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FCamara Europa e C-More: empresas tecnológicas aderem à ELITE do Grupo Euronext

Do conteúdo académico do programa ELITE, passando pela rede de contactos, ou o apoio do World Trade Center Lisboa e o BBVA. Saiba o que levou estas duas tecnológicas a fazer parte do primeiro grupo de empresas que integram o World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE.

27 de Outubro de 2023 às 10:23

No mundo acelerado da transformação digital, falámos com a FCamara Europa e a C-More, duas empresas de tecnologia que operam em Portugal e que têm como objetivo principal ajudar outras empresas a melhorarem os seus processos de negócio, através da tecnologia.


Ambas têm uma forte componente social e de sustentabilidade – a FCamara Europa através do programa de formação; a C-More por ser especializada em sustentabilidade, temas sociais e ambientais – e, além disso, integram o programa ELITE - Grupo Euronext, uma rede europeia de PME privadas que acelera o processo de acesso aos mercados de capitais privados e públicos.


Estivemos à conversa com Angelo Tonin, general manager da FCamara Europa, e com Carolina Cruz, CEO & founder da C-More, para saber quais as suas expectativas em relação à participação no programa ELITE.



"[A ELITE atua enquanto] facilitador que dá estrutura ao processo e acompanha as pequenas e médias empresas na jornada de crescimento"


Pode fornecer aos nossos leitores uma introdução à FCamara Europa? Em que áreas principais a empresa opera?


A FCamara Europa é uma subsidiária da FCamara, no Brasil. Posicionamo-nos como um ecossistema de empresas e soluções na área de tecnologia. Implementamos soluções, ajudamos as empresas nos processos de inovação, dentro de um processo de cocriação.


O nosso foco são médias e grandes empresas e temos o objetivo de as ajudar a criar novos processos de negócio, através da tecnologia, para serem mais produtivas, criarem soluções disruptivas, crescerem e evoluírem nos seus mercados.




Angelo Tonin
General manager da FCamara Europa

Atuamos em três grandes áreas de competência: e-commerce e marketplace, cloud e cibersegurança, assim como transformação digital, com uma profunda especialização nos setores de retalho e distribuição, saúde, serviços financeiros e indústria.  

A FCamara foi fundada, em 2007, no Brasil. Na Europa, estamos já presentes em Portugal e no Reino Unido. Atuamente, a FCamara conta com mais de 1.500 especialistas no mundo. 

Em Portugal, estamos a operar desde janeiro de 2022 e temos cerca de 55 especialistas envolvidos nos projetos na Europa. A partir do centro de operações em Portugal, entregamos soluções a clientes locais, mas também para outros países na Europa, tais como Holanda, Espanha e Inglaterra, e também nos Estados Unidos.



"Atuamente, a FCamara conta com mais de 1.500 especialistas no mundo. "

Portugal está a tornar-se cada vez mais um centro de inovação tecnológica. Como é que a FCamara Europa se encaixa neste ecossistema e que valor único a vossa organização traz para o cenário tecnológico português?


Fomos criados numa economia menos estável do que a europeia e a americana, numa cultura de inquietude, de estar sempre à procura de coisas novas. Fomos desafiados a criar soluções mais competitivas e a integrar empresas em processos tecnológicos de forma mais rápida, devido ao contexto económico desafiante, num ambiente muito competitivo, com dezenas de milhões de pessoas a trazer soluções mais eficientes para as empresas. Isso fez com que nos tornássemos numa referência no Brasil. Podemos ajudar o mercado e as empresas portuguesas com esse know-how de experiência, de utilização de serviços em diferentes verticais.


Nós escolhemos Portugal como o centro operacional da FCamara Europa na Europa, Médio Oriente e África. Como tal, estamos a reforçar a equipa, trazendo profissionais do Brasil e de outros países da Europa, para que a nossa oferta seja mais robusta.


O que motivou a FCamara Europa a juntar-se à World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE?


A cocriação, o relacionamento e a flexibilidade fazem parte do nosso ADN. Pareceu-nos bastante natural ligarmo-nos ao World Trade Center e à ELITE do Grupo Euronext, porque são ecossistemas de negócios, de apoio às empresas, de oferta de serviços e de captação de recursos. Somos uma empresa brasileira e queremos evoluir no contexto europeu. A ELITE com o seu know-how e rede de conhecimento e o World Trade Center, através da sua rede de negócios, são extremamente úteis neste processo.




Como planeiam aproveitar as redes de contactos do programa, que se estendem por toda a Europa, para alcançar um crescimento superior?


Já estamos a aproveitar. Não só no mercado português, em que a ELITE nos tem apoiado, mas também nos eventos internacionais em que já participámos e que vamos participar, que nos dão acesso a executivos e a redes de relacionamentos que são muito importantes para acelerar o crescimento.


A missão da ELITE é ajudar pequenas e médias empresas (PME), a fim de atingirem um novo nível de competitividade. Como é que a FCamara Europa tem beneficiado desta academia até agora?


Acredito muito nesta parceria. A ELITE traz know-how muito importante, pois não basta querermos internacionalizar ou crescer, temos de procurar conhecimento e a forma como vamos fazer. Também já estávamos a desenvolver alguns projetos de internacionalização, apoiados no World Trade Center. Já o BBVA é um parceiro muito importante, principalmente na Península Ibérica, para os nossos planos de médio prazo. A combinação entre o BBVA, WTC e ELITE é muito interessante, porque nos permite crescer de forma rápida e orgânica, mas também inorgânica, através de "merger and acquisitions".


A FCamara Europa tem uma reputação no desenvolvimento e apoio de talentos na área tecnológica. Como abordam a aquisição e o desenvolvimento de talento para garantir que têm as competências certas para impulsionar a inovação?


Formação e educação de profissionais na área de tecnologia também está no ADN da empresa desde o início. É um dos pilares de crescimento e cultural da empresa não só na parte técnica, mas também como profissional. No Brasil, temos uma iniciativa muito grande de formação de profissionais e só este ano vamos formar cerca de 200 pessoas, num total de 9.000 inscrições. O curso de formação é financiado pela FCamara. É um programa bastante conhecido no Brasil, que forma profissionais de ponta, não só apenas para a FCamara mas também para os nossos parceiros e clientes. Acredito que no próximo ano já será possível fazer um projeto-piloto em Portugal.




Olhando para o futuro, quais são os objetivos estratégicos e a visão da FCamara Europa, e como planeiam continuar a contribuir para o crescimento e avanço da indústria tecnológica em Portugal?


Nos próximos quatro ou cinco anos, o nosso objetivo é consolidar a nossa presença na Europa e iniciar operações no Médio Oriente e África. Já temos clientes fora de Portugal, no Reino Unido, nos Países Baixos e Espanha. Queremos expandir e investir no desenvolvimento de negócio, com o centro operacional em Portugal.


Porque é que participar neste programa pode ser a oportunidade game-changing que as empresas devem considerar?


O acesso ao mercado de capitais é uma jornada que exige conhecimento. A ELITE, através da sua rede, ajuda a capacitar as empresas de menor porte e a estruturar este processo, a que apenas as grandes empresas têm acesso. É um facilitador que dá estrutura ao processo e acompanha as pequenas e médias empresas nessa jornada de crescimento. Isto é uma oferta de valor diferenciada.



"É uma oportunidade extraordinária para aprendermos com os melhores"


Pode fornecer uma visão geral da
C-More e da sua missão em traduzir a sustentabilidade para o mundo empresarial?


A C-More é uma empresa tecnológica que tem como principal propósito traduzir a sustentabilidade em negócio. Criámos uma ferramenta de gestão, que se chama ESG Maturity, em que desenvolvemos uma espécie de família contextual de algoritmos que combinam várias métricas ESG, que avaliam o que é o negócio, a maturidade do negócio, dependendo do nível de faturação, do setor e da dimensão da empresa.



Carolina Cruz
CEO & founder da C-More

Este software providencia uma pontuação e esta pontuação é um nível de maturidade, quão pronta a empresa está no âmbito destas métricas ESG.


Como também permite à empresa fazer uma análise de benchmarking e do quão está em risco ou não de estar em não compliance, não conforme. É uma empresa ESG Tech que está baseada em Portugal.


"Somos altamente ajustáveis, adaptáveis, flexíveis e temos uma grande preocupação com o compliance."

Sustentabilidade e ESG tornaram-se cada vez mais importantes para as empresas em todo o mundo. Como é que a tecnologia e a experiência da C-More abordam as necessidades em constante evolução das organizações neste contexto?


Nós gostamos de nos chamar parceiros ESG das empresas, tanto as cotadas em bolsa, grandes ou PME, como as não cotadas. Somos altamente ajustáveis, adaptáveis, flexíveis e temos uma grande preocupação com o compliance, ou seja, em estarmos alinhados com a legislação em vigor. A nossa plataforma é utilizada em setores distintos, como a banca, o turismo ou a energia, mas também pode ser utilizada por empresas cotadas em bolsa para fazer uma autoavaliação sobre o seu estado de maturidade ou por pequenas empresas que queiram monitorizar as suas métricas.


Além disso, a maioria das empresas precisa de avaliar a sua cadeia de valor (scope 3) e a plataforma também faz a avaliação dos fornecedores. A nossa intenção é que ninguém fique para trás.




À medida que a sustentabilidade e as práticas ESG continuam a ganhar destaque no panorama empresarial, quais considera ser os desafios e as oportunidades mais significativos para as empresas nos próximos anos?


Em termos de desafios, eu diria que é importante as empresas pensarem onde é que começam esta jornada. Em segundo lugar, a gestão de dados. Quais os dados em que podem confiar? Os metadados são ou não transparentes? São ou não acessíveis para a empresa perceber a fórmula que está por trás do cálculo da pegada de carbono, por exemplo. Ao mesmo tempo, ter a garantia de que efetivamente a empresa responde às obrigatoriedades legislativas, mas também ao que é estratégico e crítico para o negócio. Por fim, é importante estar atento a todas as alterações, em termos regulatórios, nomeadamente se vai afetar o setor em que operam.


Em termos de oportunidades, a partir do momento em que as empresas têm de fazer este caminho, nasce uma oportunidade extraordinária de mudança e de alteração de comportamentos que beneficia todos.


"Ser B-Corp é pertencer a um movimento de pessoas, que está alinhado com os direitos humanos, com o trabalho digno e com o impacto na sociedade."

Desde 2022, a C-More é uma empresa tecnológica certificada como B-Corp. O que significa este resultado e qual foi o motivo por trás desta escolha?


Ser B-Corp é pertencer a um movimento de pessoas, que está alinhado com os direitos humanos, com o trabalho digno e com o impacto na sociedade. Para a C-More é um selo que valoriza e que valida aquilo que nós, na nossa génese, já tínhamos como valores primordiais e nucleares. A C-More ser B-Corp é uma consequência natural da nossa génese.


O que motivou a C-More a juntar-se à Academia Internacional do World Trade Center Lisboa by ELITE?


Em primeiro lugar, é um privilégio termos sido uma das empresas escolhidas para participar no programa. Acreditamos que a ELITE é uma oportunidade extraordinária para aprendermos com os melhores dos melhores, tanto com os intervenientes, como com os nossos pares.


Em segundo lugar, qualquer empresa que queira ser global, como a
C-More, deve aprender as boas práticas internacionais e conhecer os desafios dos nossos pares, para podermos antever os nossos próprios desafios. Esta oportunidade de aprendizagem é extraordinária, porque é um palco para todos nós e para estarmos rodeados por aqueles que consideramos os melhores.


"Estarmos rodeados por empresas com experiências tão diversas é fundamental e transformador."

Como é que a participação no programa ELITE pode ser benéfica para a sua empresa?


As empresas são as pessoas que trabalham no dia a dia, que nos inspiram, que nos ajudam, que nos criticam construtivamente e que nos acrescentam. Por isso, estarmos rodeados de empresas com experiências tão diversas e, ao mesmo tempo, num modelo de rede que nos permite pedir ajuda e ter acesso a pessoas que nos ajudam na captação de capital, mas que também podem tornar-se clientes e parceiros e que nos inspiram para sermos melhores, é fundamental e transformador.




Como é que isso pode contribuir para as iniciativas mais amplas de sustentabilidade e ESG no mundo empresarial?


É um efeito dominó. A partir do momento em que a cedência e as condições de crédito por parte de uma instituição bancária a uma empresa, independentemente da sua dimensão, estiver umbilicalmente ligada à pegada de carbono, à política de contratação ou à transparência dos seus processos, vai levar a uma alteração de comportamentos. O consumidor é cada vez mais exigente, tanto com a origem e qualidade daquilo que consome como com a roupa, alimentação, cuidados de saúde, habitação, por isso é inviável olharmos para o futuro sem perceber que uma página do capítulo já foi virada. Estamos num processo irreversível.


Depois temos uma vertente altamente robusta e que impacta tremendamente, que é a reputação, ou seja, o que é que as empresas comunicam, o que é que comunicam e de que forma transparente comunicam. A reputação das empresas está e estará sempre ligada à perceção que o mercado tem da sua preocupação com a sustentabilidade do seu negócio, da sociedade que serve e do mundo.


Por último, que mensagem gostaria de transmitir aos leitores, investidores e empresas sobre o papel que a C-More e a sua parceria com a ELITE e o World Trade Center Lisboa desempenham no avanço da sustentabilidade e ESG no mundo corporativo?


Gostava de convidar todas as empresas que tenham interesse, sejam recentes ou mais maduras, a participar neste tipo de experiências que nos coloca numa rede que nos ajuda a reforçar e consolidar conhecimento e que nos ajuda nesta partilha de experiências. Para os empreendedores, acho que é muito relevante não estarmos sós e o programa da ELITE põe-nos em posição de aprender, de ouvir e de partilhar.