Para lá do Além
É na tragédia que devemos ser crus, até cruéis. Perguntar porquê? Encontrar razões e responsabilidades a quente, sem permitir que a morte esfrie a vida. O que aconteceu mostra bem, talvez como nunca, o país que somos.
É na tragédia que devemos ser crus, até cruéis. Perguntar porquê? Encontrar razões e responsabilidades a quente, sem permitir que a morte esfrie a vida. O que aconteceu mostra bem, talvez como nunca, o país que somos.
Sr. doutor…? "Não, não sou doutor." Sr. engenheiro? "Não sou engenheiro." Sr. arquitecto? "Também não, sou operário metalúrgico." Conta-se assim, mais doutor menos engenheiro, a entrada de Jerónimo de Sousa como deputado à Assembleia Constituinte.
Em 2003, o PIB caía pela primeira vez em 10 anos, com a contracção mais significativa desde os anos 80. Expressões que se ouviam nesse ano? "Consolidação" e "viver acima das possibilidades", entre outras.
A Cimpor vai finalmente sair da bolsa portuguesa. É um momento triste, mas pouco mais que simbólico. Aquela que foi uma grande empresa portuguesa já não é portuguesa, e já não é tão grande e poderosa como foi outrora.
A saída de Portugal do défice excessivo foi justamente festejada pelo Governo, pelas oposições (sim, o Bloco e o Partido Comunista já não são oposição), e pelo Presidente da República, que o fez de forma isenta e justa: parabéns a Passos Coelho e parabéns a António Costa.
É preciso evitar o deslumbramento. Eis a chave para fazermos o que tem de ser feito. Marcelo tem razão. Porque está a olhar para dentro de si, a procurar travar o impulso que o faz diferente e melhor, a transmitir ao outro, o que vê tudo "rosa", e também ao outro que somos todos nós, o cuidado devido com a volatilidade do momento e com as partes que não convém, mas têm tudo para se extremar.
Então parece que foi assim no país do sms. Primeiro, a zelosa guardiã do castelo (Ana Catarina Mendes) enfrenta o duque (Rui Moreira) que não é da mesma corte. Caldo entornado. Estamos a falar das autárquicas no Porto. Estava a festa montada para na cidade ficar tudo como dantes, o duque que não tem partido, o ajudante (Manuel Pizarro) que esconde o partido, os amigos que partem o bolo.
António Costa resolveu embrulhar em papel de lustro o acordo que o seu governo anunciou com o chamado sector social – Misericórias e IPSS (Instituições Privadas de Solidariedade Social).