Outros sites Medialivre
C-Studio
Mais informações

C•Studio é a marca que representa a área de Conteúdos Patrocinados do universo Medialivre.
Aqui as marcas podem contar as suas histórias e experiências.

Notícia

Contribuir para a longevidade das pessoas e do planeta

A presença da Fidelidade na COP28 permite alavancar o contributo da seguradora para a transição ecológica e partilhar os principais compromissos e iniciativas que tem em curso para os alcançar. Este é o ponto de partida da conversa com João Mestre, diretor de Sustentabilidade da Fidelidade.

27 de Novembro de 2023 às 10:57
João Mestre, diretor de Sustentabilidade da Fidelidade
João Mestre, diretor de Sustentabilidade da Fidelidade
  • ...

Para manter o aumento da temperatura média global inferior a 2°C, como acordado no Acordo de Paris, todos temos, individual e globalmente, de alterar os nossos comportamentos. Só com esse compromisso é possível ter um planeta sustentável. O diretor de Sustentabilidade da Fidelidade, João Mestre, fala dos projetos e iniciativas que a seguradora está a desenvolver para contribuir para este propósito.

 

A Fidelidade vai marcar presença na COP28, no Dubai. Qual o objetivo desta presença?

É uma presença muito importante para nós, porque acaba por ser o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver em matéria de sustentabilidade. Na Fidelidade temos como estratégia assumir um papel relevante na dimensão social, sermos proativos na transição ecológica e na forma como agimos enquanto agente económico responsável.

A nossa presença na COP28 permite, acima de tudo, alavancar a nossa capacidade de contribuir proactivamente para a transição ecológica em linha com o nosso desígnio vertido na nossa estratégia. Partilharemos os nossos principais compromissos e as iniciativas que temos em curso para os alcançar.

Sendo a COP o principal evento mundial na temática ambiental, tem uma dimensão quase universal e é a entidade dinamizada pelas Nações Unidas, com vista a dar resposta ao enorme desafio global das alterações climáticas é, para a Fidelidade, como empresa líder da indústria seguradora, um momento crucial para estarmos presentes com vista a uma verdadeira atuação sistémica, partilhando esforços com entidades públicas e privadas.

 

Vão apresentar no Dubai algumas das iniciativas da seguradora, nomeadamente a estratégia Net Zero Plan, o Fundo Florestal e o Center for Climate Change, muito centrados na vertente ambiental do ESG. Que mensagem pretendem passar na COP28 com a divulgação destes projetos?

Na Fidelidade estamos muito atentos aos desafios que decorrem das alterações climáticas. O impacto para a nossa atividade é evidente e materializa-se em riscos físicos, com o aumento da frequência e severidade dos fenómenos climáticos extremos, bem como em riscos de transição, devido às ações necessárias para o desenvolvimento de uma economia neutra em carbono. Acreditamos ser crucial termos um papel proativo em relação a estes fenómenos e é por isso que estamos a desenvolver estas iniciativas. O ano de 2022 foi muito importante para a Fidelidade porque traçámos a nossa estratégia. Mas 2023 marca, de forma decisiva, o reforço das nossas ações com a implementação dos programas e iniciativas que nos permitem materializar as nossas ambições em impacto real. O nosso Net Zero Plan concretiza os nossos compromissos de redução de carbono em toda a nossa cadeira de valor – operações, seguros e investimentos. Seremos Net Zero em Operações no ano 2040 e em Seguros e Investimentos no ano 2050, sendo que assumimos metas interinas em 2025 para as operações e nos seguros e investimentos em 2030. O Fundo Florestal, já aprovado como art.º 9 pela CMVM, será um pilar crucial para a captura de carbono das emissões residuais que não conseguiremos reduzir. Já o Center for Climate Change, onde investiremos muitos recursos e energia, vai ser absolutamente transformador em termos da produção de conhecimento na temática das alterações climáticas, para o sector segurador, mas também para a Sociedade em geral.    

 

 

A estratégia ESG da Fidelidade está, atualmente, mais centrada na vertente ambiental? Porquê?

Não é verdade. O pilar social é, desde sempre, o core da nossa estratégia de negócio. Os seguros assumem um papel crucial na resiliência da sociedade, protegendo as pessoas e os bens físicos, funcionado assim como uma rede se suporte à resiliência das famílias e das empresas. Contribuímos para a longevidade de forma transversal em temas que vão desde a prevenção em saúde – física e mental - à literacia financeira. Ser uma das melhores empresas para trabalhar é também um pilar chave da nossa atuação social, visto que as nossas pessoas são o nosso principal ativo. Desde 2007 que temos também um programa de responsabilidade social em pleno funcionamento e desde 2017 um prémio de responsabilidade social que foi inovador na forma como decidiu apoiar a capacitação das organizações sociais. O que temos agora é outros eixos de atuação que passam também pela vertente mais ambiental que, em si, tem uma ligação umbilical com a questão social, visto que os seus impactos se concretizam na vida de cada um de nós.

 

Que iniciativas estão a desenvolver no pilar social?

O pilar social é extremamente importante para a Fidelidade, uma vez que o nosso negócio assenta na preservação da longevidade das pessoas. Na ligação com o ambiente, queremos garantir que a transição necessária é justa e inclusiva, pelo que a acessibilidade a todos é uma preocupação basilar da Fidelidade.

Sabemos que os riscos climáticos estão a aumentar e as pessoas ainda não estão suficientemente protegidas. Existe um gap de proteção muito relevante em Portugal e sobre o qual não nos demitimos da nossa responsabilidade de dar uma resposta eficaz. Para isso, estamos atentos às necessidades presentes e futuras dos nossos clientes, e queremos ajudar a reduzir este gap, revendo capitais e coberturas na oferta existente e lançando novas soluções.  

 

Que importância tem a estratégia de sustentabilidade na Fidelidade?

Temos vindo a apostar na pedagogia e capacidade de influenciar comportamentos para promover uma mudança positiva, rumo a um mundo e uma sociedade mais sustentável.

Na Fidelidade, pela nossa dimensão e longa história, temos informação muito rica para avaliar o risco a que estão efetivamente expostos os nossos clientes. Os fenómenos extremos mais frequentes e severos e as perdas económicas decorrentes destes eventos são muito significativas. Não fazemos qualquer distinção entre a sustentabilidade e o nosso negócio. Consideramos, inclusivamente, que a sustentabilidade é o core da nossa atividade.

 

Teremos seguros mais penalizadores por exemplo no ramo automóvel para quem não conduza um carro elétrico ou menos poluente? 

Acreditamos numa abordagem pedagógica e na capacidade de influência de comportamentos para promover uma mudança positiva. No tema da mobilidade, desenvolvemos o Fidelidade Drive, que é uma plataforma que premeia os nossos condutores por adotarem uma condução mais responsável, que reduza acidentes. Ao mesmo tempo, premeia uma condução mais sustentável, dando dados de emissão de carbono traduzidos em poupança de combustível. Temos, atualmente, mais de 100 mil utilizadores ativos que demonstram a capacidade de influenciarmos a sociedade de uma forma socialmente responsável.

Temos a mesma abordagem em relação aos outros temas com os quais trabalhamos diariamente. Na saúde, dispomos do Multicare Vitality para incentivar e premiar hábitos de vida saudáveis. Já na poupança, desenvolvemos uma aplicação chamada Fidelidade Mysavings, que ajuda os nossos clientes a poupar e a investir e que dispõe de uma opção ESG.

A nossa missão, nestas várias dimensões, é ajudar as pessoas a prepararem o seu futuro, contribuindo para a longevidade das pessoas e do planeta.

 

E as empresas, serão penalizadas por não seguirem uma estratégia de sustentabilidade ou de descarbonização do seu negócio?

Mais do que penalizar precisamos de trabalhar em conjunto nesta transição. Queremos ser cada vez mais um agente económico responsável e exemplar, seja enquanto investidor ou na relação com os nossos parceiros, procurando ter um papel ativo na transição dos nossos fornecedores, em especial das PME. Mas temos de saber como ser um agente indutor dessa transição.

No caso dos nossos segurados isso não se faz, apenas, segurando empresas verdes, mas sim tendo também como clientes e investimentos empresas que estão a fazer a sua transição. Participar ativamente na transição das empresas significa avaliar e criar ofertas que apoiem a transição para uma economia mais sustentável, garantindo que os seguros são uma alavanca proativa para a transformação de negócios antigos em novos negócios de impacto social e ambiental.

 

Qual a responsabilidade e o papel das seguradoras ao nível da partilha de conhecimento com a sociedade?

Procuramos ser um agente económico que contribui para uma sociedade mais próspera e resiliente. Este trabalho começa, desde logo, na pesquisa e criação de conhecimento relevante que possa ser aplicado em prol de todos.

Nesta perspetiva, o conhecimento colaborativo pode originar soluções que respondam aos desafios crescentes da população, agora ou no futuro. A criação do Center for Climate Change, o nosso hub de investigação cuja ambição é combinar as competências e capacidades internas da Companhia com investigadores e outras partes interessadas, vai permitir a partilha de conhecimento que contribui para a literacia climática, alavancada em toda a informação e dados que temos ao longo dos nossos 200 anos de história.