Outros sites Medialivre
C-Studio
Mais informações

C•Studio é a marca que representa a área de Conteúdos Patrocinados do universo Medialivre.
Aqui as marcas podem contar as suas histórias e experiências.

Notícia

“A ELITE permite-nos saber a que porta temos de tocar”

Ao aderir à ELITE, Hugo Rigor, diretor-geral da Hellonext – empresa que pertence ao Grupo Petrotec –, espera beneficiar da rede de networking, formação de qualidade e ferramentas de financiamento para fazer crescer o negócio, principalmente na área da energia descarbonizada.

19 de Dezembro de 2023 às 11:09
  • ...

Fundado em 1983, o Grupo Petrotec é uma referência nacional e mundial em produção de tecnologia e prestação de serviços para a indústria petrolífera. Atualmente, tem 1.200 colaboradores, operações locais em 10 países e conta com uma rede de distribuição em 84 países, espalhados por cinco continentes, através de parcerias. A constante inovação tecnológica, relação de proximidade com os clientes e produção de soluções à medida catapultaram o grupo para o 5.º lugar do ranking mundial, competindo diretamente com grandes players internacionais.


Nos últimos anos, o grupo entrou no mercado da energia descarbonizada e criou a Hellonext, que se dedica ao abastecimento de hidrogénio verde e carga elétrica.



O Grupo Petrotec faz parte do primeiro grupo de 11 empresas portuguesas que  aderiram à World Trade Center Academy by ELITE, o ecossistema europeu de empresas privadas da Euronext que acelera o crescimento sustentável e facilita o acesso a capital privado e público. Foi neste contexto que conversámos com Hugo Rigor, diretor-geral da Hellonext, empresa do Grupo Petrotec, que nos explicou como este projeto os ajudará a crescer, principalmente na área das energias descarbonizadas.



Hugo Rigor
Diretor-geral da Hellonext

Pode fornecer uma visão geral da Petrotec e do seu papel no negócio de retalho de combustíveis?


A nossa atividade tem-se vindo a focar no desenvolvimento e fornecimento de tecnologia e serviços aplicáveis à cadeia de valor que sustenta um posto de combustível. Tudo o que é visível, desde a estrutura, os equipamentos de armazenamento de combustíveis ou tecnologias de pagamento, é providenciado e mantido por nós. Temos manutenção multimarca.


Há cerca de cinco anos formámos a Hellonext, a empresa do grupo que atua no setor da energia descarbonizada, ou seja, o abastecimento de hidrogénio e carga elétrica. Entre o final deste ano e o início do próximo, vamos lançar o nosso primeiro posto de hidrogénio em Guimarães. Portanto, estamos a assegurar uma transição interna que não só viabiliza o nosso modelo de negócio, como também acompanha a transição energética que vivemos.


"Conseguimos com alguma flexibilidade e investimento trabalhar novos vetores de energia, como o hidrogénio e a carga elétrica."

Com mais de três décadas de experiência, o Grupo Petrotec testemunhou a evolução da indústria petrolífera. Como está a Petrotec a posicionar-se para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades neste panorama em constante evolução?


Nós estamos em 10 geografias e temos uma rede de distribuição em mais de 74 países, num total de 84 países, e temos muito feedback do mercado. Por um lado, esta proximidade dos clientes permite-nos estar muito informados. Por outro, temos capacidade de desenvolvimento. Isto permite-nos continuar com o nosso negócio clássico das bombas de combustível em países que não vão ter uma transição energética tão rápida, como países da América do Sul e de África, mas, por outro lado, conseguimos com alguma flexibilidade e investimento trabalhar novos vetores de energia, como o hidrogénio e a carga elétrica.


Estas empresas começam a crescer e a ganhar expressão e a viver da "cash cow" que ainda vem dos mercados clássicos, que nos alimentam e nos dão capacidade de financiamento.




Como empresa orientada para a tecnologia, como é que a Petrotec se mantém na vanguarda da inovação no design e desenvolvimento de equipamentos e sistemas?


Desde 1983 que procuramos estar sempre a inovar, fazer coisas diferentes e ir atrás das expectativas do cliente. A conjugação da nossa capacidade de desenvolvimento com o feedback que recebemos diretamente do mercado e a nossa vontade de satisfazer as expectativas dos nossos clientes geram produtos novos e respostas eficazes à evolução natural do mercado.


"Só trabalhamos o hidrogénio verde, ou seja, gerado a partir de fontes renováveis, nomeadamente o eólico e o solar."

Em termos de sustentabilidade, como é que a Petrotec integra práticas amigas do ambiente nas suas operações, nomeadamente no projeto de mobilidade a hidrogénio em que estão a trabalhar?


Embora o grupo se chame Petrotec, tem empresas que trabalham os vetores descarbonizados. A Hellonext é a resposta do grupo à sustentabilidade. Aliás, a unidade de hidrogénio da Hellonext chama-se Green Hydrogen Business Unit, porque só trabalhamos o hidrogénio verde, ou seja, gerado a partir de fontes renováveis, nomeadamente o eólico e o solar. O outro grande mercado da Hellonext é a carga elétrica.


Também já estamos a fazer a transição da nossa frota, que já é, em grande percentagem, elétrica. Temos práticas muito sustentadas do ponto de vista de gestão de resíduos ou reciclagem. Do ponto de vista social, além de práticas locais de intervenção social, temos também a criação de empresas de emprego, porque somos uma empresa de génese de inovação e de indústria. Este impacto social é algo que está dentro de nós.


Como é que a Petrotec visualiza o seu papel na moldagem do futuro da indústria dos combustíveis e quais são os princípios-chave que orientam a visão e a missão da empresa?


Queremos ser uma referência, satisfazer as expectativas do mercado e ser facilitadores das ideias do cliente. Juntando isto com uma sede de inovação, temos os ingredientes para ter uma oferta muito diferenciada do resto das empresas e de sermos competitivos no mercado.


Os nossos competidores são duas grandes empresas americanas, muito maiores do que nós. A começar pelo mercado interno, que é bastante superior ao português. Portanto, eles partem para o jogo a ganhar e nós temos de correr contra o prejuízo. A forma como conseguimos equilibrar esta balança é através da inovação, diferenciação e customização, tendo em conta o que o cliente quer, sacrificando a escala, mas ganhando posição competitiva, porque estamos um nível acima do ponto de vista de customização.


A Petrotec opera em 84 países. Como é que a empresa navega nas complexidades de trabalhar em diferentes regiões e adapta as suas soluções para satisfazer os diversos requisitos do mercado?


O setor em que trabalhamos é muito regulamentado e especificado, por questões de segurança. Quando lidamos com 10 operações próprias e com 74 países onde temos distribuição, estamos a jogar com áreas geográficas que são muito diferentes e que têm requisitos de segurança e normativas distintas. Como é que conseguimos estar em tantos mercados e satisfazer as expectativas do cliente? Por um lado, através da proximidade dos mercados, tentando estar a par das mudanças regulamentares e legislativas, por outro, pela capacidade de responder em tempo útil a estas mudanças, que implica a capacidade de desenvolvimento em Portugal e um grande trabalho com as universidades para captação de recursos.


"Já vamos para o mercado sabendo que vamos ter de customizar o produto."


Como é que a empresa mantém a sua vantagem competitiva neste ambiente de mercado internacional?


Já vamos para o mercado sabendo que vamos ter de customizar o produto. Os grupos americanos podem fazer contas para perceber se a customização compensa, porque vai abalar a produção em escala, nós já sabemos que vamos ter de desenvolver e fazer um esforço de customização superior aos outros, porque é a nossa vantagem competitiva.


Além disso, temos a noção das nossas limitações e, por isso, temos parcerias para alguns projetos específicos. Em alguns produtos, parte da tecnologia é de um parceiro que muitas vezes participa na entrada no mercado do ponto de vista estratégico. Portanto, temos consciência das limitações, mas uma flexibilidade acima do normal, o que resulta numa vantagem competitiva que nos torna sustentáveis.


"Na ELITE, chamou-nos a atenção a Euronext, que é bastante credível, e a Nova, que é uma referência a nível de aprendizagem executiva."

Sendo membro da ELITE, a Petrotec tem acesso a uma rede global de empresas similares, empreendedores ambiciosos, mentores e conselheiros. Pode elaborar sobre a decisão do Grupo Petrotec em aderir à primeira Academia Internacional do World Trade Center Lisboa pela rede ELITE? Que oportunidades ou vantagens retém a Petrotec ao fazer parte desta comunidade global?


Quando fomos convidados para participar no ecossistema da ELITE, achámos a premissa muito interessante. Primeiro chamou-nos a atenção a Euronext, que é bastante credível, e a Nova, que é uma referência a nível de aprendizagem executiva. Juntou-se a oportunidade de exploração do networking, do ponto de vista de adicional de negócio. Somos muito virados para a área comercial e ocasiões como estas são muito interessantes, até pelos players que estão envolvidos e pela dinâmica deste tecido empresarial. Por outro lado, também temos hipótese de partilhar aquilo que é o grupo Petrotec, que, muitas vezes, está escondido e o público não se apercebe da nossa dimensão.


Além disso, temos entidades dentro do grupo que estão a ter um crescimento interessante, como a Hellonext, mas que exigem constante investimento. Portanto, queremos estar muito bem preparados para se, num futuro próximo, quisermos procurar investimento adicional no mercado de capitais. Pertencer ao ecossistema ELITE permite-nos saber a que porta temos de tocar e dá-nos a hipótese de partirmos para os desafios com conhecimento consolidado.


"O ecossistema ELITE é, acima de tudo, uma plataforma de aprendizagem, partilha e conhecimento."

Por fim, qual é a mensagem-chave e a razão pela qual gostariam de partilhar com as empresas portuguesas, parceiros e potenciais investidores que possam estar interessados em juntar-se ao ecossistema ELITE?


O ecossistema ELITE é, acima de tudo, uma plataforma de aprendizagem, partilha e conhecimento. Além da formação e networking, as experiências que temos e os professores com quem contactamos ajudam a mudar as mentalidades. Especificamente, em algumas temáticas que são tocadas na formação, como o governance, a expansão internacional ou do acesso ao mercado de capitais.


A ELITE, pertencente à Euronext, o próprio BBVA, que nos convidou para a iniciativa, são formas aceleradas de garantirmos um desenvolvimento sustentável, muito estruturado e financiado, para expansão do negócio. É realmente uma oportunidade única com muita cobertura e visão para o resto do mercado, especialmente para as empresas aprenderem e mostrarem que ambicionam crescer e ganhar credibilidade no que é o mercado global.