Mario Draghi é o 6.º Mais Poderoso de 2019

#6 Mario Draghi

A dois meses do fim do seu mandato, Mario Draghi deverá mostrar novamente o porquê de ser uma das pessoas mais poderosas da Zona Euro. Enquanto foi presidente do BCE nunca subiu os juros. Prepara-se para os baixar novamente dado o risco de recessão.

Matteo Salvini

O líder da Liga quer criar uma divisa paralela ao euro para pagar aos fornecedores nacionais. "Ou é dinheiro - o que seria ilegal - ou é dívida, o que aumenta o stock em dívida", criticou Draghi.

Mark Zuckerberg

O Facebook quer criar uma moeda digital, a Libra, o que já fez soar alarmes nos reguladores. Foi o caso do BCE. Draghi disse que as preocupações são "substanciais" pelo que têm de ser resolvidas.

John Cryan

O ex-CEO do banco alemão Deutsche Bank, John Cryan, foi crítico da política monetária seguida pelo BCE. Os juros baixos e as exigências de capital têm tido impacto nas contas do banco.

Boris Johnson

Uma saída sem acordo a 31 de outubro, o atual prazo-limite para o Brexit, poderá causar disrupções no sistema financeiro e colocar em causa a estabilidade que o BCE tem de preservar.

Donald Trump

O Presidente norte-americano, que se dirigiu ao presidente do BCE no Twitter como "Mario D.", acusou o banco central de manipular a divisa, fazendo desvalorizar o euro face ao dólar.

Jens Weidmann

Apesar de não ter conseguido chegar à liderança do BCE, o líder do Bundesbank continua a representar a ortodoxia alemã no conselho de governador do BCE, votando nas decisões.

Ursula von der Leyen

A Comissão Europeia tem sido uma aliada do BCE na defesa do euro. A próxima presidente tem como objetivo completar a arquitetura da Zona Euro.

Andrea Enria

O conterrâneo de Draghi foi escolhido para ser o líder do conselho de supervisão do BCE que é responsável por supervisionar os bancos de grande dimensão da Zona Euro.

Carlos Costa

O governador do Banco de Portugal e anfitrião do Fórum BCE (Sintra) seguiu todo o mandato de Draghi e defendeu-o contra Trump: "O nosso objetivo não é a taxa cambial, mas sim a inflação", disse.

Mário Centeno

Apesar da fricção na reforma da lei da supervisão financeira, o presidente do Eurogrupo e o presidente do BCE são aliados na promoção de uma maior integração dentro da Zona Euro.

Olaf Scholz

O ministro das Finanças alemão admitiu que poderá haver um estímulo orçamental para contrariar uma possível recessão. O BCE tem vindo a pedir a ação dos Governos da Zona Euro.

Emmanuel Macron

O Presidente francês tem estado na fila da frente a pedir uma maior integração económica entre os países que partilham o euro.

Jerome Powell

Mario Draghi tem realçado o impacto negativo do conflito comercial iniciado por Trump. Powell, que é duramente criticado pelo presidente dos EUA, tem feito o mesmo discurso.

Luis de Guindos

Passou a ser o seu braço-direito após a saída de Vítor Constâncio. O vice-presidente do BCE tem sido discreto, mas quando fala é para corroborar as visões de Draghi, mostrando unidade.

Christine Lagarde

Draghi elogiou a escolha de Lagarde para sua sucessora. "Será uma excelente presidente do BCE", disse, referindo a experiência que esta teve no FMI. A expectativa é que haja continuidade.

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo fez questão de convidar Draghi para o seu primeiro Conselho de Estado, realçando a importância do seu papel. Condecorou-o este ano.

Philip Lane

Trabalhou ao lado de Draghi enquanto governador do Banco da Irlanda e agora é o seu economista-chefe numa altura em que se prepara para tomar decisões técnicas importantes.

Vítor Constâncio

Constâncio chegou ao BCE um ano antes de Draghi, tendo sido o seu braço-direito durante sete anos. Continua a defender as decisões do BCE em entrevistas ou no Twitter, onde é muito ativo.

Olli Rehn

Trabalharam juntos durante a crise da Grécia quando Rehn era comissário europeu dos assuntos económicos. Agora é governador do Banco da Finlândia e tem assento no BCE.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt | André Veríssimo averissimo@negocios.pt 30 de Agosto de 2019 às 11:00

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Bilhete de Identidade

• Cargo: Presidente do Banco Central Europeu
• Naturalidade: Nasceu em Roma em 1947
• Formação: Licenciatura em Economia pela Universidade La Sapienza de Roma e doutorado em Economia pelo MIT
• Outros Cargos: Diretor-geral do Tesouro em Itália, governador do Banco de Itália, vice-presidente da Goldman Sachs e diretor do Banco Mundial