Christine Lagarde é a 46.ª Mais Poderosa de 2019

#46 Christine Lagarde

Há uma década que é uma figura reconhecida a nível internacional. Primeiro como ministra das Finanças de França, depois como diretora-geral do FMI e agora será presidente do BCE. É considerada uma das mulheres mais influentes do mundo.

Jens Weidmann

Foi um dos principais opositores do "whatever it takes" para salvar o euro dito por Mario Draghi.Enquanto governador do Bundesbank, Weidmann tem assento no conselho de governadores do BCE.

Donald Trump

Além de ter iniciado um conflito comercial com a China que está a prejudicar o crescimento da Europa, Trump acusou o BCE de manipular o euro. É "injusto" para os EUA, disse no Twitter.

Matteo Salvini

O vice-primeiro-ministro italiano, cada vez com mais poder, será uma dor de cabeça para Lagarde. Salvini quer criar uma moeda paralela para Itália pagar a dívida pública, a segunda maior da UE.

Martine Ract-Madoux

A juíza francesa condenou Lagarde (sem aplicar uma pena) por "negligência" num caso que envolve Bernard Tapie e que remonta à sua passagem pelo Ministério das Finanças.

Boris Johnson

Boris prometeu tirar o Reino Unido da UE até 31 de outubro com ou sem acordo. Uma saída desordenada seria o primeiro problema de Lagarde, que entra no BCE a 1 de novembro.

Emmanuel Macron

O presidente francês apoiou o nome de Christine Lagarde para a presidência do BCE. Os dois franceses parecem ter ideias próximas quanto ao futuro da arquitetura da Zona Euro.

Philip Lane

Já foi apelidado de "cérebro monetário" de Lagarde. O ex-governador do Banco da Irlanda passou a ser economista-chefe este ano. Fará a preparação técnica das reuniões do BCE.

Ursula von der Leyen

Fez parte do mesmo pacote de nomeações que colocou Lagarde no BCE. Ursula comprometeu-se a apoiar a flexibilidade das regras orçamentais. Será uma aliada na liderança em Bruxelas.

Angela Merkel

Em 2016, Lagarde elogiou fortemente Merkel pelo seu papel na crise dos refugiados na Europa. Podem ter ideias não tão coincidentes sobre a Zona Euro, mas parecem ter uma boa relação.

Jerome Powell

Tanto Draghi como Lagarde saíram em defesa de presidente da Reserva Federal quando Donald Trump atacou as decisões da Fed. Serão aliados na defesa da independência dos bancos centrais.

Mário Centeno

Foi pela mão de Centeno que Portugal pagou todo o empréstimo do FMI. O presidente do Eurogrupo deverá agora contar com a ajuda de Lagarde para levar a cabo as reformas da Zona Euro.

Benoît Coeuré

Membro do comité executivo do BCE até ao final do ano, o francês mostrará os cantos à casa a Lagarde, a qual já elogiou. "Ela sabe falar para os mercados financeiros", disse.

Olivier Blanchard

Foi economista-chefe do FMI no período mais negro da crise financeira. Na sua saída, Lagarde prestou-lhe homenagem como académico que foi além das fronteiras do pensamento económico.

Melinda Gates

Gates e Lagarde têm unido esforços para colocar a igualdade de género e salarial na agenda dos governos. São duas das mulheres mais influentes e poderosas do mundo, segundo a Forbes.

Margrethe Vestager

Lagarde tornou público um encontro com a sua "amiga" Vestager em 2018. Estarão ambas na liderança do projeto da UE dado que Vestager será uma das vice-presidentes da Comissão Europeia.

Kristalina Georgieva

Também têm sido aliadas na promoção da igualdade de género e no combate das desigualdades salariais entre homens e mulheres. Georgieva está no Banco Mundial, uma organização "irmã" do FMI.

António Guterres

Quando Guterres venceu a corrida à ONU, Lagarde elogiou a capacidade de liderança do português e a sua experiência internacional. Já se encontraram diversas vezes desde então.

Gita Gopinath

Foi uma escolha pessoal de Lagarde e um sinal de que quer mulheres em lugares de topo. Quando a nomeou economista-chefe do FMI elogiou o percurso académico e a capacidade de "liderança intelectual".

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt | André Veríssimo averissimo@negocios.pt 30 de Julho de 2019 às 11:00

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Bilhete de Identidade

• Cargo: Diretora-geral do Fundo Monetário Internacional e futura presidente do Banco Central Europeu
• Naturalidade: Nasceu em Paris em 1956
• Formação: Licenciatura em Direito na Universidade Paris Nanterre e mestrado no Institut d’Etudes Politiques d’Aix-en-Provence
• Outros Cargos: Foi ministra das Finanças em França e advogada na norte-americana Baker McKenzie