No ambiente atual, de juros baixos, a procura dos investidores por rentabilidades interessantes pode tornar-se um autêntico desafio: com o BCE comprometido com uma política monetária expansionista, e o juro de referência em mínimos, os depósitos a prazo rendem pouco mais do que zero enquanto as remunerações de outros investimentos de renda fixa, como obrigações, estão igualmente muito limitadas. É neste contexto que as ações se apresentam como uma das possibilidades mais atrativas.
Se estiverem dispostos a assumir algum risco, os investidores podem encontrar no mercado acionista uma boa forma de diversificarem e aumentarem o seu património, considerando a variedade de opções disponíveis e o potencial de ganhos que existe nesta classe de ativos. Exceção feita a alguns períodos mais conturbados da economia mundial, as ações registaram historicamente um retorno superior à inflação.
De resto, esta aposta oferece inúmeras possibilidades aos investidores, dada a variedade disponível, permitindo-lhes estar em vários mercados e setores: a diversificação do portefólio é precisamente um dos pontos-chave para diminuir o risco. Manter uma carteira com apenas um ou dois títulos pode significar que a queda no preço de um ativo implique a perda de grande parte do valor do portefólio. Se a carteira de ações se limitar a uma empresa e essa mesma empresa entrar em falência ou o preço cair abruptamente, toda a carteira de investimento irá incorrer numa perda substancial. Mas com uma carteira bem diversificada, as perdas de uma posição podem ser compensadas pelos ganhos noutra.
No que respeita aos retornos, nas ações estes não estão limitados aos ganhos de capital (a diferença entre o valor de compra e o de venda). Isto porque, dependendo do desempenho das receitas, custos e outras variáveis, uma sociedade pode decidir remunerar os seus acionistas através do pagamento de dividendos, que podem garantir bons rendimentos de forma periódica.
Mas com tantas opções disponíveis, como escolher? Existem duas escolas de pensamento sobre a análise da "qualidade" de um investimento e o seu potencial de valorização. A primeira, a análise fundamental, é uma metodologia utilizada para calcular o valor subjacente de uma empresa e que tem como ponto de partida valores divulgados publicamente. Um exemplo são os Earnings Per Share (EPS) que correspondem ao lucro recebido, dividido pelo número de ações no mercado. Este número pode ser utilizado para criar diferentes indicadores como é o caso do rácio preço-rendimento, que é calculado pela divisão do preço da ação pelo EPS.
Este tipo de informação permite a melhor compreensão da saúde financeira e rentabilidade de uma empresa. Não existe necessariamente um valor base para o que é um bom ou mau rácio. Como tal, por norma é melhor rever um período de vários anos de forma a identificar tendências. Além disso, as avaliações podem variar significativamente entre setores, e é comum contextualizar estes valores comparando com empresas da mesma indústria.
O segundo método é a análise técnica. Enquanto a análise fundamental considera a informação financeira da empresa e indicadores económicos, a análise técnica utiliza indicadores estatísticos para prever a performance de uma ação nos mercados financeiros. Um exemplo comum é a utilização de médias móveis como um indicador da tendência de preço. As médias móveis consideram uma média histórica para o preço da ação durante um certo período de tempo, ajudando a suavizar as flutuações de preço do dia-a-dia e a fornecer uma tendência global mais clara.
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