere aquilo que é designado por investimento passivo. Na Europa, a tendência é claramente a mesma. Em 2016, segundo refere a empresa especializada em informações de mercado Morningstar, as entradas líquidas de dinheiro em fundos passivos chegaram aos 83 mil milhões de dólares – mais de 74 mil milhões de euros. Uma aposta que quase duplicou os 48 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros) aplicados por quem preferiu uma negociação activa no mercado.
"Os fundos geridos em negociação activa geralmente não superam as expectativas e os retornos previstos pelos fundos passivos", salienta Álvaro Vidal, responsável pela corretora DeGiro em Espanha e Portugal.
Acresce que, além de não superarem os indicadores de referência, os fundos activos são penalizadores para o investidor, quando contabiliza as altas comissões normalmente pagas aos "brokers" e corretoras que encarrega de negociar a compra e venda de existências do seu portefólio.
Comissões
O mais recente barómetro da Morningstar confirma que os fundos passivos superam os resultados dos activos, que, por regra, implicam o pagamento de maiores comissões de corretagem.
Acresce que os fundos geridos em negociação activa obrigam normalmente ao pagamento de uma comissão inicial e de uma outra anual de gestão, da ordem dos 2% sobre o valor aplicado. Se um investidor mantiver a sua carteira por um período longo, arrisca-se seriamente a ver os previsíveis ganhos despendidos no pagamento de todas as comissões.
Isto porque, tendo em conta indicadores colectados, por exemplo, pela Standard & Poor’s (S&P), mais de 90% dos fundos activos não conseguem sequer ultrapassar a referência do "benchmark" indicativo. Ao invés dos fundos passivos, que são tributados com comissões anuais que não ultrapassam 1%. E que até podem ficar-se pelos 0,1% se o investidor escolher uma corretora que seja fiável e "low-cost".
ETF
Suportando comissões mais baixas, os fundos que seguem índices de referência como o S&P 500, ISEQ 20 ou o FTSE 100 permitem também aos investidores diversificar os seus investimentos em acções. E no caso dos ETF (Exchange Traded Funds), os activos podem ser títulos, matérias-primas, petróleo, metais preciosos ou moedas estrangeiras.
A Morningstar assinala que, em 2016, na Europa, os ETF foram o destinatário de 51 mil milhões de dólares (45,6 mil milhões de euros) de investimento líquido, mostrando haver um aumento do reconhecimento por parte dos investidores dos benefícios das soluções a longo prazo com baixas comissões.
As escolhas dos investidores passam assim e cada vez mais por soluções de longo prazo, geridas por si e com comissões mínimas, como as que oferece a corretora DeGiro, que permite agora negociar um portefólio de 700 ETF sem custos associados.
A corretora online, fundada na Holanda e há três anos a operar em Portugal, permite aos seus clientes registados a possibilidade de realizarem uma transacção mensal de ETF, seja de compra ou de venda, livre de comissões, tal como uma outra negociação com o mesmo sentido (de compra ou de venda), que seja superior a 1.000 euros ou dólares, consoante a divisa do fundo.
Onde quer que opere, as comissões da DeGiro são em média esmagadoramente mais económicas do que as da concorrência. Na Irlanda, por exemplo, são 91% mais baratas e em Portugal, ao cabo de três anos de actividade, são 85% mais baixas, o que pode ser comprovado na tabela aqui apresentada.
DeGiro | Média Portugal | Poupança | |
€ 1000 de acções GALP | € 0,90 | € 7,84 | 89% |
€ 2000 de acções Pharol | € 1,30 | € 7,84 | 83% |
€ 25 000 de acções Daimler | € 14 | € 42,68 | 67% |