Portugal fez-se representar na COP28 por um conjunto de entidades públicas, da sociedade e do setor económico, com o objetivo de partilhar experiências e resultados nacionais ligados ao clima e ambiente.
A seguradora Fidelidade é uma das empresas que respondeu à chamada, e que tem estado a partilhar a sua visão e compromissos em matéria de ESG (Ambiente, Social e Governação, em português), especialmente o seu caminho em prol da descarbonização. No Dubai, a seguradora apresentou o seu plano com vista à neutralidade carbónica - e as medidas de prevenção, adaptação e atuação perante situações de perdas e danos como efeitos das alterações climáticas.
No entanto, o ponto alto da participação da Fidelidade ficou marcado pelo anúncio, feito este domingo por Rogério Campos Henriques, CEO do Grupo, de que a seguradora é a segunda melhor da europa e a quarta melhor do mundo em termos de sustentabilidade, entre as 301 avaliadas pela Morningstar Sustainalytics, uma empresa internacional que produz um ranking global de sustentabilidade há mais de 30 anos e que fornece investigação, classificações e dados analíticos de alta qualidade sobre ambiente, sociedade e governação (ESG) a investidores institucionais e empresas na área do ambiente, social e governação em todos os setores de atividade.
Em Portugal esta classificação coloca a Fidelidade como a melhor instituição no setor de banca e seguros e a segunda empresa portuguesa mais sustentável, considerando todos os setores de atividade económica.
"Sermos avaliados por uma empresa externa e com comprovada experiência no mercado de avaliação de riscos ESG é de extrema importância pois permite-nos medir o nosso desempenho e compromisso com o desenvolvimento sustentável", disse o CEO perante os jornalistas e os visitantes do Pavilhão de Portugal. Para o líder da Fidelidade, este reconhecimento contribui igualmente "para a melhoria contínua das nossas ações, políticas e programas com uma orientação clara para a criação de impacto positivo em todos os nossos stakeholders".
Raquel Policarpo, senior manager para a sustentabilidade empresarial da UN Global Compact Network Portugal, destacou também o papel do setor privado na transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável. "A ação das empresas portuguesas no âmbito de temas como a descarbonização, a transição justa ou as finanças sustentáveis deve ser ambiciosa e transparente, e o trabalho da UN Global Compact Network Portugal é apoiá-las nesse caminho".
Na mesma ocasião, João Mestre, responsável pela área da sustentabilidade da Fidelidade, reforçou o papel da atividade seguradora na prevenção e redução de riscos para garantir o bem-estar e a proteção das pessoas e dos seus bens, servindo como rede de suporte para uma sociedade coesa e resiliente.
Considerando que os fenómenos naturais extremos, que acontecem cada vez mais e que se materializam em incêndios, tempestades e inundações ou secas prolongadas, são um dos maiores desafios para as seguradoras, em termos de riscos, frequência e severidade, a Fidelidade tem procurado adotar no seu dia-a-dia medidas para prevenir e mitigar estes riscos.
"Além de reconhecermos os desafios das alterações climáticas, abraçamos ativamente a responsabilidade de liderar a transição para um futuro mais sustentável através de um papel preponderante na dimensão social com foco nas temáticas da longevidade, prevenção em saúde e inclusão social", destacou Rogério Campos Henriques que acrescenta: "o compromisso com metas ambiciosas, investimentos responsáveis, produtos inovadores e colaboração global são os pilares que definem a nossa jornada para um amanhã mais verde e resiliente".
As perdas económicas decorrentes de eventos extremos climáticos na Europa atingiram cerca de meio trilião de euros no mesmo período, com menos de 1/3 das perdas não humanas cobertas por seguros.
"Fechar o gap de proteção climática aumentando a cobertura de seguro pode ajudar a aumentar a capacidade da sociedade recuperar de desastres, reduzir a vulnerabilidade e a promover a resiliência", afirma João Mestre.
Nos desafios ambientais, a Fidelidade pretende atuar não só como agente económico responsável, reduzindo as suas emissões carbónicas, mas também como agente de mudança, ao lado dos seus stakeholders - clientes, parceiros e fornecedores - neste caminho, em todos os países onde o Grupo está presente.
Através da sua estratégia Net-Zero, um compromisso de redução de emissão carbónica, com ações e metas em três dimensões – Operações, Investimentos e Seguros –, a Seguradora pretende ajudar na transição ecológica para um mundo cada vez mais sustentável. Em linha com as melhores práticas internacionais definiu não apenas metas para ser net zero (2040 nas Operações e 2050 nos Investimentos e Seguros), mas também metas de curto ou médio prazo (2025 nas Operações e 2030 nos Investimentos e Seguros).
O investimento em soluções tecnológicas de avaliação de risco de catástrofes naturais; a criação de um Centro de investigação, avaliação e gestão para conhecer melhor a severidade, a frequência, o possível impacto e os novos riscos que podem ser consequência das alterações climáticas; ou a criação de um Fundo Florestal são outras das medidas de mitigação que a Fidelidade pretende implementar.
Poucas horas depois do anúncio, o fundo contava já com 245 milhões de dólares, 225 dos quais da União Europeia, o que revela o compromisso dos países mais desenvolvidos em materializar as promessas feitas. Na sua intervenção de sábado, dia 2 de dezembro, no Pavilhão de Portugal na COP28, o ainda Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou que a contribuição nacional para este fundo será de cinco milhões de euros. Já foram igualmente anunciados contributos dos Estados Unidos e do Japão.
Contudo, apesar de ser um primeiro passo positivo, o valor angariado ainda está longe do valor estimado dos custos com os danos relacionados com o impacto das alterações climáticas que se situa entre os 280 mil milhões e os 580 mil milhões de dólares até 2030. Ainda assim, ficou desde já acordado que o fundo financiará anualmente 100 mil milhões de dólares, com início marcado para 2024.
Entre os impactos mais evidentes da crise climática estão as questões da saúde – o tema ocupou já a agenda de um dos dias da cimeira -, recordando o peso das sete milhões de mortes anuais devido ao calor, à contaminação das águas, aumento de doenças tropicais e poluição do ar.
O impacto nos oceanos é outro dos temas que preocupa os líderes dos países presentes na COP28, puma vez que não tem sido prioridade até agora. Recorde-se que o mar, que cobre 71% da superfície terrestre, é o principal sequestrador de carbono do mundo e, por isso, uma peça fundamental no combate às alterações climáticas.
Segundo o relatório do diálogo sobre os oceanos e o clima, da United Nations Climate Change, o Oceano absorveu cerca de 90% do calor gerado pelo aumento de emissões de gases com efeito de estufa retidas no sistema terrestre, e cerca de 25% das emissões de carbono, o que significa que o seu desequilíbrio provoca efeitos devastadores na biodiversidade, nos ecossistemas e nas comunidades costeiras, com um impacto muito elevado nas espécies, humana incluída.
Sobre o tema, António Costa destacou a estratégia portuguesa para os oceanos, que antecipa para 2026 a meta de classificar 30 por cento da área marinha e que aprovou, na semana passada, a criação da área marinha protegida do Recife do Algarve.
A seguradora Fidelidade é uma das empresas que respondeu à chamada, e que tem estado a partilhar a sua visão e compromissos em matéria de ESG (Ambiente, Social e Governação, em português), especialmente o seu caminho em prol da descarbonização. No Dubai, a seguradora apresentou o seu plano com vista à neutralidade carbónica - e as medidas de prevenção, adaptação e atuação perante situações de perdas e danos como efeitos das alterações climáticas.
Em Portugal esta classificação coloca a Fidelidade como a melhor instituição no setor de banca e seguros e a segunda empresa portuguesa mais sustentável, considerando todos os setores de atividade económica.
"Sermos avaliados por uma empresa externa e com comprovada experiência no mercado de avaliação de riscos ESG é de extrema importância pois permite-nos medir o nosso desempenho e compromisso com o desenvolvimento sustentável", disse o CEO perante os jornalistas e os visitantes do Pavilhão de Portugal. Para o líder da Fidelidade, este reconhecimento contribui igualmente "para a melhoria contínua das nossas ações, políticas e programas com uma orientação clara para a criação de impacto positivo em todos os nossos stakeholders".
Raquel Policarpo, senior manager para a sustentabilidade empresarial da UN Global Compact Network Portugal, destacou também o papel do setor privado na transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável. "A ação das empresas portuguesas no âmbito de temas como a descarbonização, a transição justa ou as finanças sustentáveis deve ser ambiciosa e transparente, e o trabalho da UN Global Compact Network Portugal é apoiá-las nesse caminho".
Na mesma ocasião, João Mestre, responsável pela área da sustentabilidade da Fidelidade, reforçou o papel da atividade seguradora na prevenção e redução de riscos para garantir o bem-estar e a proteção das pessoas e dos seus bens, servindo como rede de suporte para uma sociedade coesa e resiliente.
Considerando que os fenómenos naturais extremos, que acontecem cada vez mais e que se materializam em incêndios, tempestades e inundações ou secas prolongadas, são um dos maiores desafios para as seguradoras, em termos de riscos, frequência e severidade, a Fidelidade tem procurado adotar no seu dia-a-dia medidas para prevenir e mitigar estes riscos.
"Além de reconhecermos os desafios das alterações climáticas, abraçamos ativamente a responsabilidade de liderar a transição para um futuro mais sustentável através de um papel preponderante na dimensão social com foco nas temáticas da longevidade, prevenção em saúde e inclusão social", destacou Rogério Campos Henriques que acrescenta: "o compromisso com metas ambiciosas, investimentos responsáveis, produtos inovadores e colaboração global são os pilares que definem a nossa jornada para um amanhã mais verde e resiliente".
A importância dos seguros
Na União Europeia apenas um quarto das perdas causadas por desastres relacionados com o clima são cobertos. Em alguns países, o número é inferior a 5% e, em Portugal, está entre os 5% e os 20%. Eventos climáticos extremos, como tempestades, ondas de calor e inundações, foram responsáveis por 85.000 a 145.000 mortes humanas em toda a Europa, nos últimos 40 anos, e mais de 85% dessas mortes foram causadas por ondas de calor.As perdas económicas decorrentes de eventos extremos climáticos na Europa atingiram cerca de meio trilião de euros no mesmo período, com menos de 1/3 das perdas não humanas cobertas por seguros.
"Fechar o gap de proteção climática aumentando a cobertura de seguro pode ajudar a aumentar a capacidade da sociedade recuperar de desastres, reduzir a vulnerabilidade e a promover a resiliência", afirma João Mestre.
Nos desafios ambientais, a Fidelidade pretende atuar não só como agente económico responsável, reduzindo as suas emissões carbónicas, mas também como agente de mudança, ao lado dos seus stakeholders - clientes, parceiros e fornecedores - neste caminho, em todos os países onde o Grupo está presente.
Através da sua estratégia Net-Zero, um compromisso de redução de emissão carbónica, com ações e metas em três dimensões – Operações, Investimentos e Seguros –, a Seguradora pretende ajudar na transição ecológica para um mundo cada vez mais sustentável. Em linha com as melhores práticas internacionais definiu não apenas metas para ser net zero (2040 nas Operações e 2050 nos Investimentos e Seguros), mas também metas de curto ou médio prazo (2025 nas Operações e 2030 nos Investimentos e Seguros).
O investimento em soluções tecnológicas de avaliação de risco de catástrofes naturais; a criação de um Centro de investigação, avaliação e gestão para conhecer melhor a severidade, a frequência, o possível impacto e os novos riscos que podem ser consequência das alterações climáticas; ou a criação de um Fundo Florestal são outras das medidas de mitigação que a Fidelidade pretende implementar.
Acordo para o Fundo de Perdas e Danos
Depois da polémica que envolveu a organização da COP28 (sigla que significa 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas), que está a decorrer no Dubai desde a passada quinta-feira, 30 de novembro, o anúncio da criação de um Fundo de Perdas e Danos para apoiar os países mais vulneráveis às alterações climáticas, logo no primeiro dia da cimeira, trouxe uma injeção de esperança ao mundo.Poucas horas depois do anúncio, o fundo contava já com 245 milhões de dólares, 225 dos quais da União Europeia, o que revela o compromisso dos países mais desenvolvidos em materializar as promessas feitas. Na sua intervenção de sábado, dia 2 de dezembro, no Pavilhão de Portugal na COP28, o ainda Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou que a contribuição nacional para este fundo será de cinco milhões de euros. Já foram igualmente anunciados contributos dos Estados Unidos e do Japão.
Contudo, apesar de ser um primeiro passo positivo, o valor angariado ainda está longe do valor estimado dos custos com os danos relacionados com o impacto das alterações climáticas que se situa entre os 280 mil milhões e os 580 mil milhões de dólares até 2030. Ainda assim, ficou desde já acordado que o fundo financiará anualmente 100 mil milhões de dólares, com início marcado para 2024.
Entre os impactos mais evidentes da crise climática estão as questões da saúde – o tema ocupou já a agenda de um dos dias da cimeira -, recordando o peso das sete milhões de mortes anuais devido ao calor, à contaminação das águas, aumento de doenças tropicais e poluição do ar.
O impacto nos oceanos é outro dos temas que preocupa os líderes dos países presentes na COP28, puma vez que não tem sido prioridade até agora. Recorde-se que o mar, que cobre 71% da superfície terrestre, é o principal sequestrador de carbono do mundo e, por isso, uma peça fundamental no combate às alterações climáticas.
Segundo o relatório do diálogo sobre os oceanos e o clima, da United Nations Climate Change, o Oceano absorveu cerca de 90% do calor gerado pelo aumento de emissões de gases com efeito de estufa retidas no sistema terrestre, e cerca de 25% das emissões de carbono, o que significa que o seu desequilíbrio provoca efeitos devastadores na biodiversidade, nos ecossistemas e nas comunidades costeiras, com um impacto muito elevado nas espécies, humana incluída.
Sobre o tema, António Costa destacou a estratégia portuguesa para os oceanos, que antecipa para 2026 a meta de classificar 30 por cento da área marinha e que aprovou, na semana passada, a criação da área marinha protegida do Recife do Algarve.